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07 abril 2020

Xadrez On-line

O político, ator e fisiculturista Arnold Schwarzenegger aconselhou: fiquem em casa e joguem xadrez. Um bom conselho, já que é possível jogar xadrez online a qualquer momento em diversos sites existentes; na quase totalidade deles sequer é necessário ter um parceiro, pois há um jogador virtual para você enfrentar.

Mas há uma frustração, já que o torneio de candidatos para selecionar o desafiante ao atual campeão, o norueguês Magnus Carlsen, era um dos poucos eventos esportivos em andamento. Mas a Rússia indicou que iria fechar suas fronteiras e o torneio foi interrompido na sua metade.

Mas agora o atual campeão Carlsen está promovendo um torneio entre os melhores do mundo. Com um detalhe: online.O prêmio, de $250 mil, é bastante atrativo para o xadrez. E pode ser assistido ao vivo. O jogos terão um tempo de duração curto, o que garante a atratividade, já que a chance de "erro" é maior.


Rir é o melhor remédio

Aquamen na quarentena

06 abril 2020

Loucura das massas e a probabilidade de bolhas

Resumo:

The limits-to-arbitrage framework explains how a speculative bubble can be sustained. But, it does not explain how often you should expect one to occur. To do that, you need to model the on/off switch which sporadically amplifies speculator biases, causing arbitrageur constraints to bind and a bubble to form. I propose a first such model with an on/off switch based on social interactions between speculators. In the model, bubbles occur more often when small increases in past returns make an asset’s speculators much more persuasive to their peers. I use industry-level stock returns to empirically verify this ex ante prediction about bubble likelihoods. And, in the process, I show it is possible to test such predictions even in the presence of ex post disagreement about how to define a speculative bubble.

Fonte: Chinco, Alexander, The Madness Of Crowds And The Likelihood Of Bubbles (November 17, 2019). Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=3518021 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.3518021

Asset Bubbles Through History: The 5 Biggest

Escola e Crime

We examine if compulsory schooling laws (CSL) necessarily lower crimes. We focus on violent youth crime (homicides by assault and guns) among 15-19 years age group in all Brazilian municipalities over 2000-13, taking advantage of the 2009 Brazilian Constitutional Amendment that required introduction of compulsory high schooling of 15-17-year-olds by 2016. Only about 53% municipalities adopted the Amendment by 2013. Differencein-difference estimates with municipality fixed effects to account for the endogenous adoption of the Amendment by municipalities show small treatment effects for homicides, but insignificant effects for homicide rates in the full sample. In the absence of any significant increase in income/employment among this age group, we attribute this to the incapacitation effect of CSL, which was, however, weakened by overcrowding in day and night schools in treated municipalities after 2009. In contrast, poorer treated municipalities witnessed increased class size, worse school performance and increased crime too. The crime reduction effects of CSL thus crucially depend on whether/how it affects class size and school quality especially in less promising jurisdictions.

Do Compulsory Schooling Laws Always Work? A Study of Youth Crime in Brazilian Municipalities*

Redundância no comércio global

As técnicas modernas de gestão de estoques enfatiza a relação do custo de estocagem e o custo da falta (vide capítulo do livro Administração do Capital de Giro, Assaf e Silva, onde isto é tratado usando o lote econômico de compra). A literatura enfatizou que o custo de estocagem deveria ser melhor avaliado - ou seja, seu valor é substancial.
 Assim, o custo da falta em situações como a da pandemia global não estava previsto. Shannon O´Neil destaca este ponto.Para Shannon, a palavra chave talvez seja redundância. E esta questão da redundância talvez não esteja adequadamente destacada no livro. Eis um trecho do artigo de O´Neil:

