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15 agosto 2020

Amo muito tudo isso ...

 

O McDonald’s moveu ação judicial contra seu ex-CEO Steve Easterbrook, alegando que ele escondeu detalhes de três relacionamentos de cunho sexual com funcionárias quando o conselho de administração o demitiu, em novembro passado, devido a uma outra relação com uma subordinada. (...) O McDonald’s não teria aprovado o acordo de afastamento se tivesse tido conhecimento da magnitude de seu “comportamento pessoal indevido”, disse a empresa, acrescentando que, em vez disso, o teria demitido por justa causa. (...) De acordo com o processo judicial, novas provas mostraram que o executivo britânico manteve “relações sexuais físicas” com três funcionárias no ano anterior à sua demissão, que ele aprovou uma doação extraordinária de ações no valor de centenas de milhares de dólares para uma delas “no decorrer de suas relações de cunho sexual” e que ele “mentiu conscientemente” aos investigadores.

McDonald’s processa ex-presidente para que devolva indenização paga - Andrew Edgecliffe-Johnson e Alistair Gray — Financial Times - 11/08/2020 - Via Valor

O texto só apresenta o lado da empresa. Mas faz sentido o fast-food ficar bronqueado? O executivo foi demitido por um problema de comportamento e a empresa deseja puni-lo por que não é somente um problemas, mas mais. Ou seja, é um problema de magnitude: um comportamento pessoal indevido pode; três não. Isto parece uma loucura. 

E a contabilidade? - O texto fala em investigação interna. Mas trata-se de um problema de controle interno. Na realidade, problemas, no plural. Falhou no comportamento indevido e falhou no processo de demissão. 

Cartoon, aqui. "Nosso CEO tomou as coisas muito literalmente" e "Amo muito isso". 

Não há como vencer

“Não há como vencer. Só uma maneira de perder mais devagar.”

Robert Mitchum no filme noir Out of the Past. Esta frase foi pinçada do texto Como o capitalismo mudou o futebol para pior, de Alex Hess, sem muito números contábeis (vício de um contador) e muita lamentação contra os novos tempos no futebol inglês. Provavelmente esta análise poderá ser feita, quem sabe em alguns anos, com o futebol brasileiro, que caminha para uma concentração em alguns poucos grandes clubes. 

Rir é o melhor remédio

 

Da série, início e final do semestre. 

14 agosto 2020

Pressão para reconhecer quebras

O governo português abriu uma linha de crédito para micro e pequenas empresas que tiveram problemas de redução no faturamento de pelo menos 40%, entre março e maio. O crédito é uma tentativa de manter a economia funcionando. 

Fato curioso é que muitos profissionais contábeis de Portugal começaram a sofrerem pressão para registrar esta redução na contabilidade das empresas. Segundo a Ordem dos Contabilistas Certificados, mais de 90 queixas foram feitas. 

Foto: aqui

Ativo Roubado é Ativo?

 
Fonte do vídeo aqui 

O Museu Britânico é um dos mais ricos e famosos do mundo. Entretanto, sua história guarda um grande número de artefatos roubados. O vídeo trata deste assunto. Dos dez itens de destaques do Museu, segundo o próprio Museu, metade possuem uma origem duvidosa. A Pedra de Roseta, que ajudou a decifrar os hieróglifos egípcios, é uma das peças mais famosas e que foi retirada do Egito sem autorização. Ou seja, foi roubada do Egito. E muitos outros casos, como peças gregas e um acervo rico de peças do Reino de Benin.

E a contabilidade? - um dos grandes desafios da contabilidade é a mensuração de ativos culturais. O caso do Museu Britânico é muito mais desafiador. Afinal, um objeto roubado pode ser considerado um ativo? Veja que os reguladores não apresentam uma resposta satisfatória para este caso. Na lógica da apropriação do fluxo de caixa, a resposta seria sim. Os artefatos seriam um ativo do Museu Britânico. Mas é válido considerar desta forma? A ética do contador não deveria tratar disto de maneira melhor? 

Rir é o melhor remédio