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12 janeiro 2020

Decisões Financeiras de um Casal Real

O príncipe Harry e sua esposa, a ex-atriz Meghan Markle, anunciaram que estão se afastando das suas obrigações reais. Há uma suspeita de que o racismo poderia ser uma razão para a decisão (vide aqui).

A notícia pode ser interessante para quem gosta de finanças pessoais, avaliação de marca e gerenciamento patrimonial. Assim como o Brexit, a decisão, chamada de Megxit, a decisão parece estar ocorrendo de forma caótica. Em termos financeiros e sob a ótica do casal, a decisão criou um problema: como manter o estilo de vida sem a receita real? Outra outra decisão (vão mudar o estilo de vida) parece que foi tomada, já que o casal pretende passar mais tempo na América do Norte

O caso torna interessante pois permite diferenciar balanço de DRE. Em termos de balanço, o casal parece ter um patrimônio avaliado em 30 milhões de dólares, sendo 5 milhões de Meghan - da época que era atriz, e o restante de Harry, resultado da herança da mãe. Mas isto é diferente da DRE, que apresenta as receitas e despesas do casal.

Hoje 95% das despesas do casal tem origem nos recursos do pai, o príncipe Charles, e o restante do Fundo Soberano, originário do governo britânico, que paga à Família Real para realizar certas tarefas e cuidar dos palácios reais. Isto não conta os custos de segurança, que são pagos pelos súditos, à parte. Esta conta deve ter um valor de 100 mil libras esterlinas por ano. Com a decisão, o casal deixa de receber o dinheiro do Fundo Soberano ou 5% da renda. A segurança deve continuar e os valores deverão aumentar, já que o casal pretende viver mais na América do Norte.

O fluxo de caixa futuro poderá ser reforçado com receita de livros e salário de televisão. O casal Obama, por exemplo, receberam 60 milhões de dólares de adiantamento sobre livros de memória. Ou seja, há um grande potencial aqui, já que a conta de ambos no Instagram tem mais de 10 milhões de seguidores e Meghan foi a pessoa mais procurado no Google do Reino Unido.

Além disto, o casal pode cortar despesas. As roupas durante a maternidade de Meghan tiveram um custo de 500 mil dólares e a acupuntura e numerologia custaram 11 mil.

Olhando sob a ótica financeira, parece que a decisão do casal pode ter sido interessante, já que tem o potencial de liberar seu tempo para ganhar dinheiro de forma menos convencional para a família real

Ver mais aqui e aqui

Taxar robôs

Uma provável saída para proteger os empregados da crescente automoção seria a criação de um imposto sobre robôs. Entretanto, há controvérsias sobre a forma de implantação e se é uma medida razoável do ponto de vista econômico.

No passado as máquinas destruíram certos tipos de empregos, mas criaram outros.

Os tratores, por exemplo, diminuíram o número de trabalhadores agrícolas no século XX. Mas criou novas oportunidades para mecânicos e engenheiros e alimentou a demanda de mão-de-obra nas fábricas.
Mas talvez a automação agora seja diferente e vá destruir empregos, sem criar outros novos.

Um estudo divulgado no ano passado pelos economistas Daron Acemoglu e Pascual Restrepo descobriu que a aceleração da automação pode não estar alimentando uma nova demanda de mão-de-obra e, ao contrário, está atrasando o crescimento do emprego.
Além disto, existe uma grande dificuldade em implantar um imposto deste tipo:

"Se tivermos que definir um robô para fins fiscais, já perdemos a batalha. Será impossível ficar sem brechas", disse Gale ao Business Insider, oferecendo o exemplo de se um carro autônomo pode ser considerado um robô.
Além disto, seria importante reduzir a tributação atual sobre o trabalho humano. E contar que outros países também adotem a mesma postura.

Necessidades Razoáveis

Assim como na contabilidade nós temos o valor justo, em processos judiciais com litígio de casais há a figura das "necessidades razoáveis". Eis um caso interessante descrito por Tracey Coenen. 

Dennis Quaid, um ator, fez um acordo no seu processo de separação. Existia a previsão de um apoio de 13.750 dólares/mês de apoio financeiro aos filhos e um percentual de acréscimo. Em 2019, o ator faturou cerca de 6,6 milhões/ano, o que aumentaria  o valor a ser pago para mais de 1,3 milhões. Um dos fatores considerados neste tipo de julgamento é um item denominado de "as necessidades razoáveis das crianças". Mas o que seria isto?

What is a “reasonable” need? The parties often disagree. But in general I suggest that we look at the standard of living that was established during the marriage, and use that as our basis for what is reasonable. In other words, it is reasonable to continue living the same lifestyle after the marriage ends. If a family lived in luxury housing, drove luxury cars, and wore high end clothing while the parents were married, it is probably not reasonable to expect that the children live in the most basic housing, with a beat-up car, and wearing thrift store clothing.


Back to the Quaids. The original child support of $165,000 per year is 12.7% of the base of $1.3 million. If we applied the same percentage to the income of $6.6 million, you’d have $838,200 in child support per year. There is probably a good argument that the children don’t need that much, and that their mother would be unfairly enriched by that amount of child support.

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Fonte: Aqui