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30 setembro 2020

Disney e os 28 mil "colaboradores"

 


A empresa Disney anunciou  que irá demitir 28 mil empregados, especialmente dos parques de diversão. A decisão decorre da crise provocada pelo Covid-19 e após o prejuízo apurado pela empresa no primeiro semestre. 

Nos parques, a empresa conseguiu reabrir as unidades da Flórida, Paris, Xangai, Japão e Hong Kong, mas com restrições ao número de visitantes. Os parques da Califórnia continuam fechados. A unidade de negócios que inclui estes parques era responsável por mais de um terço da receita do grupo. (Imagem: aqui)

Cliente pode ser preso por comentários negativos sobre empresa na Tailândia


Parece muito estranha a notícia do NY Times (traduzida e publicada no Estado de S Paulo): um hóspede de um resort na Tailândia publicou comentários negativos sobre um resort (fotografia) no site do TripAdvisor. O cliente entrou com uma garrafa de gin no hotel e um empregado apresentou uma conta de 15 dólares pela garrafa. O hóspede, um estadunidense, reclamou da taxa cobrada com o garçom. Depois da reclamação, o hotel retirou o valor cobrado da conta. Depois disto, Wesley Barnes, o cliente, postou diversos comentários no site de turismo, com críticas ao hotel. E deu nota mínima ao estabelecimento. 

O hotel afirma que tentou procurar o cliente, mas não recebeu resposta. Então, optou por acionar uma lei da Tailândia de difamação. Como Barnes mora na Tailândia, ele foi preso e passou dois dias na prisão, antes de ser solto pagando fiança. O processo prosseguiu e pela lei Barnes pode ser condenado a até dois anos de confinamento. O caso foi divulgado pelo blogueiro de viagens Richard Barrow e, agora, pelo jornal New York Times. 

Contabilidade? - A reputação de um estabelecimento interessa para a contabilidade. A ideia extrema do hotel, de usar a lei de difamação, parece que estraga a sua imagem perante o público. Isto deverá afetar o fluxo futuro de caixa, que deveriam impacto nos testes de recuperabilidade. Além disto, o caso é uma lição a ser estudada para empresas que consideram que "cliente tem sempre razão". Como agir em casos onde o cliente divulga calúnias contra a empresa (a reportagem reconhece isto no final)? Isto está diretamente ligado a área de marketing, mas a contabilidade deve estar atenta também. 

Outra questão importante do texto é que a forma como a história é contada pelo jornal afeta nossa percepção da notícia. O texto tem o título "Americano pode ser preso na Tailândia por postar comentários negativos sobre um resort". E traz como comentário a questão dos direitos humanos. Somente no final do texto é que somos informados que o hotel procurou diversas vezes o hóspede para conversar, que o mesmo ao ver uma discussão entre o gerente e o empregado inferiu existir uma relação patrão e escravo e, finalmente, que as pessoas deveriam fugir do local "como se fosse o coronavírus". Há uma sutil manipulação no texto. 

Rir é o melhor remédio

 


29 setembro 2020

Uma preocupação relevante


Os reguladores estão sempre preocupados em preencher a qualidade questionável de algumas normas pedindo que as empresas apresentem mais informações. É raro ver uma preocupação com o excesso de informação. Mas um documento do Securities and Markets Stakeholder Group, de 14 de setembro deste ano, chama a atenção para explorar a sinergia (nunca gostei desta palavra) entre diferentes peças da legislação. Isto inclui os relatórios de evidenciação sustentável. Em um determinado trecho o SMSG diz que uma grande preocupação é com a "sobrecarga de informação". 

A frase In der Beschränkung zeigt sich der Meister foi usada no documento. 

Doação e sua contabilização: novas regras do Fasb


O Fasb, entidade que emite normas contábeis nos Estados Unidos, está atualizando a forma de evidenciar uma doação não financeira:

A atualização exige que uma organização sem fins lucrativos mostre os ativos não financeiros doados como um item de linha separado na demonstração de atividades, à parte das contribuições em dinheiro ou outros ativos financeiros.

As organizações sem fins lucrativos também precisarão divulgar os ativos não financeiros doados reconhecidos na demonstração de atividades desagregada por categoria que descreve o tipo de ativos não financeiros doados.

Para cada categoria reconhecida dos ativos não financeiros doados, as organizações sem fins lucrativos também precisam divulgar informações qualitativas sobre se os ativos não financeiros contribuídos foram monetizados ou usados ​​durante o período de relatório. Se tiver sido usado, eles precisam fornecer uma descrição dos programas ou outras atividades em que esses ativos foram usados. As organizações sem fins lucrativos também precisam fornecer sua política (se houver) sobre monetização, em oposição à utilização de ativos não financeiros contribuídos. Eles também precisam incluir uma descrição de quaisquer restrições impostas pelo doador associadas aos ativos não financeiros contribuídos.

Rir é o melhor remédio

 

Professor

28 setembro 2020

Os truques usados por Trump



Ainda sobre Trump, a postagem do Dnyuz faz uma análise bem interessante sobre as revelações dos registros fiscais do presidente dos Estados Unidos. Enquanto Obama e Bush pagaram mais de 100 mil dólares por ano de tributos, Trump dirige um governo que ele contribuiu muito menos com a receita do imposto de renda. 

O site esclarece como Trump conseguiu isto. Com mais de 500 empresas, Trump não consegue gerar lucro em muitos dos empreendimentos. O prejuízo obtido em vários deles permite descontar o valor a ser pago de imposto de renda. O Hotel em Washington teve prejuízos de 55 milhões desde 2016. Os campos de golfe geraram perdas de mais de 300 milhões desde 2000. Algumas das perdas são reais, mas parece que em alguns momentos a vida do empresário foi salva pelo O Aprendiz, programa de televisão comandado por ele, e pela presidência, que gerou ganhos. 

Mas esta não é a única estratégia de Trump. Outra é considerar gastos pessoais como despesas operacionais de suas empresas. É o caso dos 70 mil dólares pagos para o cabelo no O Aprendiz. Ou as despesas de sua propriedade nem Westchester. 

Há casos estranhos que estão sob investigação e que podem ser glosados. Sua filha, Ivanka, recebeu como consultora da Trump Organization, onde é executiva. Uma elevada restituição de tributos obtida por ele ainda está em discussão. 

Para finalizar, as informações parecem indicar que Trump talvez ainda não tenha a sua vida financeira resolvida. Há diversas hipotecas não pagas de imóveis. Somente na Trump Tower isto significa 100 milhões que devem vencer em 2022. Alguns dos negócios que renderam dinheiro com ele na previdência, como o resort, não estão bem. E a briga com a receita tem um valor de 100 milhões. Apesar de ser ainda bilionário, as suas dívidas seriam de 421 milhões de dólares, com vencimento em quatro anos.