Atualização: foi confirmado que é uma história falsa (aqui).
Rússia deixa 500 leões nas ruas para assegurar que as pessoas ficaram em casa durante a pandemia.
24 março 2020
23 março 2020
Olimpíadas
Parece inevitável, mas qual a razão das Olimpíadas não terem sido postergadas ou canceladas? (até domingo, 17 horas)
Eis uma resposta
As forças que mantêm a Olimpíada à tona são financeiras. O setor privado do Japão investiu cerca de 10 trilhões de ienes na realização dos Jogos, ou US$ 9,2 bilhões. Só o custo da construção olímpica é de US$ 5,9 bilhões. Os comitês olímpicos nacionais que disputam os Jogos e os comitês organizadores que os preparam são entidades corporativas, com bilhões em acordos de patrocínio global e local. Mais de um milhão de japoneses serão empregados. Estima-se que os lucros a longo prazo desses investimentos em instalações e infraestrutura sejam de aproximadamente US$ 225 bilhões. Poucas pessoas no Japão, incluindo muito o primeiro-ministro, nem nenhum dos patrocinadores olímpicos querem parar esse trem bala.
Em resumo, a Olimpíada é um negócio global de esportes modernos, com tudo o que isso implica, incluindo direitos de televisão e cinema, sem mencionar transmissão ao vivo, publicações, os direitos de uso de logotipo e marca comercial e o prestígio de ser nomeado como “Tokyo 2020 Gold Partner”, o mais alto dos três níveis de patrocínio disponíveis. (...)
Talvez essas pressões foram o que levou o vice-primeiro-ministro japonês, Taro Aso, a deixar escapar sua alegação um tanto maluca no parlamento de que, a cada 40 anos, a Olimpíadas é “amaldiçoada”. Aparentemente, ele se referia sem ironia ao boicote aos Jogos de Moscou de 1980 e ao cancelamento dos de Tóquio de 1940, com a Segunda Guerra Mundial. A maldição foi “um fato”, disse Aso.
A questão é: o que realmente importa para o Comitê Olímpico Internacional e o anfitrião dos Jogos, e quando isso começará a afetar planos. O presidente do COI, Thomas Bach, e sua equipe estão monitorando de perto o vírus. Mas os Jogos Olímpicos terem participação de 100 das (esperadas) 209 equipes é uma perspectiva sombria, mas muito real. Nem o Japão nem mesmo o patrocinador mais importante do “Tokyo 2020 Gold Partner” receberiam seu dinheiro que valesse isso.
Por outro lado, há algo estranho:
É a nação desenvolvida menos afetada e, aí sim uma surpresa, com protocolos de ações de prevenção e combate na contramão dos da maioria das países atingidos pelo vírus e das recomendações da Organização Mundial da Saúde.
O Japão acumulava 1.101 casos confirmados e 41 mortes até 22 de março. O primeiro caso do Covid-19 foi registrado em 10 de janeiro. Os números excluem os 712 infectados e as 8 mortes do polêmico cruzeiro Diamond Princess, que ficou retido em Yokohama, de quarentena.
A boa notícia dos números oficiais, no entanto, carece de lógica quando se comparam período de surto, casos confirmados, mortes, ações de combate e testes ao redor do mundo. A questão virou um enigma entre especialistas e um motivo de suspeita para os que acusam o governo de maquiar a situação para não prejudicar ainda mais a economia e continuar garantindo a realização da Olimpíada, cada vez mais improvável.
Eis uma resposta
As forças que mantêm a Olimpíada à tona são financeiras. O setor privado do Japão investiu cerca de 10 trilhões de ienes na realização dos Jogos, ou US$ 9,2 bilhões. Só o custo da construção olímpica é de US$ 5,9 bilhões. Os comitês olímpicos nacionais que disputam os Jogos e os comitês organizadores que os preparam são entidades corporativas, com bilhões em acordos de patrocínio global e local. Mais de um milhão de japoneses serão empregados. Estima-se que os lucros a longo prazo desses investimentos em instalações e infraestrutura sejam de aproximadamente US$ 225 bilhões. Poucas pessoas no Japão, incluindo muito o primeiro-ministro, nem nenhum dos patrocinadores olímpicos querem parar esse trem bala.
