Em uma palestra no final do ano, o presidente do Iasb tratou da relação entre padrões contábeis e o longo prazo. Hans Hoogervorst (foto) falou no nono simpósio de pesquisa contábil da Autorité des Normes Comptables (ANC) em Paris, França. Seu tema foi a influência de padrões de elevada qualidade para apoiar investimentos de longo prazo.
Inicialmente seu discurso chamou a atenção para os números não-GAAP, calculados pela administração. Seu raciocínio foi o seguinte: os problemas das medidas de não-GAAP decorre dos incentivos ao curto prazo e a forma de combater é com melhores normas. Para isto, o projeto de Primary Financial Statements e da Management Commentary Practice Statement são cruciais.
O projeto das demonstrações contábeis tem o foco na classificação do lucro. Segundo Hoogervorst, as
empresas precisam de ter subtotais que expliquem melhor as estratégias operacionais e o desempenho. Esta seria, inclusive, uma das razões da proliferação das medidas não-GAAP. O Iasb propôs uma minuta neste sentido.
O projeto do Management Commentary procura definir melhor como os aspectos da estratégia de longo prazo, que escapam das demonstrações financeiras, devem ser informados. Isto inclui o modelo de negócio, os recursos intangíveis e o impacto ambiental.
O restante do discurso foi uma defesa ao IFRS 9. Na verdade, mais de 50% do discurso foi sobre isto. Seria um sinal de que algo deu errado na implantação?
Veja o discurso aqui
31 dezembro 2019
Jones no Fasb
O mandato do presidente do Fasb, Russel Golden, termina na metade de 2020. A fundação que comanda o Fasb, uma entidade do terceiro setor que elabora normas contábeis para os Estados Unidos, anunciou que Richard Jones irá substitui-lo. Se Golden era ex-funcionário da Deloitte e está na presidência do Fasb desde meados de 2013, Jones é proveniente da EY, onde está desde 1987. Ele é graduado pela University of New York. Na EY ele ocupou vários cargos e chegou a participar do Fasac, um braço do Fasb.
O anúncio foi feito há duas semanas pelo FAF. Jones deu a seguinte declaração
O processo independente de definição de padrões é um ativo nacional e é fundamental para nossos mercados financeiros robustos. Estou ansioso para me juntar aos meus novos colegas para continuar a missão de estabelecer e melhorar os padrões contábeis e educar as partes interessadas sobre como implementá-las com sucesso.
O primeiro mandato de Jones vai até meados de 2023, podendo ser novamente conduzido ao posto por mais três anos.
O anúncio foi feito há duas semanas pelo FAF. Jones deu a seguinte declaração
O processo independente de definição de padrões é um ativo nacional e é fundamental para nossos mercados financeiros robustos. Estou ansioso para me juntar aos meus novos colegas para continuar a missão de estabelecer e melhorar os padrões contábeis e educar as partes interessadas sobre como implementá-las com sucesso.
O primeiro mandato de Jones vai até meados de 2023, podendo ser novamente conduzido ao posto por mais três anos.
Fake News
Utilizo o vídeo do discurso feito por Nicolae Ceausescu na véspera do Natal nas minhas aulas de Economia da Informação. Um protesto realizado na cidade de Timisoara, na Romênia, no dia 17 de dezembro de 1989, foi atacado por tiros por pessoas ligadas ao governo comunista. Não se sabe quantos morreram, mas no dia seguinte, o ditador foi visitar o Irã, deixando a situação para ser resolvida por seus subordinados e sua espora. No dia 20, ao retornar à Romênia, Ceausescu encontrou um clima tenso e falou, para televisão estatal, que os eventos ocorridos em Timisoara era um interferência externa na Romênia. A imprensa não apresentava informação sobre os eventos e as pessoas começaram a sintonizar estações de rádios como Voz da América. No dia seguinte, dia 21, organiza-se uma "manifestação de apoio espontânea".
O discurso que Ceausescu fez neste dia passou para a história. Ele pode ser acompanhado abaixo:
O discurso ocorreu em Bucarest, na Praça da Revolução. As pessoas que estavam presentes receberam bandeiras da Romênia e fotografias de Ceausescu e sua esposa, Elena. A plateia era de 80 mil pessoas, que receberiam ordem de quando aplaudir e quando cantar. Na frente, membros do Partido Comunista, que agiam como animadores.
