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09 maio 2020

Sites sobre Covid e Contabilidade

A seguir uma listagem de sites sobre Covid (via aqui)

International Federation of Accountants (IFAC) - Perspectiva global

Global Public Policy Committe (GPPC) - reguladores do mundo

Financial Stability Board (FSB) - foco na estabilidade financeira global

Accountancy Europe - foco na Europa

Accountancy Europe - aqui com foco nos bancos

Accountancy Europe - e neste, por país

European Securities and Markets Authority (ESMA)
- mercado de capitais da Europa

Center for Audit Quality (CAQ) - auditoria, com especial atenção aos EUA

Accounting Standards Board of Canada (AcSB)
- padrões contábeis do Canadá

South African Institute of Chartered Accountans (SAICA)
- África do Sul

Financial Reporting Council (FRC)
- entidade reguladora do Reino Unido

Institute of Chartered Accountants in England and Wales (ICAEW) - contadores certificados de Gales e Inglaterra

Institute of Chartered Accountants of Scotland (ICAS) - contadores da Escócia

Australian Accounting Standards Board (AASB) - padrões da Austrália

New Zealand External Reporting Board (XRB)
- Nova Zelândia

Chartered Accountants Australia and New Zealand (CAANZ)
- contadores da Austrália e Nova Zelândia

Estônia, exemplo para setor público


Que tal estudar a Estônia? 

A Estônia é um pequeno país do Báltico localizado no norte da Europa. Conquistando independência da União Soviética há pouco menos de 30 anos, a Estônia emergiu como um dos países mais ricos do mundo. Entre os anos de 2001 e 2007, a Estônia mostrou uma das maiores taxas de crescimento do PIB na Europa [pdf], atualmente é o número 30 dos 189 países no Índice de Desenvolvimento Humano e (classificação mais alta em Liberdade Econômica do que os Estados Unidos ou a Holanda).

O sucesso econômico da Estônia pode, em parte, ser atribuído à sua maneira inovadora de governar a sociedade. A Estônia conseguiu construir o primeiro governo sem papel do mundo - e-Estonia . Hoje, 99% de todos os serviços estatais da Estônia podem ser acessados ​​on-line, 98% dos cidadãos estonianos possuem um cartão de identificação eletrônico e mais de 45% da população usa o voto na Internet. A Estônia introduziu ainda o que foi denominado residência eletrônica. É uma identidade digital transnacional que pode ser usada por qualquer pessoa no mundo para obter acesso às tecnologias digitais da Estônia, incluindo serviços jurídicos ou contábeis, e à entrada no ambiente de negócios da União Europeia. Isso faz da Estônia uma das sociedades digitais mais avançadas do mundo e traz seus benefícios.

Por exemplo, colocar os serviços do governo online reduziu drasticamente a corrupção. O problema da corrupção era particularmente preocupante em 1994, quando o e-Estonia foi introduzido pela primeira vez. Ao colocar online serviços essenciais do estado, significa que a interação entre funcionários do governo e cidadãos reduziu drasticamente, eliminando a maioria dos subornos [genial]. Essa questão ainda assola muitos dos países pós-soviéticos.

Além disso, a facilidade de iniciar um negócio on-line, juntamente com o programa e-Residency, permitiu à Estônia se tornar o principal centro de inicialização da Europa. Atualmente, a Estônia possui 31 startups por 100.000, que são 6 vezes superiores à média da UE. Empresas como Skype e TransferWise surgiram no pequeno Estado Báltico. Não apenas essas startups contribuem para o crescimento econômico da Estônia, o clima econômico favorável para as empresas também atraiu níveis significativos de IDE para o país.

Como os governos de todo o mundo procuram melhorar suas economias, devem olhar para o pequeno estado báltico que pode servir como um modelo para a eficácia de uma sociedade digital. Como enfatizou a eurodeputada estoniana Marina Kaljurand: “ se usadas corretamente, as soluções digitais podem ser fatores essenciais para o crescimento econômico e a equidade”. (...)


Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio


08 maio 2020

Propaganda legal

Postamos aqui que muitos comerciais, nos tempos de pandemia, são iguais. Mas achei bem criativo estes cartazes da Mucinex sobre ser herói nos tempos atuais.
 



Custo do Covid-19

Muitas decisões são trocas que fazemos. Neste momento, os governos de diversos países estão discutindo entre continuar as medidas restritivas, para evitar mais mortes em razão do Covid-19, ou voltar as atividades econômicas. Há argumentos de que as mortes decorrentes da recessão talvez sejam maiores do que as mortes provocadas pela manutenção das restrições. A decisão não é fácil e será realizada diante de dados incompletos. Neste endereço uma discussão sobre este custo.

