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26 fevereiro 2020

Países com maior riqueza

O Credit Suisse Research Institute é a soma de todos os ativos de um país mantidos por pessoas, famílias, empresas e governos, menos as dívidas. Segundo o relatório, a riqueza global é de US$360 trilhões, o que corresponde a uma riqueza média mundial por adulto é de US $ 70.850.

Os dez países mais ricos do mundo:

10- Espanha, US $ 7,77 trilhões
9- Canadá, US $ 8,57 trilhões
8 - Itália, US $ 11,35 trilhões
7- Índia, US $ 12,6 trilhões
6- França, US $ 13,72 trilhões
5- Reino Unido, US $ 14,34 trilhões
4- Alemanha, US $ 14,66 trilhões
3- Japão, US $ 25 trilhões
2- China, US $ 63,82 trilhões
1- Estados Unidos, US $ 105,99 trilhões

Ou seja, China e Estados Unidos possuem quase a metade da riqueza do mundo. O Brasil possui uma riqueza de 3,535 (mas o banco considerou os dados pobres). O relatório pode ser obtido aqui

Estudo de Caso: Imobilizado do Magazine Luiza

No capítulo 9 do livro Curso Prático de Contabilidade abordamos assuntos referentes ao grupo do Ativo Imobilizado. Os bens de uma determinada empresa são classificados como imobilizado quando gerarem benefícios econômicos futuros (característica fundamental para ser considerado um ativo), forem tangíveis e tiverem relação com as atividades operacionais da empresa.

Ainda com base nas informações apresentadas nas notas explicativas (NE) da MAGAZINE LUIZA S.A., referente ao GRUPO IMOBILIZADO, para o exercício de 2017, temos:

Conforme observamos na nota explicativa do Magazine Luiza, os valores do imobilizado são registrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos juros incorridos e capitalizados. Esses valores se referem aos bens que são adquiridos a prazo e, por esse motivo, incide o pagamento de juros sobre tais títulos. Sabe-se que os valores dos juros pagos nos financiamentos são ativados até o momento em que esses ativos entram em operação. Após esse período, os juros são considerados despesas financeiras, devendo ser lançados diretamente ao resultado do período.

A NE 15 do Magazine Luiza informa que a vida útil estimada, os valores residuais e os métodos e são revisados e ajustados ao final de cada ano. As revisões são necessárias, especialmente quando se faz despesas de capital ou “quando não há benefícios econômicos futuros resultantes de seu uso contínuo” e, portanto, deve-se reconhecer uma perda para a desvalorização do imobilizado (impairment).

A Magazine Luiza informa que a depreciação é calculada pelo método linear e esse cálculo é revisado anualmente. Conforme explicado nesse capítulo, as bases de cálculo da depreciação, amortização e exaustão devem ser revistas e, se necessário, as empresas deverão fazer ajustes ao valor da despesa anual. Nesse caso, os valores passados (já contabilizados) não poderão ser alterados, apenas os valores futuros (prospectivos) são revistos e a empresa deverá informar em nota explicativa tais mudanças.

A empresa informa que os ganhos ou perdas na venda ou baixa são reconhecidos no resultado. Significa dizer que, quando uma venda é realizada, o valor recebido poderá ser superior (ganho) ou inferior (perda) ao valor contábil líquido do bem. Assim, na Demonstração de Resultado, esses valores são contabilizados no grupo das Despesas Operacionais, em Outras Receitas ou Despesas.

De acordo com a NE 15, “quando não há benefícios econômicos futuros resultantes de seu uso contínuo” significa dizer que o ativo não possui mais valor de uso ou venda e, portanto, deverá ser contabilizada uma perda.

Veja as informações na tabela abaixo, que apresenta os saldos das contas do imobilizado do Magazine Luiza, nos anos de 2016 e 2017, bem como a sua composição. Observe que os saldos iniciais tiveram adições, referentes a novas aquisições, e baixas, como a empresa informou na nota acima, refere-se à aposentadoria ou perda por impairment.

