Há um mês, um grupo de pessoas invadiu o Capitólio, em Washington, Estados Unidos. O que aconteceu ali fez com que as empresas fossem mais cautelosas no processo de doação de dinheiro para os políticos. Talvez isto seja somente momentâneo, mas o NYTimes (via newsletter) observa que centenas de grandes empresas pararam suas doações para legisladores, especialmente aqueles que motivaram a invasão.
A história da relação entre empresa e política nos Estados Unidos é bastante antiga. Em 1907, a Lei Tillman proibia as contribuições diretas das empresas para os candidatos. Em 1971, uma lei sobre campanha eleitoral, posteriormente emendada em 1974, por conta do Watergate, obrigou a divulgação dos doadores, criou limites de valores para doação e para as despesas. Também exigiu relatórios, que ainda são obrigatórios nos Estados Unidos. Esta lei, denominada de FECA, foi questionada na Suprema Corte, cinco anos depois de ser aprovada. Em 2010, a mesma corte permitiu que empresas pudessem “falar politicamente”, arrecadando fundos
Mas a invasão do Capitólio cobrou das empresas uma explicação da arrecadação de fundos, especialmente através de um mecanismo chamado PAC. A Microsoft é uma das empresas; a empresa de software anunciou que irá suspender doações para os políticos que apoiaram a invasão. Parece também existir um movimento, por parte de alguns acionistas, para maior divulgação das doações.
Imagem: aqui