No início da pandemia, Cass Sunstein (co-autor de Nudge) criticou o excesso de medo das pessoas, em fevereiro deste ano. Um mês depois, mudou de opinião. Conforme Michael Story e Stuart Richie (How the experts messed up on Covid), se tivesse reconhecido a besteira que disse, talvez Sunstein não seria contratado pela Organização Mundial de Saúde para ser o chair em “Technical Advisory Group on Behavioural Insights and Sciences for Health”.
Mas há outros exemplos. A própria OMS foi contra o uso de máscaras. O problema não seria declarações erradas de entidades como a OMS ou pessoas como Sunstein. O problema real é o excesso de confiança. E humildade para o debate, como parece ser o caso de Sunstein. O caso das máscaras mostra como fazer afirmações sem uma base sedimentada por tornar difícil a mudança de opinião, como novos fatos, sem perder prestígio. E as pessoas continuarão a usar seus argumentos para defender uma posição contra o uso de máscaras, mesmo que tenha mudado de opinião.
Uma entidade de saúde dos Estados Unidos chegou a apelar para as pessoas "não comprarem máscaras".