De acordo com as informações apresentadas na tabela, para os ativos da controladora, pede-se:

a. A conta de Obras em Andamento não apresentou saldo de depreciação no exercício. Explique por que isso ocorreu.
b. Também houve uma redução de R$ 53.092 na conta de Obras em Andamento para a conta de Benfeitorias. Qual o motivo dessa transferência? Faça o registro contábil referente a esse evento.
c. Faça os registros contábeis referentes à despesa de depreciação total e das baixas de ativos, considerando que essas foram feitas em função apenas de aposentadoria dos ativos, para o ano 2017.

 Curso Prático de Contabilidade. César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues. Gen.

Rir é o melhor remédio

Algumas pessoas insistem em tornar a vida mais difícil

25 fevereiro 2020

Economia da experiência

Mais um termo novo: economia da experiência. 

Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 10/09, a presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka, e executivos da companhia detalharam como a economia da experiência, aliada à jornada digital, pressiona as organizações a revisitarem suas estratégias para o novo cenário global de negócios.

Dados do mercado norte-americano exemplificam a necessidade de uma nova estrutura pós-digital. Entre as informações repassadas pelos executivos, estão que: mais da metade (66%) dos consumidores que trocam de marca faz isto devido a experiências ruins; 95% dos consumidores insatisfeitos relatam suas experiências ruins para outras pessoas; 81% das pessoas que apoiam uma marca têm mais chance de fazer uma nova compra do que os chamados passivos (44%) e depreciadores (16%); 86% dos consumidores pagarão mais por uma experiência; e US$ 41 bilhões é a quantia que as marcas dos Estados Unidos perdem em receita a cada ano devido a experiências ruins dos clientes.

“Estamos começando a falar da economia da experiência, na qual é preciso entender os sentimentos dentro das corporações, como este conceito se conecta e como medimos isso no cenário corporativo”, afirmou Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil. Nessa nova era, as empresas estão sendo pressionadas a conhecer, a compreender e a responder às novas necessidades do consumidor em tempo real. As tecnologias, especialmente tendências como blockchain, inteligência artificial, realidades virtual e aumentada e computação quântica, estão tendo papel fundamental para ajudar as corporações a avançar na jornada da experiência.

“Quando existe gap de experiência, existe também uma oportunidade e a tecnologia faz esta conexão”, explicou Cristina, lembrando que, em 2019, a SAP completa 25 anos de atuação no Brasil e nestes anos acompanhou a evolução e a transformação da sociedade. No cenário atual, enfatizou a executiva, é preciso humanizar o ambiente de trabalho, entendendo que as pessoas fazem a diferença e que existe uma crescente democratização do ambiente de trabalho e redução da hierarquia.

A gestão da experiência surgiu para a SAP como nova disciplina de negócio, principalmente, após a aquisição da Qualtrics, especializada em software de gerenciamento de experiência (XM), em novembro de 2018. “Tínhamos ativos interessantes, já trabalhávamos bem os dados operacionais (o “0 data”), em áreas como vendas, produção, finanças, SKUs, RH, e começamos a entender como amarrarmos isto ao outro lado, o “X data”, como engajamento dos funcionários, satisfação dos clientes, percepção da marca, experiência dos usuários e satisfação com produto.”

A presidente da SAP Brasil detalhou que a plataforma de gestão da experiência da SAP está baseada em quatro pilares: experiência dos clientes, experiência com a marca, experiência com os funcionários e experiência com os produtos.

Para Adriana Aroulho, Chief Operating Officer (COO) da SAP Brasil, a lacuna de experiência vivida pelas empresas é, ao mesmo tempo, desafiadora e uma oportunidade. “Nossa plataforma integrada – a Qualtrics Customer XM – propõe cuidar da jornada de experiência dos clientes com as marcas, engajando clientes em suas próprias condições; removendo bloqueios para os insights, movimentando a organização e alimentando com dados em tempo real.

A solução da Qualtrics foi incorporada ao portfólio da SAP complementando a oferta de customers experience e de gestão de colaboradores (Success Factory). “O mais importante é a empresa entender o que quer medir e o que quer tirar da ferramenta”, explicou Cristina. 


