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28 dezembro 2020
27 dezembro 2020
7 frases mágicas em tempos de lives
Usamos cada vez mais Zoom, Meet, Teams e outros instrumentos de comunicação não presencial. Michael Thompson sugere utilizarmos 7 frases mágicas para melhorar nossa interação com outras pessoas. Obviamente, algumas das frases possuem variações, embora a essência continue a mesma. O texto a seguir é inspirado no texto de Thompson.
1. Você pode dizer isto de novo? Eu quero anotar - isto mostra que você está interessado. Outras frases parecidas: "nunca pensei nisso dessa forma, eu quero escrever isso" ou "eu amo essa ideia e vou anotar para não esquecer".
2. Obrigado por perguntar - quando alguém faz uma pergunta, esta frase transmite gratidão. Pode estar acompanhada de outra frase como "eu tive uma experiência disto no projeto", "eu aprendi isto com meu melhor amigo".
3. Desculpe interromper, estou animado. Continue - é muito comum falarmos muito nas lives. Ao mesmo tempo que reconhece que a interrupção pode atrapalhar, destaca que ocorreu em razão do interesse no assunto.
4. Adoraria sua opinião sobre - Esta é uma boa forma de quebrar o gelo em uma conversa. Depois de expor a situação, esta frase convida a outra pessoa para a conversa. Pode também ser algo como: "como alguém com uma boa experiência no assunto, o que você aconselha?"
5. Eu sei que não devo reclamar - Em tempos de pandemia, nem sempre sabemos a situação do outro. Em muitos casos estamos desabafando sobre as medidas sanitárias, quando o nosso interlocutor sofreu uma perda por conta da doença. Você pode conquistar alguém com: "eu não devo reclamar, mas gostaria de estar dando esta aula de maneira presencial".
6. Tenho enjoado de lives, mas está foi divertida - No início das lives eram novidades e todos gostaram. Depois, viraram obrigação. Nunca sabemos se o compromisso que estamos tendo é algo agradável ou não. Esta frase funciona e conquista a simpatia.
7. Importa de desligar o vídeo - Em muitos casos, não estamos preparados para uma chamada. Ou precisamos fazer outra coisa enquanto conversamos. A ausência do vídeo pode melhorar a qualidade da conversa.
26 dezembro 2020
Razões para não usar Word e algumas alternativas
Um editor de texto do tipo “bloco de notas” pode ser um boa opção para quem deseja escrever. Não somente textos simples, mas também artigos científicos. Em lugar de usar o popular Word, que certa vez alguém chamou de “ordinário”, há um grande número de opções e algumas boas justificativas.
Diferença - O Word, e outros programas semelhantes, baseia-se na filosofia WYSIMYG, do inglês “o que você vê é o que você obtém”. Um editor de texto simples tem outra filosofia: WYSIWYM ou o que você vê é o que você quer dizer. Ou seja, para formatar o texto, utiliza uma sintaxe que diz ao computador o que fazer.
Para muitas pessoas, parece estranho que você tenha optado por digitar sua formatação semanticamente, quando poderia apenas vê- la. É como deixar seu Tesla na garagem e escolher dirigir um Modelo T.
Razões para abandonar o Word
1. Word é confuso - há muitas opções na barra de ferramentas e em cada nova versão algumas destas funções mudam de lugar. Se o usuário do computador muda a configuração default - poucos fazem isto, é verdade - isto pode ser mais complicado ainda.
2. Word distraí a escrita - Há uma tendência a prestar atenção nas opções de formatação do Word quando você escreve. As opções de formatação terminam por distrair quem deseja escrever muito e rápido. Alguns editores de texto, como este onde este artigo foi redigido, não possuem os botões de formatação à mostra. E eles são poucos. Em outras palavras, são minimalistas.
3. É difícil de colocar tabelas e figuras - Experimente colocar uma tabela ou uma figura em um documento Word. E dado que muitas normas de textos científicos exigem formatação diferente da tabela para o texto (exemplo: tamanho da fonte), isto torna a tarefa mais ingrata. Quantas vezes você parou de escrever para arrumar uma figura ou tabela por conta de quebra de página.
