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06 agosto 2020

Otimização de métricas é um problema da Inteligência Artificial

Resumo:

Optimizing a given metric is a central aspect of most current AI approaches, yet overemphasizing metrics leads to manipulation, gaming, a myopic focus on short-term goals, and other unexpected negative consequences. This poses a fundamental challenge in the use and development of AI. We first review how metrics can go wrong in practice and aspects of how our online environment and current business practices are exacerbating these failures. We put forward here an evidence based framework that takes steps toward mitigating the harms caused by overemphasis of metrics within AI by: (1) using a slate of metrics to get a fuller and more nuanced picture, (2) combining metrics with qualitative accounts, and (3) involving a range of stakeholders, including those who will be most impacted.


The Problem with Metrics is a Fundamental Problem for AI
Rachel Thomas, David Uminsky



Goodhart’s Law states that “When a measure becomes a target, it ceases to be a good measure.” At their heart, what most current AI approaches do is to optimize metrics. The practice of optimizing metrics is not new nor unique to AI, yet AI can be particularly efficient (even too efficient!) at doing so.

This is important to understand, because any risks of optimizing metrics are heightened by AI. While metrics can be useful in their proper place, there are harms when they are unthinkingly applied. Some of the scariest instances of algorithms run amok (such as Google’s algorithm contributing to radicalizing people into white supremacy, teachers being fired by an algorithm, or essay grading software that rewards sophisticated garbage) all result from over-emphasizing metrics. We have to understand this dynamic in order to understand the urgent risks we are facing due to misuse of AI.

Continua aqui

Headlines from HBR, Washington Post, and Vice on some of the outcomes of over-optimizing metrics: rewarding gibberish essays, promoting propaganda, massive fraud at Wells Fargo, and firing good teachers

Sobre a precisão dos números da CVC

Ao ler o comunicado da CVC ao mercado, tratando do "processo de revisão e reconciliação de sua escrituração contábil realizado em decorrência da identificação de distorções em determinadas contas contábeis" três aspectos chamam a atenção. 

O primeiro é que ao publicar alguns dos resultados, ainda não auditados, a empresa pressiona o auditor no seu trabalho. É bem verdade que a decisão de publicação é importante para evitar notícias não oficiais. A empresa tenta tirar esta carga de responsabilidade dos auditores no seguinte trecho: 

A Companhia reitera que as informações constantes das demonstrações financeiras não auditadas ora divulgadas estão sujeitas a alterações em decorrência da conclusão dos trabalhos de auditoria. 

 O segundo é a questão da precisão dos números. Veja o seguinte trecho: 

As demonstrações financeiras não auditadas de 2019 contemplam os ajustes decorrentes das distorções identificadas ao longo do processo de revisão e reconciliação da escrituração contábil da Companhia, no valor de R$362.384.000,00, alocados da seguinte forma: 
(i)R$93.829.000,00 referentes ao exercício de 2019, causando redução na receita líquida consolidada de R$88.566.000,00 e aumento da despesa consolidada de variação cambial de R$5.263.000,00; 
(ii)R$135.109.000,00 referentes ao exercício de 2018, causando redução na receita líquida consolidada de R$127.248.000,00 e aumento da despesa consolidada de variação cambial de R$7.861.000,00; e 
(iii)R$133.446.000,00 referentes a exercícios anteriores a 2018, causando redução do patrimônio líquido em 1º. janeiro de 2018 neste montante. 

Veja que são valores precisos, sem nenhuma casa após o milhar. Eis outro trecho 

O impacto no lucro líquido da Companhia dos ajustes acima indicados foi reduzido pelo lançamento de crédito referente à recuperação de impostos de renda e contribuição social que foram pagos indevidamente, estimados pela Companhia, em aproximadamente R$ 55.000.000,00. (grifo do blog) 

Talvez seja uma questão de estilo, mas seria muito mais crível se a empresa tivesse dito: O impacto no lucro (...) estimados pela Companhia, em aproximadamente R$ 55 milhões. 

Finalmente, qual a causa dos problemas da empresa? Quem foi o responsável? O comunicado dá um pista sobre o que ocorreu: 

Os relatórios finais apresentados pela Comissão Especial de Apuração ao Conselho de Administração apontam deficiências nos sistemas, processos e controles relacionados à escrituração contábil da Companhia. Segundo os relatórios, essas deficiências contribuíram para ocorrência de distorções acima mencionadas nas demonstrações financeiras da Companhia. 

Além disso, os relatórios identificaram: (i) evidências de que deficiências nos controles internos da Companhia contribuíram para a ocorrência das distorções contábeis; (ii) evidências de que as deficiências acima referidas foram ocultadas por colaboradores da CVC inclusive dos auditores externos; e (iii) indícios, não conclusivos, de que os resultados da CVC podem ter sido intencionalmente manipulados.

Eletrobras e o planejamento em tempos do Covid - Parte 2

No final de março, logo depois da decretação da pandemia por parte da OMS, o Conselho da Eletrobras reuniu-se para aprovar o "Novo Plano Diretor de Negócios e Gestão", para o período de 2020 a 2024. Nós postamos aqui sobre este assunto. 

No início de agosto, a empresa divulgou um Plano Estratégico das Empresas Eletrobras 2020-2035, em substituição a outro documento, que contemplava o período de 2015 a 2030. Agora sim, a empresa contemplou, de forma mais detalhada, o impacto da pandemia. 

Mas notei algo interessante: não há, no documento, a palavra "privatização", um assunto considerado pelo principal acionista. E a palavra "venda" aparece somente para tratar da venda de serviços, embora "valor" apareça 38 vezes. (Estranho, para uma empresa que destruiu tanto o valor nos últimos anos)

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

05 agosto 2020

Análise Textual do Wall Street Journal : 1984-2017

Resumo:

We propose an approach to measuring the state of the economy via textual analysis of business news. From the full text content of 800,000 Wall Street Journal articles for 1984–2017, we estimate a topic model that summarizes business news as easily interpretable topical themes and quantifies the proportion of news attention allocated to each theme at each point in time. We then use our news attention estimates as inputs into statistical models of numerical economic time series. We demonstrate that these text-based inputs accurately track a wide range of economic activity measures and that they have incremental forecasting power for macroeconomic outcomes, above and beyond standard numerical predictors. Finally, we use our model to retrieve the news-based narratives that underly “shocks” in numerical economic data.

The Structure of Economic News Leland Bybee, Bryan T. Kelly, Asaf Manela, and Dacheng Xiu. 2020.pdf

Wall Street Journal vai falar palavrão

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

04 agosto 2020

Assetization

Não conhecia esta discussão, sobre a "assetization". Aqui uma discussão sobre um livro que afirma que isto seria uma coisa ruim. O que seria isto? Segundo o comentário:

atribuir um valor monetário a coisas com valor intrínseco, mais a dimensão do poder do proprietário do ativo sobre quem o aluga.

Isto está muito ligado ao processo de mensuração. Assim, procurar definir e quantificar tudo aquilo que seja ativo: obra de arte, capital intelectual, recurso humano, recurso natural, conhecimento e muitos outros.

O conceito de um ativo cujo valor é herdado ao longo do tempo e depende agora de que tipo de futuro criamos é fundamental para a construção de uma economia sustentável.

Aqui um livro com a abordagem negativa da assetization (foto da capa).