Uma nova pesquisa (não conhecia, apesar de já existir há 14 anos) sobre o valor de marcas no Brasil. Um ponto diferente nesta pesquisa - em relação à Brand, por exemplo - é que não está restrita as empresas de capital aberto, o que facilita o cálculo. Realmente seriam "marcas". Há muita subjetividade neste tipo de análise, mas vamos lá:
A Kantar e a WPP lançaram hoje (4) o novo ranking Brandz Brasil, que traz as 25 Marcas Mais Valiosas de 2020, em parceria com o jornal “Meio & Mensagem”. Neste ano, apesar do cenário instável causado pela Covid-19, as marcas brasileiras tiveram um incremento de 4%, somando US$ 55,7 bilhões no total.
O Itaú, com um valor de US$ 8,2 bilhões, assumiu a liderança e se manteve estável no valor de marca, declinando apenas 1% se comparado a 2019. A Skol, que ocupa a vice-liderança, com US$ 6,8 bilhões, e o Bradesco, em 3º lugar, avaliado em US$ 6,1 bilhões, também apresentaram queda em seus valores de marca quando comparados a 2019.
Apesar de ocuparem duas posições do Top 3, as instituições financeiras enfrentaram uma batalha para se manter no topo. O contexto do negócio já estava sendo afetado antes mesmo da pandemia da Covid-19, com o governo diminuindo drasticamente a taxa de juros e o avanço das fintechs, que estão ganhando cada vez mais espaço.
“Nesse processo, muitas marcas investiram para mitigar esses danos, ao mesmo tempo que criaram campanhas e posicionamentos para se manterem como a escolha dos brasileiros”, diz Silvia Quintanilha, vice-presidente de atendimento da Kantar Brasil. Especificamente no caso dos bancos, apesar do contexto, o Itaú mantém o valor de seus ativos intangíveis, possibilitando sua chegada ao topo pela primeira vez nos 14 anos do ranking.
Os destaques do ano foram os setores de varejo e bens de consumo, com crescimentos expressivos em relação a 2019 de 72% e 14%, respectivamente. “Marcas que saíram na frente com a experiência digital, inovação e relacionamento mais próximo com o consumidor conseguiram ter uma performance melhor, criando conexão com seu público”, afirma Silvia. “Neste período de pandemia, é importante que as marcas não se distanciem de seus consumidores. Quando a crise passar, quem estará na mente deles serão as marcas que se mantiveram presentes.”
Entre as marcas de varejo, o Magazine Luiza aparece em 4º lugar, avaliado em US$ 5,1 bilhões (+124%), e a Renner na 8ª posição, com crescimento de 19% e avaliação de US$ 2,2 bilhões. O Magalu investiu em tecnologia, redes sociais e logística, melhorando a experiência do cliente e atraindo mais vendedores para o seu marketplace. Ela também possibilitou que pequenas e médias empresas pudessem ter acesso ao canal de distribuição da Magalu. Atualmente, a empresa é o maior case de transformação digital e ominichannel no país.
Já no segmento de bens de consumo, a Sadia, avaliada em US$ 1,6 bilhão, destaca-se em 10º lugar, com alta de 22%. Já a Seara aparece em 18º lugar e registrou um salto de 35% na comparação com o ano passado. Sua avaliação é de US$ 827 bilhões. A empresa focou em sortimento de produtos de maior valor agregado e crescimento de volume. Já a Sadia continua sendo a marca mais valiosa de alimentos, expandindo seu portfolio e linhas de produtos.
Veja, a seguir, as 10 marcas mais valiosas em 2020 segundo levantamento da Kantar/WPP:
Itaú Avaliação: US$ 8,2 bilhões Variação em relação a 2019: – 1%
Skol Avaliação: US$ 6,8 bilhões Variação em relação a 2019: – 6%
Bradesco Avaliação: US$ 6,1 bilhões Variação em relação a 2019: – 35%
Magazine Luiza Avaliação: US$ 5,1 bilhões Variação em relação a 2019: 124%
Brahma Avaliação: US$ 3,7 bilhões Variação em relação a 2019: – 2%
Globo Avaliação: US$ 3,3 bilhões Variação em relação a 2019: – 9%
Antarctica Avaliação: US$ 2,5 bilhões Variação em relação a 2019: – 4%
Renner Avaliação: US$ 2,2 bilhões Variação em relação a 2019: 19%
Amil Avaliação: US$ 2 bilhões Variação em relação a 2019: 11%
Sadia Avaliação: US$ 1,6 bilhão Variação em relação a 2019: 22%
Fonte: aqui