Dica : Polyana Silva (grato)

Periódicos Fake

A chamada “falsa ciência” tem tido cada vez mais espaço na produção científica mundial. Há mais de dez anos, editoras sem escrúpulos como a Omics e Science Domain da Índia, Waset da Turquia ou ainda Scientific Research Publishing da China, criaram centenas de revistas com nomes pomposos se passando por publicações científicas sérias. São as chamadas “revistas científicas predatórias”.

A ideia começou através do movimento Open Access (Acesso Aberto, em português), que busca uma ciência disponível à sociedade científica e geral através da democratização do conhecimento. O problema é que a grande maioria dessas revistas predatórias não se preocupa com o caráter científico, bibliográfico ou ético da publicação, se importando mais precisamente com o dinheiro a ser recebido e se aproveitando da pressão por publicações que muitos pesquisadores sofrem.

Estudo falso publicado em menos de dez dias

Visando expor essa situação cada vez mais comum, jornalistas de dois meios alemães, o diário Süddeutsche Zeitung e a rádio pública NDR, colocaram a mão no bolso e transmitiram à revista Journal of Integrative Oncology "os resultados de um estudo clínico" que apontavam para "o extrato de própolis sendo mais eficaz no caso do câncer colo retal que as quimioterapias convencionais".

"O estudo era falso, os dados fabricados e os autores, filiados num instituto de investigação fictício, que também não existia. Porém, a publicação foi aceita em menos de dez dias e publicada no dia 24 de abril", detalhou o Le Monde.

O site da revista disponibilizava um link para uma versão do estudo, que, no entanto, foi retirado, depois de os responsáveis terem sido avisados. Ali se lia que os pesquisadores tinham comparado a eficácia da quimioterapia com cápsulas de própolis. Na conclusão do falso artigo científico, havia também a menção de um tema sem qualquer relação com o assunto, no caso, o efeito das massagens sobre as doenças trombo embólicas.

Lista Branca

Para lutar contra esse fenômeno, comunidades científicas e governos já estão se organizando. Na França, um dos países menos impactados com a prática, o ministério da Ciência começou a estabelecer “listas brancas” de revistas a serem privilegiadas. É preciso também investir em políticas de avaliação de pesquisas que pensem menos em quantidade e mais em qualidade.

A ministra alemã da Investigação Científica, Anja Karliczek, declarou ser favorável a um inquérito para determinar como um estudo falso pôde ser publicado. "É no próprio interesse da ciência", disse, citada pela agência de notícias alemã, a DPA. Para a ministra, tudo deve ser feito "para que a credibilidade e a confiança na ciência não sejam afetadas (...). Tais erros devem ser expostos, porque só assim se pode mudar o que está errado".


Fonte: Aqui (grato Jailton Fernandes pela dia). Além dos periódicos, surge também os "congressos", geralmente em locais turísticos e com uma gama de temas ampla demais.

Primeiro nome, primeiro erro

Postamos anteriormente que o primeiro nome que conhecemos de uma pessoa é Kushim, gravado em uma tábua sobrevivente da cidade de Uruk.

"Aparentemente registra um total de 29.086 medidas de cevada recebido por Kushim ao longo de 37 meses. "Kushim" pode ser o título genérico de um funcionário público ou o nome de um indivíduo em particular. Se Kushim foi mesmo uma pessoa, talvez seja o primeiro indivíduo da história cujo nome conhecemos! (...) É revelador que o primeiro nome registrado na história pertença a um contador, e não a um profeta, poeta ou grande conquistador."

(Hariri, Yuval Noah. Sapiens, p. 131, grifo nosso)
 
Mas não somente isto. Kushim também foi responsável pelo primeiro erro que sobreviveu:
On one tablet, Kushim simply forgets to include three symbols when adding up a total amount of barley. On another one, the symbol for one is used instead of the symbol for ten. I think I´ve made both those mistakes when doing my own bookkeeping. 

(Matt Parker, Humble Pi, Riverhead Books, New York, 2020, p. 145-146)

Rir é o melhor remédio