Nos Estados Unidos o custo do fechamento pode chegar a 25% do PIB anual

Inicialmente é interessante que os autores reconhecem que suas estimativas iniciais estavam subestimadas. E agora estimam um custo de 5,2 trilhões de dólares para os Estados Unidos. Como o PIB deles é de 21 trilhões, isto seria aproximadamente 25% do PIB.

An article in the Wall Street Journal suggested the economic cost of the shutdown is equal to 50% of monthly economic output, or about $900B per month. But there are two elements to the direct cost — the first is simply economic activity that would have happened but didn’t because of the shutdown — the $900B number.

The second is the cost of businesses that fail. If an extension of the shutdown leads to business failures, part of the cost of the extension is the net present value of the stream of production that would have been provided by those businesses that failed due to the shutdown. This cost is harder to quantify. A recent Goldman Sachs survey found that 51% of small businesses will fail within 12 weeks after the shutdown begins. If we assume a linear failure function and calculate the net present value of the stream of lost productivity of small business failures, costs grow exponentially as the shutdown continues. The total cost of both forgone productivity and business failure would be $1.5T for the first month and rises to $3.4T after two months. Add two months of $900B loss of economic activity for a total loss of $5.2T.


Os autores reconhecem que esta comparação é ruim, já que mesmo países que não decretaram o fechamento, como é o caso da Suécia, há uma recessão. Então a comparação precisa levar em consideração a perda sem as medidas restritivas. O problema é fazer esta estimativa. Além disto, não está incluso o custo da hospitalização, estimada em 64 mil dólares por pessoa. Em suma, há muito incerteza nos valores usados.

Aproveitando, aqui o link para um periódico chamado Covid Economics. 

Efeito Batom

“A beleza é o seu dever.” Esse foi o slogan propagado pelo governo britânico à população de mulheres na Segunda Guerra Mundial. Mesmo com a indústria voltada para a produção de equipamentos bélicos e gêneros de primeira necessidade, o batom continuou sendo fabricado. Para o ministro Winston Churchill, o ato de se maquiar tinha um significado patriótico. “Churchill entendeu que usar batom fazia com que as mulheres se sentissem mais fortes e seguras, sentimentos especialmente apreciados em tempos de crise”, conta Rachel Felder, jornalista da The New Yorker, no livro Red Lipstick: an Ode to a Beauty Icon (“Batom vermelho: uma ode a um ícone de beleza”, numa tradução livre).

De acordo com Felder, a maquiagem envia uma mensagem de autoridade e convicção. “Era tida como uma espada ou um escudo, que demonstra força e esconde insegurança”, diz. Na Segunda Guerra Mundial, o Ministério do Abastecimento do Reino Unido publicou um memorando em que afirmava que, durante o período do conflito, o cosmético era tão importante para a mulher quanto o tabaco para o homem. Ao mesmo tempo que valorizava a autoestima feminina, esse era um sinal do caráter sexista de então.


O índice batom

Na indústria da beleza, o chamado lipstick index virou um indexador informal da economia, usado para identificar comportamentos do consumidor, semelhante ao índice Big Mac, criado pela revista The Economist para mostrar os efeitos cambiais de um produto. O índice batom foi cunhado em 2001 por Leonard Lauder, então presidente emérito e herdeiro da empresa de cosméticos Estée Lauder. A teoria diz que, nas crises econômicas, a venda de cosméticos em geral cresce, principalmente a de itens de entrada. No lugar de uma bolsa ou um vestido de grife, compra-se um frasco de perfume ou um batom. Essa seria uma forma de compensar períodos de restrições sem deixar de consumir.


Quando Lauder cunhou a expressão, o mundo sofria os efeitos da bolha da internet e os abalos dos atentados de 11 de setembro. Na ocasião, a empresa afirmou ter dobrado as vendas de batons. O fenômeno, então se observou, ocorria depois de cada crise. Entre 1929 e 1933, após a Grande Depressão, a produção industrial americana diminuiu pela metade, mas o consumo de produtos de beleza cresceu. Na crise asiática de 1997, enquanto a economia japonesa estagnava, os gastos com itens de entrada de beleza cresceram 10%. E no primeiro semestre de 2008 as vendas da L’Oreal, maior empresa de beleza do mundo, aumentaram 5,3%.