4. O Word não serve para documentos grandes - Quando você deseja escrever uma tese ou um livro, a melhor alternativa é evitar o Word. Torna-se lento lidar com os problemas de um editor de texto.
5. Word não é código aberto - A Microsoft é dona do Word. Antigamente você comprava um pacote Office por uns 200 reais e ficava com ele por anos. A Microsoft vende agora uma licença anual, pelo preço do antigo pacote.
Um meio termo
Uma forma de evitar isto é usar um editor mais limpo. Eu uso em muitos textos o Focus (figura). Ele é uma tela em branco, com algumas poucas funções, que ficam escondidas enquanto você digita. Tenho usado o Doc do Google, principalmente em situações onde compartilho um documento. O livro Fundamentos Básicos de Contabilidade foi escrito no Google pois facilitou muito eu redigir um texto e a co-autora, Fernanda, alterar e acrescentar coisas.
Alternativas radicais
Latex é uma boa alternativa para quem deseja unir um processador de texto com um resultado de boa qualidade. Nele é possível fazer um texto com cara de um artigo de periódico; ou produzir uma tese que parece um livro. A dissertação da Thais Crabbi foi escrita em Latex, mas é uma exceção na área de contabilidade. Há algumas opções onde é possível integrar o Latex com arquivos Doc. Ele foi criado em 1984 e este é um problema: há alternativas mais simples. A opção recente é o Markdown, cujos comandos são mais fáceis.
Baseado na minha experiência e na leitura de um artigo do Economicsfromthetopdow
25 dezembro 2020
Pressão pelo padrão de sustentabilidade
Isto é algo que carece de uma boa explicação. Em tempos de uma grande pandemia, um grupo de entidades voltadas para a produção de normas passaram a dar uma grande atenção para a questão da governança, ambiente e sustentabilidade. Gostaria de tentar entender a razão para este grande interesse, quando a lógica indicaria que estas entidades deveriam estar preocupadas em estabelecer normas para informações neste novo ambiente. Qual a razão? Realmente não consigo encontrar uma justificativa razoável para isto que está ocorrendo agora. Recomendo o texto postado aqui onde tentamos uma explicação.
A cronologia recente provisória dos acontecimentos é a seguinte. Em maio, durante a conferência do GRI, são definidas diretrizes de relatórios de sustentabilidade que seriam adotados pelas empresas. O assunto começa a fazer parte da agenda de jornais, com poucos artigos críticos sobre o tema. A maioria tece loas ao tema.
Em setembro constata-se a presença de 50 padrões sobre ESG (ambiente, sustentabilidade e governança). Isto levou a entidade que congrega a profissão contábil, o Ifac, lança um documento denominado Enhancing Corporate Reporting: The Way Forward, ainda em setembro. O IFAC propunha um novo conselho para definição de padrões para um relatório corporativo que tratasse da questão. O IFAC solicita à Fundação IFRS pensar sobre o assunto.
Também em setembro, cinco entidades (Carbon Disclosure Project, Climate Disclosure Standards Board, Global Reporting Inititative, International Integrated Reporting Council e Sustainability Accounting Standards Board) lançam um declaração conjunto para um alinhamento das normas. A ideia seria criar um conselho para tratar da questão da sustentabilidade. As Big Four lançaram um documento sobre o assunto, o que é realmente mais estranho. E em um mês movimentado, a Fundação IFRS lança uma consulta sobre o tema. (tudo isto aqui)
Esta consulta está recebendo comentários agora, em dezembro. A cinco entidades citadas no parágrafo anterior soltaram, em dezembro, um documento sobre o tema. O IFAC também encaminhou uma carta de comentários no sentido de se criar um sistema global para informações de sustentabilidade, sob liderança da Fundação IFRS. Na visão do IFAC
A profissão de contador, por sua vez, deve desempenhar um papel ativo em ajudar as empresas, economias e sociedades a alcançar um futuro mais sustentável. Acreditamos que a padronização de informações de sustentabilidade de alta qualidade trará uma nova relevância ao nosso trabalho em relatórios e garantias corporativas e promoverá o interesse público. A IFAC está pronta para se envolver com a Fundação IFRS, bem como com nossas organizações membros e outras partes interessadas, para garantir o sucesso desta importante iniciativa.
Imagem aqui