Um brinde para toda pessoa que mudou sua mente com uma informação que contradizia sua crença.
24 dezembro 2020
23 dezembro 2020
Everest está mais alto
O Monte Everest é a maior montanha da Terra. Localizado na fronteira do Nepal com o Tibete (hoje China), o monte foi escalado somente em 1953.
A primeira vez que alguém mediu o Everest em meados do século XIX. Uma equipe, comandada por Sir George Everest, calculou que o monte teria 29.000 pés de altitude. Para dar mais "precisão" à medida, Sir George adicionou 2 pés na medida, registrando 29.002 pés como a altura oficial, que corresponderia a 8.840 metros.
Outra pesquisa, feita no final do século XIX e início do século XX registra uma altura de 8.882. Em 1955, outra altura é calculada: 8.848 metros. Esta foi a altura aceita oficialmente, apesar de existirem medidas realizadas por outros países: Itália (8.872, em 1987; 8.846, em 1992), Estados Unidos (8.850, em 1999) e China (8.844,43 m, em 2005).
É estranho esta variação, mas justificável. Se a medida da altura for feita no inverno, há a neve acumulada no topo. Outro fato que afeta o resultado da medida é a movimentação da terra, que pode alterar a altura de uma montanha. Em 2015, por exemplo, ocorreu um terremoto na região que poderia ter afetado o tamanho da montanha.
Recentemente, um comunicado conjunto do governo do Nepal e Chinês aumentou o tamanho do Everest em 86 cm. A montanha tem agora 8.848,86 cm. E isto já esta registrado na Wikipedia.
Contabilidade? - Gostei de ler sobre o assunto, pois mostra que se a ciência tem dificuldade de chegar a um consenso sobre a altura de uma montanha, o que dizer do valor de um ativo ou a medida de resultado de uma empresa.
Um belo comercial de Natal
Imprensa pode melhorar a qualidade da contabilidade
A imprensa pode melhorar a qualidade da informação contábil. Um estudo (via aqui), da Universidade do Arkansas, descobriu que notícias da imprensa (The Wall Street Journal, The New York Times , o Washington Post, o Chicago Tribune, Forbes, The Economist, Economic Times, Kiplinger, Accounting Today, Wired e CFO Magazine) podem ajudar na qualidade da auditoria das empresas.
Quando uma auditoria é questionada no seu trabalho, que inclui notícias de fraudes, por exemplo, estas empresas aumentam a atenção dada às auditorias. Basicamente, nenhuma Big Four quer estar na primeira página do The Wall Street Journal.
A pesquisa também encontrou que as empresas de auditoria tentam gerenciar a reputação, pois notícias negativas possuem custos de crescimento e retenção de clientes.
“Coletivamente, nossa evidência sugere que a mídia de notícias funciona como um mecanismo de supervisão informal eficaz das firmas de auditoria, ao direcionar a atenção do auditor e melhorar a qualidade da auditoria”, disse o estudo.
(...) As descobertas sugerem que “a mídia de notícias funciona como um mecanismo de supervisão informal eficaz de firmas de auditoria ao direcionar maior atenção do auditor e melhorar a qualidade da auditoria.
22 dezembro 2020
Petróleo e baixa contábil
Recentemente, duas das mais tradicionais empresas de petróleo anunciaram baixa contábil. A Exxon anunciou que irá reduzir o valor dos ativos entre 17 a 20 bilhões de dólares. Isto deverá incluir os ativos adquiridos em 2010 de uma produtora de xisto, a XTO Energy. Em 2010 a decisão de comprar uma produtora de xisto parecia acertada, com o preço do petróleo em alta e a possibilidade de ter acesso a uma fonte de energia alternativa. A redução no preço do petróleo, em razão de uma guerra de preços e da demanda reduzida, motivou a amortização da empresa. Apesar do prejuízo registrado recentemente, a empresa manteve o pagamento de dividendos. Além disto, a Exxon mantem a aposta no petróleo e na recuperação dos preços.
A Shell também seguiu a Exxon e anunciou ontem uma redução no ativo, entre 3,5 a 4,5 bilhões. A empresa também anunciou que outros efeitos contábeis serão reportados em 2021. Em outubro, a empresa já tinha realizado uma baixa de 1 bilhão, depois de outra baixa de quase 17 bilhões, no segundo trimestre.
A Aramco, a produtora estatal da Arábia Saudita, também está sob pressão. Depois de realizar uma grande oferta inicial de ações, a estratégia da empresa parece que enfrenta uma série de problemas. Para colocar suas ações no mercado com sucesso, o governo saudita concedeu facilidades aos súditos, mas evitou um fracasso da oferta, concentrando o lançamento no mercado acionário do país. Apesar de ter atingindo um valor de mercado de 2 bilhões, parte da estratégia incluía uma farta distribuição de dividendos. E para garantir esta distribuição, a empresa está tomando empréstimo. A guerra de preço decretada pela Aramco no primeiro trimestre provocou efeito não somente nos concorrentes: mesmo obtendo lucro, pois o custo de produção é reduzido, a Aramco não está conseguindo dinheiro suficiente para novos investimentos e pagamento de dividendos.