Aparentemente alguns tiros foram disparados. Os trabalhadores no fundo começaram a gritar: Ti - mi - soa - ra e alguns outros entoaram a palavra. Tentando silenciar a multidão, Ceausescu levanta a mão direita. Sua expressão de espanto mostrava que o ditador parecia não acreditar no que estava ocorrendo. Alguns começaram a deixar a praça; Ceausescu e Elena tentaram ordenar que as pessoas permanecessem sentadas. Para acalmar as pessoas, ele fala em aumento de salário e benefícios para as famílias. A fraqueza do regime estava exposta. O rei estava nu.
No Natal, Ceausescu e Elena foram capturados, julgados, condenados e fuzilados.
Gosto deste exemplo, pois é um exemplo do custo da supressão. Agora, fico sabendo que uma parte das notícias sobre Timisoara era uma farsa. Quando Ceausescu foi preso, o público fica sabendo da existência de corpos cobertos de mutilações atribuídas à polícia romena. No cemitério de Temisoara foram descobertos corpos, provas da repressão. Seriam mais de 60 mil mortos, número reduzido para menos de mil tempos depois.
Foi necessário esperar o mês de janeiro para que o balanço fosse avaliado e a mentira do cemitério fosse revelada: os cadáveres eram de pessoas mortas antes dos eventos e depois desenterradas.
Em 22 de dezembro, magistrados romenos e médicos legistas examinaram os cadáveres do cemitério e constataram que as mortes aconteceram muito antes do levante, explicou Balan à AFP. (...)
“A revolução romena também era um imaginário coletivo, um cenário, estávamos esperando por essas imagens, pois Ceausescu era um ditador sanguinário”, analisa o historiador e especialista em mídia Christian Delporte.
“Quando você quer acreditar em alguma coisa, encontra todas as razões para acreditar nela e a natureza onipresente dessa família Ceausescu aumentou a ideia de que tudo era possível”, observa Michel Castex.
Procurar furos, o espetacular, a pressão da concorrência: todos os ingredientes estavam lá para levar ao que a associação Repórteres Sem Fronteiras chamou de “um dos maiores enganos da história da mídia moderna”, que provocou danos à credibilidade da mídia.
O discurso que Ceausescu fez neste dia passou para a história. Ele pode ser acompanhado abaixo:
O discurso ocorreu em Bucarest, na Praça da Revolução. As pessoas que estavam presentes receberam bandeiras da Romênia e fotografias de Ceausescu e sua esposa, Elena. A plateia era de 80 mil pessoas, que receberiam ordem de quando aplaudir e quando cantar. Na frente, membros do Partido Comunista, que agiam como animadores.
Aparentemente alguns tiros foram disparados. Os trabalhadores no fundo começaram a gritar: Ti - mi - soa - ra e alguns outros entoaram a palavra. Tentando silenciar a multidão, Ceausescu levanta a mão direita. Sua expressão de espanto mostrava que o ditador parecia não acreditar no que estava ocorrendo. Alguns começaram a deixar a praça; Ceausescu e Elena tentaram ordenar que as pessoas permanecessem sentadas. Para acalmar as pessoas, ele fala em aumento de salário e benefícios para as famílias. A fraqueza do regime estava exposta. O rei estava nu.
No Natal, Ceausescu e Elena foram capturados, julgados, condenados e fuzilados.
Gosto deste exemplo, pois é um exemplo do custo da supressão. Agora, fico sabendo que uma parte das notícias sobre Timisoara era uma farsa. Quando Ceausescu foi preso, o público fica sabendo da existência de corpos cobertos de mutilações atribuídas à polícia romena. No cemitério de Temisoara foram descobertos corpos, provas da repressão. Seriam mais de 60 mil mortos, número reduzido para menos de mil tempos depois.
Foi necessário esperar o mês de janeiro para que o balanço fosse avaliado e a mentira do cemitério fosse revelada: os cadáveres eram de pessoas mortas antes dos eventos e depois desenterradas.
