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01 agosto 2020

Resultados dos Bancos

Entre os resultados dos bancos, o Santander apresentou seu primeiro prejuízo em 163 anos de funcionamento: 10,8 bilhões de euros. O problema foi a provisão para as perdas esperadas nos empréstimos concedidos pelo banco e alguns resultados ruins nas filiais (especialmente Reino Unido, Estados Unidos, América Latina e Polônia).

O Santander não é o único banco com problema. Mas o seu porte e o potencial de contágio chamam a atenção. Além disto, o importante mercado da América Latina pode reservar surpresas ruins nos próximos meses por conta da pandemia.

O principal risco é que o aumento da falência da região, o aumento do desemprego e a contração acentuada das economias possam desencadear outra crise da dívida. Se isso acontecesse, a exposição excessiva dos dois maiores bancos da Espanha à região poderia servir como fonte de contágio na Europa.

Isto não é problema quando uma instituição financeira tem capital para absorver as perdas. Mas conforme a autoridade bancária europeia, os bancos espanhóis estão entre os piores em termos de capitalização. E neste quesito, a posição do Santander não é boa.

Leia mais aqui (aqui, aqui e aqui). Imagem: aqui

Rir é o melhor remédio

Dificuldade em Custos

31 julho 2020

Fraude Filmada

A fraude contábil da empresa alemã Wirecard será transformada em documentário, com lançamento previsto para 2021. A ascensão e queda da empresa correspondeu a um dos maiores escândalos contábeis da Alemanha. A "obra de arte" terá a direção de Raymond Ley, com produção de Nico Hoffman e Marc Lepetit.

A expectativa é que o documentário tenha seis episódios de 45 minutos cada. Também deverá existir um podcast da série que estará disponível no audionow.de.

IPSASB


Aqui o link para as normas internacionais do setor público, em dois volumes.

Presos e estrangeiros

O gráfico mostra a proporção de estrangeiros nas prisões. Em Mônaco, 100% dos prisioneiros são estrangeiros. Ou seja, os locais não cometem crimes. Andorra e Emiratos Arábes possuem uma percentagem elevada também. De comum, são em geral países pequenos, vários deles Europeus. Preconceito? Alguns deles são locais atrativos para operações financeiras de diversos tipos. No caso de Mônaco, há outra explicação: a população local é minoria.

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Quem nunca usou sua calculadora para fazer uma operação deste tipo?

30 julho 2020

Taxando as Multinacionais

Um artigo bem interessante publicado no Financial Times, denominado Epidemia eleva pressão para taxar mais as multinacionais (traduzido pelo Valor Econômico) discute a situação da taxação das empresas multinacionais. O texto apresenta um exemplo simples, do Savoy:

Em 2018, o Savoy tinha dívidas de 347 milhões de libras e pagava juros de até 15%, altíssimos para a Europa. O dinheiro foi emprestado pela controladora imediata do The Savoy Hotel Limited, uma empresa chamada Dunwilco (1784) Limited, que por sua vez pertence à uma empresa chamada Dunwilco (1783), que por sua vez pertence à Dunwilco (1847), que por sua vez pertence ao dono derradeiro do hotel, a Breezeroad Limited, com registro no Reino Unido. A dívida flui em cascata nessa estrutura empresarial e costuma ser refinanciada a cada um ou dois anos. Para os dois principais acionistas do Savoy Hotel, um dos homens mais ricos do mundo e um dos maiores fundos soberanos, esse arranjo complexo têm dois efeitos notáveis: as contas do Savoy parecem impenetráveis para quem é de fora e a empresa não pagou nada de imposto como pessoa jurídica nos últimos 15 anos.

O exemplo fica mais concreto com dados mais amplos:

No Reino Unido, mais de 50% das subsidiárias de multinacionais estrangeiras atualmente não contabilizam lucros tributáveis, segundo estudo de 2019 da pesquisadora Katarzyna Bilicka, da Universidade de Oxford. Nos EUA, 91 empresas da lista Fortune 500, entre as quais Amazon, Chevron e IBM, pagaram uma taxa efetiva zero em impostos federais em 2018.

De um lado, tem-se corporações com um batalhão de funcionários pensando no planejamento financeiro. De outro, burocratas em diversos países, que não possuem o mesmo interesse e não conseguem extrair impostos das multinacionais. Segundo o texto, a OCDE está preparando um projeto tendo por base dois pilares:

A primeira, chamada de “pilar 1”, fortalece o direito de os países tributarem as empresas a partir das vendas em seus territórios, independentemente de onde a empresa é legalmente constituída (um ganho para a maioria das grandes economias e uma perda para os paraísos fiscais). (...)

O segundo pilar tenta criar um patamar mínimo de imposto a ser aplicado sobre todas as multinacionais. A OCDE estima que as duas reformas elevariam a arrecadação de impostos sobre as empresas em 4% no mundo, somando US$ 100 bilhões ao ano.

Mesmo este valor estimado é pouco em relação ao potencial de taxação das multinacionais.

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