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07 setembro 2020

Corinthians e o nome do estádio

 Recentemente comentamos sobre a dívida do Corinthians. Ilustramos o texto com a seguinte figura:


Logo depois, o clube anunciou que tinha conseguido comercializar o nome do seu estádio com a empresa Hypera Pharma. Logo após o anúncio, as ações da empresa tiveram um aumento no preço:


Aparentemente o mercado entendeu que houve um ganho para a empresa. Basicamente:

O acordo com a Hypera Pharma renderá R$ 300 milhões pelos próximos 20 anos [para o Corinthians], R$ 15 milhões por ano, reajustados pelo índice IGP-M anualmente. O estádio deixa de ser Arena Corinthians para ser batizado como Neo Química Arena, laboratório do grupo. (Felipe Lobo, Trivela, 4 set 2020)

Talvez o fim não esteja tão próximo assim. Para o Corinthians. 

Exame de suficiência de 2020

 O Conselho Federal de Contabilidade informou que os resultados do exame de suficiência de 2020 estão disponíveis:

A Consulplan divulgou, nesta quarta-feira (2), o resultado preliminar da primeira edição do Exame de Suficiência de 2020 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). A prova reuniu cerca de 40 mil candidatos, no dia 16 de agosto, e foi realizada na modalidade “a distância”. Desse total, 38,19% dos candidatos foram aprovados. O resultado final do exame sairá no prazo de até 50 dias, contados após a aplicação das provas.

A prova deste ano, em razão da pandemia, foi modificada para não presencial. Ocorreram reclamações com respeito ao seu andamento. Veja a relação de aprovação dos últimos anos (coleta da orientanda Luana Oliveira):

O percentual deste ano não apresenta uma grande divergência dos anos anteriores. 


Rir é o melhor remédio

 

Contratando alguém pela metade do preço

06 setembro 2020

Rotten Tomatoes e Desempenho de um filme nas bilheterias

 A site Rotten Tomatoes é conhecido por agregar as críticas - positivas e negativas - dos filmes. Nos Estados Unidos, o site é um grande poder sobre a audiência. De uma maneira geral, um parcela bem expressiva das pessoas que gostam de cinema usam o Rotten para consultar sobre a qualidade dos filmes. Mas isto significa que o Rotten afeta o desempenho financeiro dos filmes? 

Esta é uma questão bem interessante que uma reportagem do The Ringer, "Has Rotten Tomatoes Ever Truly Mattered?" (Ben Lindbergh e Rob Arthur, 4 de setembro de 2020) mostra. O gráfico abaixo é bem importante para a análise:

De um lado, a margem de lucro de um filme e do outro a nota do Rotten Tomatoes. O gráfico levou em consideração o orçamento do filme e o resultado parece indicar que maiores notas, melhores retornos. Mas veja que os autores do artigo não dizem que existe uma relação de causalidade (nota melhora a bilheteria). Um filme ruim pode ter um desempenho de bilheteria ruim não pela nota, mas pelo fato de ser ruim. Mas parece que a nota exerce um poder maior em alguns tipos de filmes, como comédias ou dramas. Veja o mesmo gráfico, somente para os dramas:
Veja que a curva é mais acentuada. Isto indicaria que dramas com boas notas (acima de 70 ou 80%) conseguem um salto substancial no desempenho financeiro. Isto não ocorre, por exemplo, nos filmes de ação. Enquanto um filme de ação com nota máxima pode ter uma rentabilidade de duas vezes o orçamento, uma comédia isto pode significa quatro vezes. Ou um filme de terror, que pode ter seu desempenho multiplicado por 10 ou 20 vezes. 

Contabilidade?  - Temos uma situação onde o gosto de "críticos" pode afetar o desempenho da empresa. Isto pode ocorrer em qualquer setor. Considere uma empresa que fabrica aspirador de pó; um site especializado em análise de produto pode fazer uma avaliação ruim do produto e isto refletir diretamente nas vendas e lucro da empresa. 


Valor do aluno de medicina


Quanto vale um aluno de medicina? Para os grandes grupos do ensino superior privado, o cheque fica em torno de R$ 1,4 milhão. Esse foi o preço médio por vaga pago em 13 aquisições de faculdades médicas no Brasil nos últimos 12 meses até agosto.

O dado compõe um estudo da Ondina Investimentos, boutique de fusões e aquisições e dívida estruturada, no Recife. Ele reflete a corrida das companhias educacionais para consolidar os cursos de medicina, caracterizados por baixíssimas evasão e inadimplência - e elevadas mensalidades.