Mas a pandemia de coronavírus iluminou os riscos que as cadeias de suprimentos globais representam para as pessoas, as economias e a segurança das nações. Quando um componente é produzido exclusivamente em um país ou região, ou em alguns casos, mesmo em uma fábrica, as empresas em todo o mundo podem repentinamente se encontrar sem insumos vitais. Além disso, enfatizou-se as técnicas de manufatura enxuta, que buscam reduzir estoques, trabalhadores, momentos de inatividade e erros. Todas as escolas de administração ensinam esses métodos e os conselhos e acionistas corporativos os recompensam. Mas em tempos de crise, as práticas deixam empresas com estoques escassos e poucos substitutos viáveis ​​para quando as cadeias de suprimentos são cortadas. Em muitas empresas, os estoques caíram do "suficiente para as próximas semanas" para o "suficiente para os próximos dias" e, em alguns casos, o suficiente para durar apenas algumas horas, pois software sofisticado, sensores e inteligência artificial permitem que as peças cheguem imediatamente antes de serem inseridas em carros, máquinas de ressonância magnética, computadores ou empilhadeiras acelerando ao longo das linhas de montagem. A margem para erro, em outras palavras, é muito fina.

A pandemia de coronavírus iluminou os riscos que as cadeias de suprimentos globais representam para as pessoas, as economias e a segurança das nações.


Isto se tornou muito claro nos dias atuais, onde se construiu uma dependência do fornecimento de alguns países, em especial a China:

As interrupções na produção de suprimentos médicos já são evidentes. Como hospitais e profissionais de saúde dos EUA enfrentam ondas crescentes de doenças, máscaras e equipamentos de proteção são escassos, em grande parte porque a maioria é fabricada na China. Muitos temem que os produtos farmacêuticos sejam os próximos. Certamente, fábricas em todo o mundo produzem pílulas, pomadas e xaropes. Mas muitos dos ingredientes ativos de antibióticos, analgésicos, insulina, antidepressivos e outros medicamentos também vêm da China. Se o envio desses itens for atrasado por causa do coronavírus, a saúde de dezenas de milhões de pessoas poderá sofrer.

Praticamente todos os setores e sistemas que alimentam a economia americana podem ser afetados. O lítio essencial para telefones celulares e baterias de computadores, os minerais de terras raras integrados a painéis solares e turbinas eólicas, e os semicondutores e telas de LCD em eletrônicos são todos fabricados em um ou apenas em alguns lugares. Se os suprimentos falharem por muito tempo, a comunicação poderá falhar, a energia poderá sair e os avanços tecnológicos dos EUA poderão parar. Também podem desaparecer produtos mais prosaicos: peças para carros, máquinas de lavar, geladeiras, misturadoras de cimento e muito mais dependem de fábricas que estão na fronteira ou no mar.

Talvez nos próximos meses, quando a situação se normalizar, alguns destes métodos poderão ser revistos. Saberemos quando compararmos os níveis de estoques e insumos antes e depois da crise.

Impacto da Gripe Espanhola no Brasil

Toda segunda, o NBER disponibiliza um bom conjunto de pesquisa, todas de altíssima qualidade. Várias destas pesquisas estarão, nos próximos meses, nos principais periódicos acadêmicos mundiais. Assim, acompanhar os textos do NBER é conhecer o que está sendo feito agora na área de pesquisa econômica.

Nesta segunda, diversos textos sobre o Covid-19. Mas um chamou a atenção: uma pesquisa sobre os efeitos da gripe espanhola sobre a demografia, a formação do capital humano e a produtividade do estado de São Paulo. Sob o título "The Brazilian Bombshell? The Long-Term Impact of the 1918 Influenza Pandemic the South American Way", Amanda Guimbeau, Nidhiya Menon e Aldo Musacchio fizeram um levantamento histórico dos efeitos da Influenza. Eis o resumo:

We analyze the repercussions of the 1918 Influenza Pandemic on demographic measures, human capital formation, and productivity markers in the state of Sao Paulo, Brazil's financial center and the most populous city in South America today. Leveraging temporal and spatial variation in district-level estimates of influenza-related deaths for the period 1917-1920 combined with a unique database on socio-economic, health and productivity outcomes constructed from historical and contemporary documents for all districts in Sao Paulo, we find that the 1918 Influenza pandemic had significant negative impacts on infant mortality and sex ratios at birth in 1920 (the short-run). We find robust evidence of persistent effects on health, educational attainment and productivity more than twenty years later. Our study highlights the importance of documenting the legacy of historical shocks in understanding the development trajectories of countries over time. 

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