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15 janeiro 2021

Auditor deveria olhar a ética do negócio do auditado?


Eis uma questão interessante. Um auditor é contratado para fazer seu trabalho em uma entidade que atua em um setor pouco recomendável. Além disto, algumas das atitudes do auditado não são "razoáveis". O auditor deveria fechar os olhos e somente limitar a verificar se a empresa está seguindo as normas contábeis?

A empresa de auditoria é a Grant Thornton. A empresa que possui uma ética questionável é a Pornhub, um dos sites mais acessados do mundo. Durante anos a GT fez a auditoria da empresa canadense. Mas recentemente, uma série de investigação mostrou que o site tem hospedado filmes com crianças, o que levou as empresas Visa e Mastercard a bloquearem o uso do cartão como forma de pagamento. 

Durante anos, a empresa não adotou nenhuma política contra crimes sexuais filmados, mas a reação contra o site fez com que a Pornhub retirasse muitos dos vídeos existentes ali. Mesmo assim, mulheres estão processando a empresa por conta de filmes realizados sem seu consentimento. 

Diante de tanta denúncia, a empresa de auditoria achou que não ficava bem ter seu nome associado a abuso sexual de criança, pornografias de vingança, postagens de vídeos ilegais etc. Assim, anunciou que não seria mais o auditor a MindGeek, o grupo que é proprietário do site. Atuava na empresa desde 2012 e somente agora descobriu os negócios estranhos do décimo site mais acesso do mundo. 

Ciência e Big Tech

Do New York Times um texto sobre os esforços que as grandes empresas de tecnologia estão fazendo para restringir os reguladores europeus. A Europa tem discutido normas contrárias aos interesses destas empresas e a reação foi um grande volume de dinheiro em lobistas. O jornal comenta de um documento com planos detalhados do Google (empresa dona do Blogger, que hospeda este site) contra as normas de publicidade digital. Um ponto de chamou a atenção:

“Aliados acadêmicos” levantariam questões sobre as novas regras. O Google tentaria reduzir o apoio da Comissão Europeia para complicar o processo de formulação de políticas. 

O que seria os aliados acadêmicos? São pesquisadores que conduziriam seus projetos com o patrocínio destas empresas:

Na Europa, as empresas estão gastando mais do que nunca, contratando ex-funcionários do governo, escritórios de advocacia e consultorias bem relacionados. Eles financiaram dezenas de think tanks e associações comerciais, investiram em posições acadêmicas nas principais universidades do continente e ajudaram a publicar pesquisas amigáveis ​​à indústria por outras empresas.

Estas empresas seriam Apple, Amazon, Google e Facebook. 

Em outubro, o Centro Europeu de Economia Política Internacional publicou um relatório que dizia que os novos regulamentos de tecnologia custariam à economia europeia dois milhões de empregos e € 85 bilhões em perda de produto interno bruto. O Centro Europeu de Economia Política Internacional é um dos pelo menos 36 grupos comerciais, associações e grupos de reflexão que o Google financia, de acordo com o Corporate Europe Observatory.
“As pessoas sempre reivindicarão sua independência política, acadêmica ou intelectual - elas rejeitariam que foram influenciadas”, disse Marietje Schaake, ex-membro do Parlamento Europeu que agora leciona na Universidade de Stanford. “Mas a questão então é: por que as empresas estão gastando tanto dinheiro em Bruxelas?”

Outro exemplo:

Paul Hofheinz, um ex-repórter do Wall Street Journal que co-fundou o Lisbon Council, um grupo de pesquisa em Bruxelas que tem enfrentado críticas de grupos de vigilância por aceitar dinheiro do Google, disse que ter parceiros corporativos garantiu que a pesquisa fosse mais completa.
“Nossas opiniões são independentes. Ponto final ”, disse Hofheinz por e-mail. “Não sei por que essas organizações em campanha pensam que somos idiotas que não conseguem raciocinar sozinhos. Há algo muito insultuoso nessa ideia. E muito errado.”

Rir é o melhor remédio

 

Quando a inspiração chega...

14 janeiro 2021

Diferença nas normas IFRS e Fasb

Aqui uma publicação de 380 páginas, da Deloitte, com as diferenças nos tratamentos contábeis segundo o US GAAP e os padrões internacionais de contabilidade. 

Quanto custa a vacina?

Uma das condições dos laboratórios é que o valor unitário de aquisição não seja revelado. Isto ocorre na Europa. Mas parece que um funcionário da Comunidade publicou, "sem querer", o preço das vacinas. Eis a listagem:

De acordo com a imagem publicada pela governante, a UE vai gastar entre 1,78 euros e 18 dólares por casa dose das vacinas. A lista das seis vacinas distribuí-se da seguinte forma: 

Oxford/AstraZeneca: €1.78 

Johnson & Johnson: $8.50 (cerca de €6,94) 

Sanofi/GSK: €7.56 

BioNTech/Pfizer: €12 

CureVac: €10 

Moderna: $18 (cerca de €14.70)

Aqui um texto de uma revista informando que o Brasil já gastou mais de 2 bilhões de reais ou uma média de R$10 por brasileiro. 

Velho Oeste e Informação

Parece que a informação não tem nenhuma relação com o "velho oeste". Exagero? Nem tanto. Veja a imagem abaixo:

Segundo David Gracy II, o crescimento da pecuária após a guerra civil nos Estados Unidos ocorreu graças a informação. 

A gestão da informação no comércio de gado “tornou-se tão central para a ascensão da indústria quanto a criação de gado mais carnudo”. Questões como quem era dono do quê, preços de mercado e a localização das opções de remessa mais baratas levaram a novas ocupações de informações, como inspetores de marcas e contadores. (...)

Os animais individuais foram marcados com ferros quentes moldados em padrões exclusivos para mostrar propriedade. Essas marcas eram, idealmente, prontamente legíveis e à prova de ladrões. (...)

Rir é o melhor remédio

 

Um ano depois na contabilidade