Em 22 de dezembro, magistrados romenos e médicos legistas examinaram os cadáveres do cemitério e constataram que as mortes aconteceram muito antes do levante, explicou Balan à AFP. (...)
“A revolução romena também era um imaginário coletivo, um cenário, estávamos esperando por essas imagens, pois Ceausescu era um ditador sanguinário”, analisa o historiador e especialista em mídia Christian Delporte.
“Quando você quer acreditar em alguma coisa, encontra todas as razões para acreditar nela e a natureza onipresente dessa família Ceausescu aumentou a ideia de que tudo era possível”, observa Michel Castex.
Procurar furos, o espetacular, a pressão da concorrência: todos os ingredientes estavam lá para levar ao que a associação Repórteres Sem Fronteiras chamou de “um dos maiores enganos da história da mídia moderna”, que provocou danos à credibilidade da mídia.
30 dezembro 2019
Desenvolvimento tecnológico na contabilidade
O texto a seguir foi publicado pelo El País com Susana Duran, que trabalha na Sage. O texto chama Susana de mãe dos robôs contábeis. No final ela lista apps que utiliza.
Las apps de la madre de los robots contables
Por
Patricia Coll Rubio
Susana Duran dirige el laboratorio encargado del desarrollo de tecnología puntera de Sage.
Recién recuperada del jet lag tras volver de Seattle (Estados Unidos), Susana Duran (Barcelona, 1975) dice que vuelve “sorprendida” de los últimos avances en inteligencia artificial de Microsoft y Amazon. Está explorando vías “de colaboración” con esos gigantes tecnológicos en nombre del Centro de Excelencia de Mobile Bots que dirige en Sage. “En lo que se está avanzando es en hacer la inteligencia artificial más humana y, a la vez, en automatizar tareas para ayudar a las personas. La cosa ya no va de robots sin sentimientos”, asegura la directiva de la multinacional especializada en soluciones de gestión empresarial.
Pone como ejemplo la aplicación Seeing AI de Microsoft, que emplea el reconocimiento facial y de vídeo para facilitar la vida de las personas invidentes. “Sustituye los sentidos humanos por la cámara, que te va diciendo dónde tienes que ir, lee por ti, te describe lo que ve la cámara de tu móvil… Lo que más me gustó es esta dimensión humana”, destaca. En Las Vegas presentó junto al director de tecnología global de Sage, Aaron Harris, “un nuevo asistente integrado” de contabilidad desarrollado por el laboratorio que lidera desde Barcelona.
El equipo de Duran está centrado en innovar en el ámbito de las aplicaciones móviles y los bots. “Nos dedicamos a gestionar todas estas soluciones tecnológicas de Sage y a analizar buenas prácticas de manejo de las mismas”, recuerda su directora. El nacimiento de este laboratorio surgió de una iniciativa de la propia Duran que, a los tres meses de aterrizar en la multinacional, propuso un proyecto de integración de la cartera de aplicaciones móviles de la compañía. “Presenté el problema, que era que cada país desarrollaba sus aplicaciones, y me ofrecí para empezar a trabajar en ello, así que me dieron un pequeño voto de confianza”, recuerda orgullosa.
La fe de la compañía en esta ingeniera barcelonesa se ha ido ampliando con el tiempo. Actualmente, además de dirigir el laboratorio de tecnología al que reportan ingenieros de toda la empresa, Sage la acaba de nombrar technical fellow, un título que las empresas tecnológicas conceden a los directivos que mejor representan a la compañía para que dediquen parte de su tiempo a asistir a eventos, a “evangelizar”. Es la única mujer de los cinco empleados de la multinacional con dicha distinción. “Por mirarlo desde el lado positivo, al menos hay una mujer”, puntualiza la directiva, que en sus ratos libres está comprometida en fomentar la participación de la mujer en el ámbito tecnológico. “Colaboro con Women in Mobile, una organización que tiene como objetivo visibilizar a la mujer a través de un evento anual paralelo al Mobile World Congress”, explica. “Aunque la concienciación por la igualdad de género va mejorando respecto a cuando yo empecé, en la mayoría de encuentros tecnológicos sigo siendo la única mujer”, lamenta. Por eso, cree que debe poner su granito de arena y empujar un poco, porque, de lo contrario, “las cosas no cambian solas”.
