Trecho do Jornal Econômico de Portugal. Importante o destaque para o fato de que a contabilidade não se resume ao prazo do pagamento de impostos.
Ainda no que respeita aos impactos do COVID-19 no reporte contabilístico, será de salientar a recomendação da Comissão de Normalização Contabilística (CNC) sobre o tratamento dos impactos desta pandemia no relato financeiro das empresas e entidades em SNC. De facto, em consequência do impacto social e económico e grau de incerteza gerado por este surto para as empresas e entidades, veio a CNC alertar para a necessidade das empresas considerarem, nas demonstrações financeiras do período de 2019, nomeadamente no âmbito das divulgações ao nível dos Acontecimentos Após a Data do Balanço (NCRF-24), as respetivas divulgações do efeito financeiro desta pandemia, ou declaração de que tal estimativa não é possível de realizar à data da preparação das respetivas demonstrações financeiras.
Em suma, muitas alterações que se traduzem não apenas em prorrogações de prazos de reporting mas também de pagamento de impostos. Ou seja, haverá que avaliar os eventuais ajustamentos aos processos de compliance e sobre projeções de cash flow. Mas importa ter em consideração que, face às inúmeras incertezas decorrentes do período que atravessamos, a abordagem mais recomendável será manter os prazos normais prevenindo dessa forma situações imprevistas que possam vir a comprometer a capacidade de cumprir com estes prazos.
(Atente para a quantidade de estrangeirismos)
02 maio 2020
Um editor de texto diferente
A página é muito básica, mas tem sido usada por cientistas que desejam descrever suas pesquisas. Há uma versão em inglês, norueguês e espanhol. Torcendo para uma versão na língua portuguesa.
Reação das empresas ao Covid
Hassan, Hollander, van Lent e Ahmed Tahoun (Firm-level Exposure to Epidemic Diseases: Covid-19, SARS, and H1N1; NBER Working Paper No. 26971, April 2020), analisando empresas de mais de 80 países, descobriram que o Covid trouxe temas comuns:
À medida que o Covid-19 se espalha globalmente no primeiro trimestre de 2020, descobrimos que as principais preocupações das empresas estão relacionadas ao colapso da demanda, o aumento da incerteza e a interrupção nas cadeias de suprimentos. Outras preocupações importantes estão relacionadas à redução de capacidade, fechamento e bem-estar dos funcionários. Por outro lado, as preocupações financeiras são mencionadas relativamente raramente. Também identificamos algumas empresas que preveem oportunidades em mercados novos ou interrompidos devido à disseminação da doença. Finalmente, encontramos algumas evidências de que as empresas que têm experiência com SARS ou H1N1 têm expectativas mais positivas sobre sua capacidade de lidar com o surto de coronavírus.
Os autores usaram as conferences calls das empresas. Mas tenho a impressão que a reação muda com o passar do tempo. Pelo menos no Brasil parece ter sido assim.
À medida que o Covid-19 se espalha globalmente no primeiro trimestre de 2020, descobrimos que as principais preocupações das empresas estão relacionadas ao colapso da demanda, o aumento da incerteza e a interrupção nas cadeias de suprimentos. Outras preocupações importantes estão relacionadas à redução de capacidade, fechamento e bem-estar dos funcionários. Por outro lado, as preocupações financeiras são mencionadas relativamente raramente. Também identificamos algumas empresas que preveem oportunidades em mercados novos ou interrompidos devido à disseminação da doença. Finalmente, encontramos algumas evidências de que as empresas que têm experiência com SARS ou H1N1 têm expectativas mais positivas sobre sua capacidade de lidar com o surto de coronavírus.
Os autores usaram as conferences calls das empresas. Mas tenho a impressão que a reação muda com o passar do tempo. Pelo menos no Brasil parece ter sido assim.
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