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25 maio 2020

Primeira coisa que vou fazer

Propaganda do Activo Bank, de Portugal:









Rir é o melhor remédio

Luca Pacioli apareceu em sonho para Hans Hoogervorst, o presidente do Iasb. E diz "tenho dois conselhos para você: revogue a IFRS do reconhecimento de receita e pinte o cabelo de amarelo". 

Hans pergunta: Por que amarelo?

Luca responde: Eu sabia que não iria se opor ao primeiro conselho.

24 maio 2020

Padronização: o caso ISO - 3

 
Qual o interesse em estudar o caso da ISO? A padronização e suas diversas formas (convergência, harmonização, endosso) interessa para entender o que estamos vivendo na contabilidade nos últimos anos. Se você leu as postagens anteriores sobre a ISO (aqui e aqui) pode ter percebido algumas semelhanças entre a ISO e a Fundação IFRS, nos aspectos positivos e negativos. 



Ambas são entidades do terceiro setor, independente dos governos. Mas para que um norma seja legitimada é necessário que os governos (e suas entidades nacionais) reconheçam a expertise da entidade. O ISO é mais antigo e suas normas são reconhecidas assim que publicadas em quase todo mundo. A Fundação IFRS é mais recente e não possui a mesma força na aceitação das suas normas.

Ambas necessitam de recursos para tocar suas atividades. Para isto, aceitam o apoio de empresas que possuem um interesse claro na norma que está sendo produzida. O que significa que nem sempre há uma isenção adequada. Ambas são eurocêntricas, já que a sede está na Europa e esta possui uma grande representatividade no processo decisório.

Veja que o processo de produção de uma norma é aproximadamente igual. Mas as normas da ISO são constantemente revistas, o que não ocorre necessariamente com a Fundação IFRS (nota: isto é um elogio para a Fundação).

Para quem não ficou convencido, note que a ISO já andou ciscando em normas contábeis. Leia aqui e aqui

Padronização: o caso ISO - 2

Natasha Frost tem um artigo muito interessante sobre a ISO para o Atlas Obscura (Finding the Unexpected Wonder in More Than 22,000 International Standards). Frost mostra que a entidade tem um papel importante no mundo moderno, tornando-o menos caótico. A ISO é responsável pela padronização de parafusos (ISO 4026), brocas (2306), cervejas (67.160.10), cigarros (126), botas de esqui (5355), esquis (8364)

Se no passado as ferrovias tinha bitolas distintas, isto provocava um grande problema, atrasando o transporte de pessoas e mercadorias. Quando o transporte era de longa distância, as pessoas e coisas eram retiradas do trem e colocadas em outro, com bitola diferente. Só no final do século XIX é que algumas empresas começaram a adotar um padrão uniforme. No início do século XX, a Grã-Bretanha funda seu primeiro comitê de padrões de engenharia. Logo depois, no final da I Guerra, a Alemanha e Estados Unidos fazem o mesmo.

Na criação da ISO o caso mais relevante de padronização não foi feito: o sistema de medida métrico não é padronizado no mundo.

A expansão da ISO trouxe grande ganhos e muitos questionamentos. Mesmo quando um padrão é peculiar, como a norma 3103, que trata da preparação do chá para fins de testes sensoriais, chegou a ganhar o Ignobel de 1999. Mas em experimentos científicos, onde as pessoas devam tomar chá, é importante garantir que todos bebam o mesmo preparado. Outro padrão interessante (e importante) na realidade é um conjunto de padrões: preservativos possuem uma norma exigente e complexa. Segundo Frost esta norma é muito importante, pois o produto precisa ser confiável. Neste caso, uma norma como esta pode ter a participação da Organização Mundial de Saúde, de entidades relacionadas com o planejamento familiar, de prevenção do HIV, dos consumidores, entre outros.

Talvez o padrão mais importante e que trouxe mais impacto seja a ISO 6346. Esta ISO definiu os padrões para o contêiner de transporte de carga. Até 1956, as mercadorias eram transportadas em recipientes sem um padrão claro. A ISO permitiu que o preço do transporte caísse, reduzindo o tempo de manipulação das cargas. O mundo não seria o mesmo sem esta ISO.

Entre os questionamentos, talvez o mais sensível seja o fato de que a participação dos países mais pobres ainda é reduzida. Em 2004 a Europa respondeu por metade dos padrões da ISO, embora tenha 6% da população mundial. O fato da sede estar localizada em Genebra certamente ajuda muito. Outra crítica à entidade é o fato de que ela não conseguiu convencer alguns países a adotar o mesmo sistema métrico. Ainda escutamos "pés", "milhas" e outras expressões típicas de um sistema que deveria ter sido padronizado há tempos.

Padronização: o caso ISO - 1

A International Organization for Standardization (ISO) é uma entidade internacional com representantes de vários países do mundo. Com sede em Genebra, na Suíça, a ISO tem um papel muito importante no processo de padronização mundial.

A entidade foi fundada em 1947, muito embora suas origens são anteriores à II Guerra Mundial. A ISO usa o inglês de Oxford, o francês e o russo como línguas oficiais. Mas é independente dos governos. É a maior entidade no desenvolvimento de padrões internacionais, com papel importante no comércio mundial. Já produziu mais de 22 mil padrões, em diversas áreas, de segurança alimentar a produtos e tecnologias específicas.

O uso dos padrões ajuda na criação de produtos e serviços seguros, confiáveis ​​e de boa qualidade. Os padrões ajudam as empresas a aumentar a produtividade, minimizando erros e desperdícios. Ao permitir que produtos de diferentes mercados sejam comparados diretamente, eles facilitam as empresas a entrar em novos mercados e auxiliam no desenvolvimento do comércio global de maneira justa. Os padrões também servem para proteger os consumidores e os usuários finais de produtos e serviços, garantindo que os produtos certificados estejam em conformidade com os padrões mínimos estabelecidos internacionalmente.

O trabalho na ISO é voluntário, feito por autoridades reconhecidas no assunto, com representação de diferentes países. Há mais de 250 comitês técnicos para desenvolver padrões ISO. A entidade é composta por 164 países membros. A maioria possui direito de voto. Mas existem países que são membros correspondentes, pois não possuem uma entidade nacional de padrões. Este é o caso do Paraguai e da Bolívia. E existem os membros assinantes, que são economias pequenas.

O financiamento da entidade é feito pela venda de normas (os documentos são protegidos por direitos autorais) e contribuições de outras entidades. O processo de produção de um padrão pode ter sete etapas: proposta preliminar, nova proposta de item de trabalho, rascunho do trabalho, projeto do comitê, rascunho do inquérito, rascunho final e padrão internacional, que será publicado.

Uma crítica que a entidade sofre é o fato de que os padrões estão disponíveis para venda. Além disto, algumas normas estão sob forte influencia de algumas entidades/empresas. Isto ocorreu com a pradronização do Office Open XML, onde a Microsoft exerceu um lobby forte. Outro problema é o fato de que os países mais pobres estão subrepresentados na entidade.

Fonte: Wikipedia

Rir é o melhor remédio

Mais e igualdade

23 maio 2020

Marcas das Nações 2

Outros índices também podem ser usados para medir a "força" da marca de uma nação. O verbete Nation Brading cita alguns deles, como o Anholt-GfK Nation Brands Index, o Futurebrand e o Digital Country Brand Index. Este último mede cinco fatores e o Brasil estavam em 14o, sendo sua pior avaliação no fator Talento.