Para trabajar, relajarse y añadir un poco de magia a la realidad
1. LINKEDIN.- “Me permite mantenerme al día y contactar con conocidos y desconocidos”.
2. MAIL.- “Sin el correo electrónico desgraciadamente no se puede vivir. Mi teléfono dice que es la aplicación que más utilizo”.
3. SLACK.- “Estoy enganchada a la mensajería instantánea. Slack es la que utilizo para el trabajo, porque funciona muy bien para hacer preguntas rápidas”.
4. HEADSPACE.- “Esta aplicación de relajación tiene cursos y grupos de relajación en directo. También te ayuda a dormir contándote historias”.
5. WIZARDS UNITE.- “Me atrae la realidad aumentada porque es una manera de añadirle ciencia fi cción a la vida, en este caso, un poco de magia. Es un juego tipo Pokemon Go, pero de Harry Potter. Me gusta mucho, no solo porque me haya leído todos los libros de la saga, sino sobre todo porque aprecio que me haga moverme y que cambie en función de donde esté. Ideal para desconectar de la cruda realidad”.
6. SMASH HIT.- “Simplicidad y desconexión. Es un juego sencillo en el que has de romper cristales, estar atento, potenciar tus refl ejos. No necesita conexión.”
7. AMAZON GO- “La utilizo cuando estoy en San Francisco o Seattle, ya que de momento no está en muchas ciudades. La sensación de comprar en la tienda sin cajeros de Amazon es curiosa. La primera vez, para probar, cogí una lata de café con leche, me la metí en el bolso y salí. Sentí que estaba robando y me entraron dudas sobre si me habrían cobrado el producto o no. A los pocos segundos, recibí el recibo de compra. Está lleno de cámaras que no se ven, que te observan continuamente”.
8. EVERNOTE.- “Soy muy de libreta y al principio me daba apuro no utilizar dispositivos electrónicos. He descubierto esta aplicación que me permite tomar notas de forma ordenada y sincronizarlas en mis dos portátiles, mi móvil y mi tablet, en la que escribo mis notas a mano y dibujo esquemas”.
9. SAGE – CONTABILIDAD.- “Ayuda a autónomos y pequeñas empresas a llevar la contabilidad. La tengo para ser la primera en probar todo lo que hacemos”.
Fonte: El País
Las apps de la madre de los robots contables
Por
Patricia Coll Rubio
Susana Duran dirige el laboratorio encargado del desarrollo de tecnología puntera de Sage.
Recién recuperada del jet lag tras volver de Seattle (Estados Unidos), Susana Duran (Barcelona, 1975) dice que vuelve “sorprendida” de los últimos avances en inteligencia artificial de Microsoft y Amazon. Está explorando vías “de colaboración” con esos gigantes tecnológicos en nombre del Centro de Excelencia de Mobile Bots que dirige en Sage. “En lo que se está avanzando es en hacer la inteligencia artificial más humana y, a la vez, en automatizar tareas para ayudar a las personas. La cosa ya no va de robots sin sentimientos”, asegura la directiva de la multinacional especializada en soluciones de gestión empresarial.
Pone como ejemplo la aplicación Seeing AI de Microsoft, que emplea el reconocimiento facial y de vídeo para facilitar la vida de las personas invidentes. “Sustituye los sentidos humanos por la cámara, que te va diciendo dónde tienes que ir, lee por ti, te describe lo que ve la cámara de tu móvil… Lo que más me gustó es esta dimensión humana”, destaca. En Las Vegas presentó junto al director de tecnología global de Sage, Aaron Harris, “un nuevo asistente integrado” de contabilidad desarrollado por el laboratorio que lidera desde Barcelona.
El equipo de Duran está centrado en innovar en el ámbito de las aplicaciones móviles y los bots. “Nos dedicamos a gestionar todas estas soluciones tecnológicas de Sage y a analizar buenas prácticas de manejo de las mismas”, recuerda su directora. El nacimiento de este laboratorio surgió de una iniciativa de la propia Duran que, a los tres meses de aterrizar en la multinacional, propuso un proyecto de integración de la cartera de aplicaciones móviles de la compañía. “Presenté el problema, que era que cada país desarrollaba sus aplicaciones, y me ofrecí para empezar a trabajar en ello, así que me dieron un pequeño voto de confianza”, recuerda orgullosa.
