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16 fevereiro 2020

Promessa não cumprida

Uma notícia ruim do relatório Forest 500: empresas que fizeram a promessa de parar na derrubada de florestas tropicais em 2020 falharam em agir desta forma. A floresta tropical tem sofrido com a produção de seis commodities: óleo de palma, soja, carne bovina, couro, madeira e papel.

Em 2018, 157 empresas firmaram o compromisso de acabar com o desmatamento até 2020. Um total de  80 empresas removeram ou reduziram a promessa. Uma das empresas, a japonesa Yakult, chegou a declarar que o compromisso permanece. 

"Muitas pessoas ficariam chocadas ao saber quantas marcas familiares em seu carrinho de compras podem estar contribuindo para a destruição da Amazônia e de outras florestas tropicais", disse a autora do relatório, Sarah Rogerson. "Os produtos de risco florestal estão em quase tudo o que comemos, desde carne bovina em refeições prontas e hambúrgueres, óleo de palma em biscoitos, até soja como ingrediente oculto em aves e produtos lácteos."

Esperar?

Na coluna do jornal Financial Times, Pilita Clark defende que você não deveria esperar por alguém: "quando alguém faz você esperar, por que não ir embora?". A ideia realmente é interessante. Mais interessante é um caso narrado por ela:

Hendry é um ex-gestor de fundos que certa vez voou do Reino Unido até o Brasil para se encontrar com o presidente de uma companhia em que um de seus fundos havia assumido uma participação de quase 5%. Ao chegar, tomo um chá de cadeira em uma sala com paredes de vidro de onde podia ver o CEO, segundo ele contou depois em um site dedicado a investimentos, o Value Walk. A certa altura, uma jovem sem experiência no negócio apareceu na sala para dizer que o presidente executivo estava ocupado, mas que ela poderia responder às suas perguntas.

Furioso, Hendry sacou seu telefone e disse a ela que tinha seu operador a "uma discagem" e que poderia vender 1% de participação a cada cinco minutos que ele tivesse de ficar esperando o chefe. "Ele não veio e então eu disse ´dane-se´, e vendi. Ainda bem que o fiz, porque a ação acabou se mostrando um fisaso", diz Hendry

Deixar alguém esperando pode ser uma forma de emitir uma sinal de desagrado. Mas também pode ser uma forma de mostrar um poder de alguém. Mas como diz Clark

Basicamente, o melhor argumento para ir embora é a profunda satisfação em se manter a dignidade

Casamento e riqueza


Idade no casamento é altamente correlacionada com riqueza. Pessoas em países mais pobres como Malawi e Laos tendem a casar mais cedo do que nos países mais ricos, como Noruega e Cingapura. E quando país se torna mais rico, a população tende a começar a casar mais tarde. Por exemplo, a média de idade no casamento na China aumentou de 22 anos para a mulher e 24 anos para o homem, em 1990, para 25 e 27, respectivamente, em 2016, um período onde o país experimentou um crescimento econômico rápido.

Não somente a idade tende a ser maior com a riqueza, mas a diferença de idade entre homem e mulher também diminui. A diferença da idade média do casamento de um homem para uma mulher é menos de dois anos nos países ricos, como Japão, Austrália e Estados Unidos, mas é acima de 6 anos em países mais pobres, como Camarões e Marrocos. 



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Rir é o melhor remédio

Escalada da vida

15 fevereiro 2020

Manipulando a altura de um prédio



Parece maluquice. Existe manipulação em toda área; aqui, até na altura dos prédios.  Boa parte de alguns dos maiores prédios do mundo não tem nenhuma utilidade, exceto tornar o prédio mais alto.

Abordagem Informação Zero

Parece que a contabilidade do goodwill e o teste de recuperabilidade voltou para a agenda do Fasb e do Iasb. No caso do Iasb, os problemas com a empresa britânica Carillion, despertou a agenda. Nos Estados Unidos, os problemas com a General Electric e na Kraft Heinz provocaram o interesse no Fasb.

No caso Fasb, o excesso de ágio existente em várias empresas chama atenção. Em 2018, as empresas com ações negociadas na bolsa tinham 5,6 trilhões de dólares, o que significa 6% dos ativos e 32% do patrimônio. Das empresas que participam do índice SP500, o ágio era de 3,3 trilhões ou 9% dos ativos e 41% do patrimônio.

Uma alternativa que está sendo discutido é fazer a amortização, tendo como contrapartida o patrimônio líquido. Ou seja, não transitaria pelo resultado. Mas muitas empresas possuem um valor de goodwill superior ao patrimônio líquido. Esta abordagem enfrenta críticas. Se isto ocorresse, os investidores não teriam um grande informação, segundo Sandra Peters. Para ela, seria uma “abordagem com informação zero”. Os investidores não seriam capazes de reconhecer uma boa e má administração, segundo ele.

Quando as empresas fazem uma redução no valor recuperável, que é a abordagem atual para a contabilização de ágio, estão baixando um pouco de ágio porque os fluxos de caixa prospectivos da entidade adquirida não parecem bons. Isso vai para a demonstração de resultados. Diz algo para um investidor ou analista. Mas com a amortização [direto para o PL], a demonstração do resultado não mudaria.

Além disso, a amortização do ágio levaria, sem dúvida, a uma maior proliferação de medidas de lucro não-GAAP.

Oscar: alguns números

Fonte: Aqui