O múltiplo milionário parece alto à primeira vista, mas fica ainda mais assombroso quando comparado ao que tem se pagado por vaga de aluno em aquisições de outros cursos privados [1]. A partir da derrocada do Fies, de 2015 para cá, os compradores desembolsaram apenas R$ 13 mil, na média, por vaga de curso superior (excluindo medicina), mostra levantamento com 15 transações [2].

Segundo estimativa da Ondina, cada vaga de medicina representa cerca de R$ 2,9 milhões do valor de mercado dos grupos educacionais na bolsa de valores [3]. O cálculo considerou o montante de R$ 20 mil para cada vaga dos demais cursos na B3.

A maior parte da transações recentes (70%) na área médica ocorreu no Norte e Nordeste. “São regiões em que há um déficit de médicos, especialmente no interior”, afirma Arthur Machado, sócio-fundador da Ondina.

Embora concentre 27,6% da população brasileira, o Nordeste conta apenas com 17,8% dos médicos do país. No Norte, onde vive 8,6% da população, a quantidade de médicos é 4,6% do total nacional. Enquanto isso, o Sudeste tem, sozinho, mais da metade dos médicos (54,1%) brasileiros e 42% da população. A região tem, com isso, 2,8 médicos para cada 100 mil habitantes. No Nordeste, esse múltiplo é de apenas de 1,4 para cada 100 mil habitantes e, no Norte, de 1,2. Para Machado, por conta da escassez de médicos, a tendência é que o MEC priorize a abertura de vagas no Norte e Nordeste. Mas o processo pode ser lento: nos últimos anos, a liberação de novos cursos de medicina demorou, na média, 11 anos, conta um empresário do setor. [4]

As mensalidades nas faculdades médicas giram em torno de R$ 8 mil, com diferenças pouco significativas entre as regiões. “São negócios com boa margem e resilientes”, diz Machado. [5]

Especializada em educação para o setor de saúde, a Afya comprou no último ano 691 vagas de medicina, em cinco transações, sendo duas no Pará e as outras em Rondônia, Paraíba e Rio. A empresa, que captou R$ 1,1 bilhão em IPO na Nasdaq um ano atrás, é a que tem sido mais agressiva nas ofertas. No mês passado, a Afya chegou a pagar R$ 2,4 milhões por vaga de medicina na aquisição da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, em transação de R$ 380 milhões. "Variáveis como valor da mensalidade e maturação do curso refletem diretamente no preço de aquisição", afirma Machado

Na maratona de aquisições do último ano, a Ânima veio logo atrás da Afya, com a compra de 522 vagas, em quatro transações: duas na Bahia, uma em Santa Catarina e outra em Minas Gerais. No mesmo período, a Yduqs adquiriu 410 vagas no Piauí, Acre, Rondônia e Mato Grosso, enquanto a Ser Educacional comprou 75 vagas em Rondônia. 

Em março, a Cruzeiro do Sul comprou a Universidade Positivo, no Paraná, que atua no ramo, mas o número de vagas de medicina não foi divulgado. 

Com relativo atraso, a Cogna (dona da Kroton), maior empresa do setor educacional no Brasil, passou a olhar ativos de medicina. A empresa já atua na graduação de médicos, com quatro faculdades, mas sua exposição ao segmento é baixa em relação ao seu tamanho.

Por conta da disparada nas provisões para inadimplência, a Cogna reportou prejuízo de R$ 454 milhões no segundo trimestre. Negociadas abaixo do valor patrimonial atualmente, as ações da empresa refletem a descrença dos investidores em um modelo de negócio dependente do Fies.

O presidente da companhia, Rodrigo Galindo, disse a investidores e analistas que a empresa vai avaliar a aquisições de cursos “premium” em 15 áreas, incluindo, além de medicina, odontologia e medicina veterinária. Paralelamente, a Cogna vai reduzir sua operação de ensino presencial nos demais cursos, migrando os mais básicos para ensino a distância, onde obtém melhores margens. 

Aluno de medicina vale R$ 1,4 milhão - Sem Fies, companhias buscam aquisição de faculdades médicas de olho na resiliência do negócio - Por Marina Falcão — Do Recife - Valor Econômico - 4 de setembro de 2020

[1] Sobre isto, vide um estudo de Silva e Fernandes aqui

[2] O Fies não é a única variável que afeta o número. 