La fe de la compañía en esta ingeniera barcelonesa se ha ido ampliando con el tiempo. Actualmente, además de dirigir el laboratorio de tecnología al que reportan ingenieros de toda la empresa, Sage la acaba de nombrar technical fellow, un título que las empresas tecnológicas conceden a los directivos que mejor representan a la compañía para que dediquen parte de su tiempo a asistir a eventos, a “evangelizar”. Es la única mujer de los cinco empleados de la multinacional con dicha distinción. “Por mirarlo desde el lado positivo, al menos hay una mujer”, puntualiza la directiva, que en sus ratos libres está comprometida en fomentar la participación de la mujer en el ámbito tecnológico. “Colaboro con Women in Mobile, una organización que tiene como objetivo visibilizar a la mujer a través de un evento anual paralelo al Mobile World Congress”, explica. “Aunque la concienciación por la igualdad de género va mejorando respecto a cuando yo empecé, en la mayoría de encuentros tecnológicos sigo siendo la única mujer”, lamenta. Por eso, cree que debe poner su granito de arena y empujar un poco, porque, de lo contrario, “las cosas no cambian solas”.
Para trabajar, relajarse y añadir un poco de magia a la realidad
1. LINKEDIN.- “Me permite mantenerme al día y contactar con conocidos y desconocidos”.
2. MAIL.- “Sin el correo electrónico desgraciadamente no se puede vivir. Mi teléfono dice que es la aplicación que más utilizo”.
3. SLACK.- “Estoy enganchada a la mensajería instantánea. Slack es la que utilizo para el trabajo, porque funciona muy bien para hacer preguntas rápidas”.
4. HEADSPACE.- “Esta aplicación de relajación tiene cursos y grupos de relajación en directo. También te ayuda a dormir contándote historias”.
5. WIZARDS UNITE.- “Me atrae la realidad aumentada porque es una manera de añadirle ciencia fi cción a la vida, en este caso, un poco de magia. Es un juego tipo Pokemon Go, pero de Harry Potter. Me gusta mucho, no solo porque me haya leído todos los libros de la saga, sino sobre todo porque aprecio que me haga moverme y que cambie en función de donde esté. Ideal para desconectar de la cruda realidad”.
6. SMASH HIT.- “Simplicidad y desconexión. Es un juego sencillo en el que has de romper cristales, estar atento, potenciar tus refl ejos. No necesita conexión.”
7. AMAZON GO- “La utilizo cuando estoy en San Francisco o Seattle, ya que de momento no está en muchas ciudades. La sensación de comprar en la tienda sin cajeros de Amazon es curiosa. La primera vez, para probar, cogí una lata de café con leche, me la metí en el bolso y salí. Sentí que estaba robando y me entraron dudas sobre si me habrían cobrado el producto o no. A los pocos segundos, recibí el recibo de compra. Está lleno de cámaras que no se ven, que te observan continuamente”.
8. EVERNOTE.- “Soy muy de libreta y al principio me daba apuro no utilizar dispositivos electrónicos. He descubierto esta aplicación que me permite tomar notas de forma ordenada y sincronizarlas en mis dos portátiles, mi móvil y mi tablet, en la que escribo mis notas a mano y dibujo esquemas”.
9. SAGE – CONTABILIDAD.- “Ayuda a autónomos y pequeñas empresas a llevar la contabilidad. La tengo para ser la primera en probar todo lo que hacemos”.
Fonte: El País
Aumenta o passivo da União
O governo federal viu disparar, nos últimos anos, o risco de perder ações na Justiça com impacto direto nos cofres públicos. As ações judiciais com risco de perda classificado como provável pela União cresceram quase oito vezes desde 2014 e somam R$ 634 bilhões neste ano. Há cinco anos, esse valor era de 81 bilhões.
Os dados fazem parte de um relatório do Tesouro Nacional que analisa os riscos fiscais para o governo federal, divulgado nesta sexta-feira. O documento avalia o risco de a União ter que gastar mais que o previsto no Orçamento por conta de demandas judiciais ou mesmo outros fatores.