A crise atual

Como o mercado reagirá à pandemia do coronavírus? Ainda é cedo para avaliar o efeito completo nos principais mercados consumidores, mas alguns sinais já podem ser observados. Primeiro, é preciso ressaltar que, até o fim de 2019, o segmento nunca esteve tão aquecido. A indústria da beleza era estimada em 532 bilhões de dólares, segundo a consultoria de consumo Edited. Para a consultoria de inteligência de mercado Kline, porém, o segmento deve ter neste ano uma retração de 2,5%. A própria L’Oréal já sentiu diferença. No balanço do primeiro trimestre, as vendas ficaram em 7,2 bilhões de euros — queda de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado.


Um ponto do relatório da L’Oréal, no entanto, chama a atenção: o segmento de produtos para a pele aumentou 13%, para 840 milhões de euros. O resultado parcial vai ao encontro de um estudo realizado pelo aplicativo Poshly, que aponta que as compradoras estão estocando itens como loção para o corpo, produtos para cuidados com a pele do rosto e para o cabelo. Dois terços das entrevistadas disseram estar usando menos maquiagem no rosto e nos olhos. Os dados podem ser resultado da diferença da atual crise em relação às demais: as pessoas estão mais em casa, com pouca interação social — a não ser por plataformas de videoconferência, como o Zoom, em que se destacam mais os olhos e a parte superior do rosto e menos os lábios. Nas idas à rua, quando necessário, a parte de baixo da face está escondida por máscara. Além disso, há um questionamento dos padrões de beleza, debate anterior à atual pandemia.

O Brasil segue a tendência. Um relatório do provedor de pesquisa de mercado Euromonitor International espera uma queda expressiva na venda de fragrâncias e dos chamados colour cosmetics, produtos de maquiagem e esmalte, e associados à vida social. Como essas duas categorias representam um terço do mercado brasileiro de beleza, um resultado negativo geral parece inevitável. A tendência de queda acompanha a crise no país. De 2014 a 2019, a categoria de maquiagem saltou de um tamanho de mercado de 11,7 bilhões para 10 bilhões de reais, uma redução de 14,2%.


“As vendas de maquiagem, em termos deflacionados, vêm apresentando performance negativa desde 2015, o que representa uma racionalidade do consumidor em categorias ditas mais supérfluas”, afirma Elton Morimitsu, consultor de pesquisa da indústria de beauty and personal care da Euromonitor International. “O surgimento de marcas mais baratas nessa categoria provou que o consumidor tem feito escolhas mais conscientes. O atual cenário deve reforçar ainda mais esse comportamento, o que deve, de fato, comprovar o fim do efeito batom no mercado brasileiro.”




Eficácia simbólica

Para a consultora de mercado e antropóloga do consumo Hilaine Yaccoub, que já fez trabalhos na área para empresas como Avon, Natura e Unilever, o ato de se maquiar em tempos de quarentena serve para ajudar a criar uma rotina e também como uma ferramenta de autoconhecimento neste momento em que estamos rediscutindo valores e prioridades. Para ela, o batom, especificamente, teria a chamada eficácia simbólica, uma definição criada pelo antropólogo francês Claude Lévi-Strauss para explicar de que forma os rituais nos ajudam a enfrentar desafios — no caso, ele estudou como índios nativos do Panamá acreditavam que o canto xamânico ajudava na hora do parto.

“Quando a mulher pinta os lábios, quer enviar uma mensagem”, afirma Yaccoub. “As cores têm simbologias diferentes. Para usar um batom vermelho-vivo, a mulher precisa estar emocionalmente forte, ter uma elevada autoconfiança. Essa é a cor dos cardeais, da nobreza, um símbolo de poder.” Nas pesquisas de campo para marcas, ela costuma pedir às entrevistadas imagens de referências de quando elas se sentiram mais bonitas, mais realizadas, mais poderosas. “Não importam classe social, cidade, estado, as entrevistadas sempre mandam fotos de casamentos, batizados, festas, momentos em que estão maquiadas.”


No começo de abril, no discurso em que pediu à população britânica que resistisse à dor e às enormes mudanças causadas pela pandemia do coronavírus, a rainha Elizabeth II estava com os lábios devidamente pintados. Foi apenas a quinta vez que ela fez um pronunciamento público em tempos de crise desde a Guerra do Golfo, em 1991. O momento agora, mais uma vez, pedia demonstração de força. A rainha é uma notória apreciadora de batons, com uma suposta preferência pela Clarins. Para sua coroação em 1952, ela teria encomendado à marca a confecção de um tom especial. A Segunda Guerra Mundial já havia terminado, a um custo altíssimo para os ingleses, mas com um princípio de liberdade de costumes entre os vitoriosos.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Fonte da juventude