[3] Esta frase não ficou claro. Parece que cada nova aquisição de vagas em cursos de medicina, o valor da empresa aumenta neste montante. Mas em alguns casos, a aquisição de uma instituição de ensino significa mais de um curso; como foi feita a separação entre os montantes? Mais, há sempre outros fatores que podem afetar o valor. 

[4] Isto torna a venda da instituição bem atrativa. Recentemente, o MEC tentou abrir editais em localidades sem o curso de medicina. O processo foi coordenado pela FGV [leia-se, foi contratada por muito dinheiro] e incluía uma análise econômico-financeira das empresas. Foi um problema, já que isto tornou o resultado controverso em razão da qualidade do modelo usado. O caso chegou ao TCU, que pediu esclarecimentos ao MEC. 

[5] Veja que isto é um diferencial. Corresponde ao ticket médio do aluno. Além disto, o nível de abandono deste curso é muito reduzido. Outro ponto, a pressão do CRM impede a abertura de cursos novos, valorizando ainda mais as vagas existentes.

Rir é o melhor remédio

 

Fonte: aqui

05 setembro 2020

As Universidades mais antigas do mundo


 Eis uma listagem das universidades que foram criadas antes de 1500, por ordem de antiguidade:

1088 - de Bolonha - Santo Império Romano - localizada em Bolonha, Itália
1096–1167 - Oxford - Inglaterra - localizada em Oxford (a data não é muito certa)
1134 - Salamanca - Reino de Leão - Salamanca, Espanha - foi a primeira a receber o título de Universidade
1209 - Cambridge - Inglaterra - localizada em Cambridge (nasceu de uma dissidência de Oxford)
1222 - Pádua - Comuna de Pádua - Pádua, Itália - nasceu de uma dissidência de Bolonha
1224 (1258) - Nápoles - Reino da Sicília - Nápoles, Itália - primeira universidade pública
1240–1357 - Siena - República de Siena - Siena, Itália
1290 - Coimbra - Reino de Portugal - Coimbra, Portugal
1290 - Macerata - Estados Papais - Macerata, Itália
1293 - Valladoid - Coroa de Castela - Valladoid, Espanha
1293 - Complutense - Coroa de Castela - Madrid, Espanha
1303 - Sapienza - Estados Papais - Roma, Itália
1308 - Perugia - Estados Papais - Perugia, Itália
1321 - Florença - República de Florença - Florença, Itália
1343 - Pisa - República de Pisa - Pisa, Itália
1348 - Charles - Reino da Boêmia e Santo Império Romano - Praga, República Tcheca
1361 - Pavia - Casa de Visconti - Pavia, Itália
1364 - Jagiellonion - Reino da Polônia - Cracóvia, Polônia
1365 - Viena - Santo Império Romano - Viena, Áustria
1386 - Ruprecht Karl - Santo Império Romano - Heidelberg, Alemanha
1391 - Ferrara - Casa do Este - Ferrara, Itália
1404 - Turim - Duque de Savoy - Turim, Itália
1409 - Leipzig - Santo Império Romano - Leipzig
1413 - St Andrews - Reino da Escócia - St. Andrews, Reino Unido
1419 - Rostock - Santo Império Romano - Rostock, Alemanha
1434 - Catania - Reino da Sicília - Catania, Itália
1450 - Barcelona - Coroa de Aragão - Barcelona, Espanha
1451 - Glasgow - Reino da Escócia - Glasgow, Escócia
1456 - Greifswald - Santo Império Romano - Greifswald
1457 - Freiburg - Santo Império Romano - Freiburg, Alemanha
1460 - Basiléia - Santo Império Romano - Basileia, Suiça
1472 - Munique - Santo Império Romano - Munique, Alemanha
1477 - Tubingen - Santo Império Romano - Tubingen , Alemanha
1477 - Uppsala - Reino da Suécia e União Kalmar - Uppsala, Suécia
1479 - Copenhague - Reino da Dinamarca e União Kalmar - Copenhague, Dinamarca
1481 - Genova - República de Genova - Genova, Itália
1495 - Aberdeen - Reino da Escócia - Aberdeen, Escócia
1495 - Santiago de Compustela - Reino da Galícia e Coroa de Castela - Santiago de Compustela, Espanha
1499 - Valência - Coroa de Aragão - Valência, Espanha

Fonte: aqui