O volume estimado de perda provável é bem maior que os R$ 403 bilhões que o governo considera provável receber dos devedores incluídos na dívida ativa da União.
O principal motivo para a disparada nos riscos da União foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tirou o ICMS da base da cálculo do PIS e da Cofins. A perda, só nesse caso, está estimada em R$ 246 bilhões. O Supremo ainda vai definir a aplicação dessa decisão. Será preciso definir, por exemplo, se o governo precisará devolver dinheiro para quem pagou imposto a mais.
De 2014 até 2019, os processos contra a União cresceram no total 290%, passando de R$ 559 bilhões para R$ 2,1 trilhões. Nessa conta estão também processos que o governo classifica como perda “possível”.
Daquele montante, enquanto 71% (R$ 1,5 trilhão) se referem a ações de risco possível, 29% (R$ 634 bilhões) diz respeito a ações classificadas com risco de perda provável.
“O comportamento crescente dos valores de passivos contingentes relacionados às demandas judiciais contra a União revela a necessidade de uma especial atenção ao tema”, diz o texto.
Os efeitos orçamentários e financeiros das decisões só se darão no fim do julgamento, com o pagamento das dívidas pela União. Mas isso também tem crescido.
Enquanto em 2014 os pagamentos referentes as ações judiciais ficaram em R$ 19,8 bilhões, em 2018 chegaram a R$ 38,2 bilhões (crescimento de 93%), representando 2,8% de todas as despesas do governo federal. Em 2019, apenas até junho, atingiram R$ 31,6 bilhões, podendo fechar o exercício em R$ 42 bilhões. Para 2020, esse gasto pode chegar a R$ 53 bilhões.
“Considerando que os gastos decorrentes de ações judiciais são despesas primárias (ou seja, são valores que entram na contabilidade federal), a sua trajetória ascendente revela-se ameaçadora do equilíbrio fiscal brasileiro, impactando diretamente importantes parâmetros fiscais, como o teto de gastos e a própria meta de resultado primário”, destaca o relatório.
Fonte: Aqui
Os dados fazem parte de um relatório do Tesouro Nacional que analisa os riscos fiscais para o governo federal, divulgado nesta sexta-feira. O documento avalia o risco de a União ter que gastar mais que o previsto no Orçamento por conta de demandas judiciais ou mesmo outros fatores.
O volume estimado de perda provável é bem maior que os R$ 403 bilhões que o governo considera provável receber dos devedores incluídos na dívida ativa da União.
O principal motivo para a disparada nos riscos da União foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tirou o ICMS da base da cálculo do PIS e da Cofins. A perda, só nesse caso, está estimada em R$ 246 bilhões. O Supremo ainda vai definir a aplicação dessa decisão. Será preciso definir, por exemplo, se o governo precisará devolver dinheiro para quem pagou imposto a mais.
De 2014 até 2019, os processos contra a União cresceram no total 290%, passando de R$ 559 bilhões para R$ 2,1 trilhões. Nessa conta estão também processos que o governo classifica como perda “possível”.
Daquele montante, enquanto 71% (R$ 1,5 trilhão) se referem a ações de risco possível, 29% (R$ 634 bilhões) diz respeito a ações classificadas com risco de perda provável.
“O comportamento crescente dos valores de passivos contingentes relacionados às demandas judiciais contra a União revela a necessidade de uma especial atenção ao tema”, diz o texto.
Os efeitos orçamentários e financeiros das decisões só se darão no fim do julgamento, com o pagamento das dívidas pela União. Mas isso também tem crescido.
Enquanto em 2014 os pagamentos referentes as ações judiciais ficaram em R$ 19,8 bilhões, em 2018 chegaram a R$ 38,2 bilhões (crescimento de 93%), representando 2,8% de todas as despesas do governo federal. Em 2019, apenas até junho, atingiram R$ 31,6 bilhões, podendo fechar o exercício em R$ 42 bilhões. Para 2020, esse gasto pode chegar a R$ 53 bilhões.
“Considerando que os gastos decorrentes de ações judiciais são despesas primárias (ou seja, são valores que entram na contabilidade federal), a sua trajetória ascendente revela-se ameaçadora do equilíbrio fiscal brasileiro, impactando diretamente importantes parâmetros fiscais, como o teto de gastos e a própria meta de resultado primário”, destaca o relatório.
