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24 março 2020

Rir é o melhor remédio


Macroeconomia das Epidemias

Resumo:

We extend the canonical epidemiology model to study the interaction between economic decisions and epidemics. Our model implies that peopleís decision to cut back on consumption and work reduces the severity of the epidemic, as measured by total deaths. These decisions exacerbate the size of the recession caused by the epidemic. The competitive equilibrium is not socially optimal because infected people do not fully internalize the e§ect of their economic decisions on the spread of the virus. In our benchmark scenario, the optimal containment policy increases the severity of the recession but saves roughly half a million lives in the U.S.

Fonte: The Macroeconomics of EpidemicsMartin S. Eichenbaum, Sergio Rebelo, and Mathias TrabandtNBER Working Paper No. 26882March 2020JEL No. E1,H0,I1

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Estratégia Saudita

Uma análise interessante sobre a nova estratégia saudita no petróleo:

A mudança reflete a visão do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman (MBS) de que a Arábia Saudita tem uma janela de oportunidade relativamente estreita para monetizar suas grandes reservas de petróleo. Ele adotou uma política de capturar participação de mercado em vez de tentar estabelecer o preço, mais uma vez rompendo com políticas antigas que ele acredita não serem mais úteis.

(...) Há pouca confiança entre o MBS e o presidente russo Vladimir Putin, que não esqueceu que as maquinações do mercado de petróleo da Arábia Saudita na década de 1980 podem ter desempenhado um papel no colapso da União Soviética. Além disso, a Arábia Saudita já tentou e falhou em assumir o setor de xisto em 2014-2016, quando subestimou seriamente a competência técnica dos produtores de xisto dos EUA e a capacidade de operar a preços baixos.

(...) Ele [MBS] sabe que tem apenas um tempo limitado - talvez apenas algumas décadas - para extrair o máximo valor do petróleo, porque as mudanças climáticas impulsionaram um impulso global em direção à descarbonização e energia renovável. A Arábia Saudita possui bem mais de 50 anos em reservas recuperáveis; a maior parte disso se tornará um ativo ocioso se não for produzido mais rapidamente.
 

Embora o Reino enfrente sérios obstáculos técnicos e financeiros na busca de suas novas metas de produção altamente ambiciosas, o ponto mais profundo é que as antigas regras não se aplicam mais. E sob a nova dispensação, os sauditas também podem começar a administrar a gigante petrolífera estatal Saudi Aramco mais como uma empresa internacional maximizadora de lucros - produzindo o máximo possível - e não como o banco central do mercado global de petróleo.

Existem fortes argumentos sobre por que o Reino deve seguir esse caminho. Para começar, o petróleo saudita é mais barato de extrair e transportar do que muitas outras reservas. Também é "mais limpo" do que o produzido pelas areias betuminosas do Canadá e emite pouco metano comparado ao petróleo russo. A Saudi Aramco é uma das empresas de petróleo mais tecnologicamente avançadas e tecnicamente competentes do mundo. Em outras palavras, o petróleo saudita tem múltiplas vantagens comparativas sobre a concorrência e, portanto, está perfeitamente posicionado para manter uma posição privilegiada na transição global de energia limpa.

Além disso, o Reino sinaliza sua mudança de estratégia há vários meses. Em dezembro de 2019, prosseguiu com a oferta pública inicial de 1,5% da Saudi Aramco, o que representa uma maneira de monetizar o valor inicial de suas reservas de petróleo, além de sinalizar a mudança para maximizar o lucro. Após muitos anos de disputas, os sauditas também chegaram a um acordo com o Kuwait sobre a produção de petróleo na Zona Neutra, que permitirá que a produção aumente em até 500.000 barris por dia. Por fim, a Arábia Saudita anunciou recentemente planos para desenvolver um enorme campo de gás não convencional chamado Jafurah, que disponibilizará ainda mais petróleo para exportação.

(...) A questão, é claro, é quanto tempo a Arábia Saudita pode manter essa estratégia antes que o novo ambiente de baixo preço drene seus próprios cofres. Um cálculo de volta ao envelope sugere que ele pode durar dois anos.