Em resumo, a Olimpíada é um negócio global de esportes modernos, com tudo o que isso implica, incluindo direitos de televisão e cinema, sem mencionar transmissão ao vivo, publicações, os direitos de uso de logotipo e marca comercial e o prestígio de ser nomeado como “Tokyo 2020 Gold Partner”, o mais alto dos três níveis de patrocínio disponíveis. (...)
Talvez essas pressões foram o que levou o vice-primeiro-ministro japonês, Taro Aso, a deixar escapar sua alegação um tanto maluca no parlamento de que, a cada 40 anos, a Olimpíadas é “amaldiçoada”. Aparentemente, ele se referia sem ironia ao boicote aos Jogos de Moscou de 1980 e ao cancelamento dos de Tóquio de 1940, com a Segunda Guerra Mundial. A maldição foi “um fato”, disse Aso.
A questão é: o que realmente importa para o Comitê Olímpico Internacional e o anfitrião dos Jogos, e quando isso começará a afetar planos. O presidente do COI, Thomas Bach, e sua equipe estão monitorando de perto o vírus. Mas os Jogos Olímpicos terem participação de 100 das (esperadas) 209 equipes é uma perspectiva sombria, mas muito real. Nem o Japão nem mesmo o patrocinador mais importante do “Tokyo 2020 Gold Partner” receberiam seu dinheiro que valesse isso.
Por outro lado, há algo estranho:
É a nação desenvolvida menos afetada e, aí sim uma surpresa, com protocolos de ações de prevenção e combate na contramão dos da maioria das países atingidos pelo vírus e das recomendações da Organização Mundial da Saúde.
O Japão acumulava 1.101 casos confirmados e 41 mortes até 22 de março. O primeiro caso do Covid-19 foi registrado em 10 de janeiro. Os números excluem os 712 infectados e as 8 mortes do polêmico cruzeiro Diamond Princess, que ficou retido em Yokohama, de quarentena.
A boa notícia dos números oficiais, no entanto, carece de lógica quando se comparam período de surto, casos confirmados, mortes, ações de combate e testes ao redor do mundo. A questão virou um enigma entre especialistas e um motivo de suspeita para os que acusam o governo de maquiar a situação para não prejudicar ainda mais a economia e continuar garantindo a realização da Olimpíada, cada vez mais improvável.
Mudando o teste de impairment
O Iasb pretende modificar o teste de impairment. E ao fazê-lo, reconhece que algo não está funcionando bem. A entidade colocou em discussão um projeto sobre combinação de negócios que pode alterar o teste.
No momento inicial, parece que o regulador entende que o teste está funcionando, desde que bem executado. Talvez o problema esteja nos momentos seguintes. Neste sentido, o Iasb está dividido sobre a necessidade de considerar a amortização do ágio. Isto naturalmente faz parte da discussão atual, embora o Iasb considere que não seria indicado neste momento.
Mas o ponto interessante é o que o Iasb está considerando a possibilidade de simplificar o teste anual obrigatório. (Afinal, poucas empresas fazem de forma correta e adequada) A ideia é limitar o teste quando existir uma indicação de impairment. E isto inclui a mensuração do valor em uso.
No momento inicial, parece que o regulador entende que o teste está funcionando, desde que bem executado. Talvez o problema esteja nos momentos seguintes. Neste sentido, o Iasb está dividido sobre a necessidade de considerar a amortização do ágio. Isto naturalmente faz parte da discussão atual, embora o Iasb considere que não seria indicado neste momento.
Mas o ponto interessante é o que o Iasb está considerando a possibilidade de simplificar o teste anual obrigatório. (Afinal, poucas empresas fazem de forma correta e adequada) A ideia é limitar o teste quando existir uma indicação de impairment. E isto inclui a mensuração do valor em uso.