Fonte: Aqui
Oito fracassos/escândalos de 2019
O ano não foi fácil para as empresas. No Brasil, o ano começou com o rompimento em uma barragem da Vale em Brumadinho, MG, que deixou centenas de mortos, e se encerra com uma briga na Odebrecht, entre o pai, Emílio Odebrecht, e filho, Marcelo.
Multinacionais também tomaram as manchetes, como o WeWork, que viu seu valor de mercado derreter depois do fracasso de seu IPO, o Facebook, levado a depor sobre a criação de sua criptomoeda Libra, e a Boeing, que busca se reerguer após dois acidentes fatais com o seu avião 737 Max.
Relembre abaixo 8 fracassos e escândalos empresariais que ocorreram durante o ano de 2019.
Vale
No dia 25 de janeiro, uma barragem de uma mina da Vale em Brumadinho, MG, estourou, deixando 256 mortos, 14 desaparecidos e um grande desastre ambiental. O rompimento levou à troca de presidência: o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, e três diretores da mineradora solicitaram em março o afastamento temporário do comando da companhia. Desde abril, a mineradora é liderada por Eduardo Bartolomeo.
A companhia finalizou, em dezembro, uma investigação sobre as origens do incidente e concluiu que a causa foi a “liquefação estática dos rejeitos” na estrutura.
A Vale estima que, este ano, terá desembolsado 1,6 bilhão de dólares, cerca de 6,55 bilhões de reais, com reparação, indenizações e despesas pelo desastre. Recentemente, a mineradora voltou a apresentar metas de produção de minério de ferro, já que a ordem nos últimos meses era concentrar os esforços na reparação dos danos ambientais e na indenização às vítimas.
WeWork
A saída do fundador Adam Neumann do cargo de CEO da empresa de aluguel de escritórios foi o clímax de uma crise que levou a empresa a perder bilhões em valor de mercado. Em setembro, Neumann deixou o cargo pressionado pelo maior acionista da WeWork, o conglomerado japonês Softbank, levando em troca um pagamento de 1,7 bilhão de dólares.
Depois da fracassada tentativa de fazer uma oferta inicial de ações (IPO, em inglês), que deveria ter acontecido em setembro, a empresa correu o risco de ficar sem caixa e recebeu uma ajuda de mais 10 bilhões de dólares do Softbank. As negociações com bancos para o socorro foram paralisadas hoje, o que complica ainda mais a situação da empresa.
De valor de mercado de 47 bilhões de dólares, o valuation caiu para 8 bilhões de dólares. A WeWork anunciou que vai demitir cerca de 2.400 funcionários no mundo, em estratégia de redução de custos para estabilizar sua operação de escritórios compartilhados.
Correios
A Polícia Federal desarticulou, em setembro, um esquema de fraudes nos Correios que causaram prejuízos de 13 milhões de reais.
A operação Postal Off envolveu 110 policiais e teve início em Santa Catarina em novembro de 2018, quando foi apurado o primeiro indício dos crimes praticados pelo grupo criminoso e que contava com a participação de funcionários dos Correios.
Em nota, os Correios informam que “estão colaborando plenamente com as autoridades. A empresa permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos. Os Correios reafirmam o seu compromisso com a ética, a integridade e a transparência.”
Os Correios estão entre as empresas visadas para privatização no governo Bolsonaro, processo que inclusive levou à troca de presidência na estatal.
Libra (e o Facebook)
O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, foi convocado pela comissão de serviços financeiros da Câmara a prestar esclarecimentos sobre a libra, a criptomoeda liderada pelo Facebook.
Anunciado em junho, o projeto reúne mais de 20 empresas na chamada Associação Libra. A expectativa era lançar a moeda no ano que vem, mas o plano vem sendo criticado por pontos que vão desde os problemas de privacidade do Facebook quanto à possibilidade de a moeda desestabilizar o sistema financeiro mundial ou ser usada para lavar dinheiro.
A empresa correu a dizer ontem que não é dona da libra. No mês passado, empresas como Mastercard e Visa, as duas principais bandeiras de cartão, e o sistema de pagamentos PayPal deixaram a associação.
