29 maio 2020
28 maio 2020
Leasing e alteração da IFRS 16
A pandemia do COVID-19 levou alguns arrendadores a prestar socorro aos arrendatários, diferindo ou liberando-os de valores que, de outra forma, seriam pagáveis. Em alguns casos, isso ocorre por meio de negociação entre as partes, mas pode ser uma conseqüência de um governo encorajar ou exigir que o alívio seja prestado. Tal alívio está ocorrendo em muitas jurisdições nas quais as entidades que aplicam as IFRSs operam.
Quando houver uma alteração nos pagamentos de arrendamento mercantil, as conseqüências contábeis dependerão de que essa mudança atenda à definição de modificação do arrendamento mercantil, que a IFRS 16 Locações define como “uma mudança no escopo de um arrendamento mercantil, ou a contraprestação de um arrendamento mercantil, que não fazia parte dos termos e condições originais do arrendamento mercantil (por exemplo, adicionando ou rescindindo o direito de usar um ou mais ativos subjacentes ou estendendo ou reduzindo o prazo contratual do arrendamento mercantil) ”.
Em 24 de abril de 2020 , o Conselho publicou um rascunho de exposição com uma proposta de emenda destinada a fornecer alívio prático aos arrendatários na contabilização de concessões de aluguel decorrentes de uma pandemia do COVID-19. Dada a urgência do assunto, o rascunho da exposição foi publicado com um período de comentários de 14 dias. Em 15 de maio de 2020 , a Diretoria considerou o feedback recebido e decidiu finalizar a alteração com algumas alterações.
Avião é seguro?
As companhias aéreas estão com grandes problemas. Mesmo após a reabertura, ninguém vai querer voar (...)Mas os voos das companhias aéreas são perigosos? Enquanto eu lia a literatura que se espalhava, não vi nenhum caso de voo de uma companhia aérea sendo acusado de espalhar o vírus. Isso é notável. De janeiro a março, pessoas estavam voando por todo o mundo. As pessoas estavam voando de Wuhan para todo o mundo. Mas enquanto assistimos a eventos espalhando o vírus em restaurantes, bares, navios de cruzeiro, porta-aviões, asilos, prisões, festas na praia, carnaval, coral e muito mais, não vi nenhum em um voo de avião. Mesmo que as pessoas fiquem presas por horas em locais fechados. Pode-se especular o porquê. Na verdade, os aviões têm sistemas de ventilação muito bons e filtros HEPA de nível hospitalar. Exceto pelo ocasional companheiro de conversa com vídeos de gatos, as pessoas geralmente ficam completamente em silêncio. E falar alto parece ser uma grande parte da disseminação do vírus.
Realmente é um bom ponto de vista. Mas uma festa ou um asilo é possível rastrear sua origem, pois as pessoas são conhecidas. Um cruzeiro ou uma prisão faz com que as pessoas fiquem no local um tempo suficiente para manifestação do vírus. Uma pessoa viajando hoje, que pegou a doença, somente duas semanas depois terá a manifestação dos sintomas.
Carrefour e o alvará de funcionamento
Empregos no setor contábil e o "novo" Caged
27 maio 2020
Pesquisa científica sobre o Covid-19
Creio que diversos pesquisadores submeteram suas pesquisas. E o pequeno círculo com quem conversei, parece que vários deles reclamaram do número de caracteres, reduzido demais para a pesquisa que estava sendo feita.
O interesse pela pesquisa sobre o Covid é comum a toda ciência. Nós postamos aqui que o NBER está publicando muita pesquisa sobre o assunto, um mês depois do Covid ser considerado uma pandemia. E note que esta entidade preocupa com a pesquisa econômica.
Um texto do Nada es Grátis mostra que o efeito contágio do Covid na pesquisa. Usando dados do Scholar, mais de 50 mil artigos sobre o tema foram publicados este ano. Uma base mais restrita, o Web of Science, tem 12 mil artigos. O volume de artigos cresce 21,7% por semana. Ou, a cada 25 dias, o número de artigos é multiplicado por dois.
Boa parte dos artigos possuem como procedência os países que são produtores de ciência nos dias atuais. Mas há um claro destaque para os países que sofreram "na pele" o efeito da doença. No caso dos artigos do Web of Science, a ordem procedência é: Estados Unidos, China, Inglaterra, Itália, Índia, Canadá, Alemanha, Austrália, Irã e Suíça.
Apesar do tema ser tipicamente de saúde, muitas áreas estão pesquisado sobre o assunto. Depois da tecnologia e ciências da vida, as ciências sociais possuem o maior número de pesquisas publicadas. Certamente há controvérsias se ainda é possível publicar boas pesquisas sobre o tema: a amostra certamente é enviesada e os dados ficam defasados rapidamente são duas das dificuldades. Mesmo assim é impressionante saber que 2 mil artigos já foram depositados no SSRN e já temos um periódico sobre o Covid e a Economia.
Este esforço traz dois problemas. O primeiro é a dificuldade de separar os avanços de uma pesquisa das demais. Ninguém consegue ler tanto artigo sobre o tema. E provavelmente muitos deles podem ser "esquecidos", quando representam um avanço, em detrimento de outros, que não seriam pesquisas sérias. Uso de inteligência artificial pode ajudar aqui, mas não resolve o problema.
O segundo aspecto é o custo de oportunidade. O foco da ciência agora é o Covid. Outras frentes de pesquisas relevantes, com malária e câncer, perderam seu status. O Nada es Grátis mostra que o número de publicações no Web of Science sobre malária diminuiu 36%, embora o número de mortos anuais desta doença seja de 405 mil (versus 300 mil do Covid. Ok, esta comparação é inadequada, mas destaca o argumento que não é possível deixar de lado a pesquisa sobre malária). A pesquisa sobre câncer caiu 21%.