22 março 2020
Crime parar a economia
Eis um debate interessante:
É um crime contra a humanidade que os governos parem uma economia capitalista. É um crime contra aqueles a quem a recessão econômica mais atingirá: os empregados no setor informal, os que trabalham em horários de atendimento ao cliente (por exemplo, produtos de limpeza, cabeleireiros, massagistas, professores de música e garçons), jovens, idosos e idosos. pode não ter o luxo de mais um ano no planeta para ficar de fora este ano (e depois a recessão subsequente) em vez de viver. É um crime contra aqueles (por exemplo, professores e arrumadores de cinema) cujos empregos serão substituídos pela tecnologia um pouco mais rápido do que estavam preparando. É um crime contra os idosos, em cujo nome a sociedade que eles passaram décadas construindo está sendo desmantelada, e em nome dos quais os filhos e os netos que passaram a vida inteira nutrindo estão sujeitos a privações discricionárias.
Veja que o texto é contrário ao que está sendo usualmente dito. Continue lendo aqui
É um crime contra a humanidade que os governos parem uma economia capitalista. É um crime contra aqueles a quem a recessão econômica mais atingirá: os empregados no setor informal, os que trabalham em horários de atendimento ao cliente (por exemplo, produtos de limpeza, cabeleireiros, massagistas, professores de música e garçons), jovens, idosos e idosos. pode não ter o luxo de mais um ano no planeta para ficar de fora este ano (e depois a recessão subsequente) em vez de viver. É um crime contra aqueles (por exemplo, professores e arrumadores de cinema) cujos empregos serão substituídos pela tecnologia um pouco mais rápido do que estavam preparando. É um crime contra os idosos, em cujo nome a sociedade que eles passaram décadas construindo está sendo desmantelada, e em nome dos quais os filhos e os netos que passaram a vida inteira nutrindo estão sujeitos a privações discricionárias.
Veja que o texto é contrário ao que está sendo usualmente dito. Continue lendo aqui
Adiamento da privatização
No início do ano, o governo declarou que iria arrecadar 150 bilhões de reais com vendas de empresas estatais (inclui também venda de ativos).
O comportamento recente do mercado indica que isto não será alcançado. Primeiro, não existe "mercado" para muitos destes ativos. Afinal, quem irá comprar um poço de petróleo ou uma refinaria com os preços em queda? Um segundo motivo forte é que a crise derrubou os preços e seria irracional vender propriedades em uma situação de queda nos preços. Terceiro, a instabilidade faz com que o processo de avaliação e atratividade das empresas seja questionado. Neste momento, a incerteza é muito grande e isto pode trazer um efeito direto sobre o valor a ser obtido.
o Ministério da Economia disse que a volatilidade do mercado impede discussões de avaliação e as ofertas de ações precisam esperar.
Isto inclui a venda de oito refinarias (10 bilhões previstos inicialmente), a unidade de gerenciamento de ativos do BB, a Eletrobras (16 bilhões de reais), a participação na JBS e na Caixa Seguridade.
O comportamento recente do mercado indica que isto não será alcançado. Primeiro, não existe "mercado" para muitos destes ativos. Afinal, quem irá comprar um poço de petróleo ou uma refinaria com os preços em queda? Um segundo motivo forte é que a crise derrubou os preços e seria irracional vender propriedades em uma situação de queda nos preços. Terceiro, a instabilidade faz com que o processo de avaliação e atratividade das empresas seja questionado. Neste momento, a incerteza é muito grande e isto pode trazer um efeito direto sobre o valor a ser obtido.
o Ministério da Economia disse que a volatilidade do mercado impede discussões de avaliação e as ofertas de ações precisam esperar.
Isto inclui a venda de oito refinarias (10 bilhões previstos inicialmente), a unidade de gerenciamento de ativos do BB, a Eletrobras (16 bilhões de reais), a participação na JBS e na Caixa Seguridade.
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