Fonte: aqui

Dez melhores pós dos EUA

Eis os melhores cursos dos EUA em contabilidade do World Report (via aqui)

1. Universidade do Texas em Austin (McCombs School of Business)
2. Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (Gies College of Business)
3. Universidade da Pensilvânia (Wharton School)
4. Brigham Young University (Marriott School of Business)
5. Universidade de Chicago (Booth School of Business)
6. Universidade de Michigan (Stephen M. Ross School of Business)
7. Universidade de Nova York (Leonard N. Stern School of Business)
8 (empatado). Universidade de Stanford (Escola de Pós-Graduação em Negócios)
8 (empatado). Universidade do Sul da California(Marshall School of Business)
10 (empatado). Universidade Estadual de Ohio (Max M. Fisher College of Business)
10 (empatado). Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (Escola de Negócios Kenan-Flagler)

Rir é o melhor remédio

Atualização: foi confirmado que é uma história falsa (aqui).


Rússia deixa 500 leões nas ruas para assegurar que as pessoas ficaram em casa durante a pandemia.

23 março 2020

Olimpíadas

Parece inevitável, mas qual a razão das Olimpíadas não terem sido postergadas ou canceladas? (até domingo, 17 horas)

Eis uma resposta

As forças que mantêm a Olimpíada à tona são financeiras. O setor privado do Japão investiu cerca de 10 trilhões de ienes na realização dos Jogos, ou US$ 9,2 bilhões. Só o custo da construção olímpica é de US$ 5,9 bilhões. Os comitês olímpicos nacionais que disputam os Jogos e os comitês organizadores que os preparam são entidades corporativas, com bilhões em acordos de patrocínio global e local. Mais de um milhão de japoneses serão empregados. Estima-se que os lucros a longo prazo desses investimentos em instalações e infraestrutura sejam de aproximadamente US$ 225 bilhões. Poucas pessoas no Japão, incluindo muito o primeiro-ministro, nem nenhum dos patrocinadores olímpicos querem parar esse trem bala.

Em resumo, a Olimpíada é um negócio global de esportes modernos, com tudo o que isso implica, incluindo direitos de televisão e cinema, sem mencionar transmissão ao vivo, publicações, os direitos de uso de logotipo e marca comercial e o prestígio de ser nomeado como “Tokyo 2020 Gold Partner”, o mais alto dos três níveis de patrocínio disponíveis. (...)

Talvez essas pressões foram o que levou o vice-primeiro-ministro japonês, Taro Aso, a deixar escapar sua alegação um tanto maluca no parlamento de que, a cada 40 anos, a Olimpíadas é “amaldiçoada”. Aparentemente, ele se referia sem ironia ao boicote aos Jogos de Moscou de 1980 e ao cancelamento dos de Tóquio de 1940, com a Segunda Guerra Mundial. A maldição foi “um fato”, disse Aso.

A questão é: o que realmente importa para o Comitê Olímpico Internacional e o anfitrião dos Jogos, e quando isso começará a afetar planos. O presidente do COI, Thomas Bach, e sua equipe estão monitorando de perto o vírus. Mas os Jogos Olímpicos terem participação de 100 das (esperadas) 209 equipes é uma perspectiva sombria, mas muito real. Nem o Japão nem mesmo o patrocinador mais importante do “Tokyo 2020 Gold Partner” receberiam seu dinheiro que valesse isso.



Por outro lado, há algo estranho:

É a nação desenvolvida menos afetada e, aí sim uma surpresa, com protocolos de ações de prevenção e combate na contramão dos da maioria das países atingidos pelo vírus e das recomendações da Organização Mundial da Saúde.

O Japão acumulava 1.101 casos confirmados e 41 mortes até 22 de março. O primeiro caso do Covid-19 foi registrado em 10 de janeiro. Os números excluem os 712 infectados e as 8 mortes do polêmico cruzeiro Diamond Princess, que ficou retido em Yokohama, de quarentena.

A boa notícia dos números oficiais, no entanto, carece de lógica quando se comparam período de surto, casos confirmados, mortes, ações de combate e testes ao redor do mundo. A questão virou um enigma entre especialistas e um motivo de suspeita para os que acusam o governo de maquiar a situação para não prejudicar ainda mais a economia e continuar garantindo a realização da Olimpíada, cada vez mais improvável.

Frase

"Quando eles vão descobrir que eu sou, de fato, uma fraude e tirar tudo de mim?"


Tom Hanks, vencedor de dois Oscars, quatro Globos de Ouro e seis Emmys, entrevistado em 2016 (via aqui) (Esta frase é a melhor representação da síndrome do impostor)