Zuckerberg também sofre críticas ao não banir anúncios políticos da rede social. Em um discurso em outubro, ele afirmou que, embora tenha havido ataques de fake news comprovados em países como Irã, Rússia e China, segundo o executivo, suas redes sempre defenderão a “liberdade de expressão”.
Avianca Brasil
A Avianca Brasil, oficialmente OceanAir Linhas Aéreas, parou de voar em maio deste ano, deixando mais de 2.000 funcionários desempregados e milhares de clientes sem informações.
Em recuperação judicial desde dezembro do ano passado, os maiores ativos da companhia aérea eram os seus slots, ou direitos de pouso e decolagem, em aeroportos concorridos. Foram meses da novela de distribuição dos slots (horários de pouso e decolagem) da Avianca no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A disputa envolveu um leilão dos ativos para a Gol e a Latam, não aceito pela Anac, brigas entre credores e entre as próprias companhias aéreas.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) finalmente anunciou em agosto que os 41 slots ficarão com Azul, Map e Passaredo. Logo em seguida, a até então desconhecida Passaredo anunciou a aquisição da MAP, ampliando sua presença em Congonhas.
Ignorando os estragos, sua empresa-irmã, a colombiana Avianca Holdings, diz que quer “virar essa página” e fortalecer seus laços com o Brasil e assinou tratados de codeshare com a Azul e a Gol.
Tanto a Avianca Brasil como a Avianca Holdings têm como maior acionista o Synergy Group, grupo dos irmãos bolivianos naturalizados brasileiros Germán e José Efromovich.
Oi
A operadora de telefonia Oi, em recuperação judicial desde 2016, teve um 2019 dos mais atribulados do capitalismo brasileiro, culminando com o anúncio da mudança na presidência. O presidente da Oi, Eurico Teles, até então visto como o salvador da empresa e líder de sua reestruturação, irá deixar o comando no final de janeiro de 2020.
O anúncio foi feito em 10 de dezembro, no mesmo dia em que a companhia sofreu um mandado de busca e apreensão na Operação Mapa da Mina, nova fase da Lava Jato. A operação investiga contratos da Oi com o filho de Lula, o empresário Fábio Luís Lula da Silva, para benefício da companhia durante a negociação de compra da Telemar.
A companhia negou que a empresa tenha sido beneficiada pelos negócios mencionados pela PF. A Oi disse ainda que “atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades”.
A Oi passou por diversos obstáculos nos últimos meses, como a iminente falta de caixa para manter as operações, lentidão na venda de ativos e pressões de acionistas, além da investigação na Lava Jato.
Enquanto isso, trabalha no seu plano de recuperação. A operadora já conseguiu reverter 35 bilhões de reais de sua dívida de 65 bilhões de reais e planeja dobrar em 2020 seus investimentos no segmento corporativo.
Boeing
No início do mês, a Boeing decidiu suspender temporariamente, a partir de janeiro, a fabricação do polêmico modelo de avião 737 MAX, envolvido em dois acidentes que, ao todo, deixaram quase 350 mortos.
Segundo a investigação dos casos, esses acidentes com quase 350 mortos tiveram origem em um problema no software da aeronave e fizeram a Boeing entrar em uma crise sem precedentes.
Hoje, 23, a fabricante de aeronaves anunciou que irá realizar mudanças na diretoria. Dennis A. Muilenburg deixou o cargo de CEO e será substituído por David L. Calhoun, atual presidente do conselho de administração. A mudança passará a valer a partir de 13 de janeiro de 2020. De acordo com comunicado divulgado pela companhia, a nova liderança deve trazer um comprometimento renovado em transparência, além de buscar retomar o 737 Max.
Com a confiança do mercado abalada pelos acidentes, a Boeing entregou menos da metade do número de aeronaves nos primeiros onze meses de 2019 do que no mesmo período do ano passado, afetando seu balanço e toda sua cadeia de fornecedores.
Odebrecht
Além de uma recuperação judicial bilionária, ainda sem um plano aprovado pelos credores, a Odebrecht sofre com as disputas entre pai, Emílio Odebrecht, e filho, Marcelo.
Depois de ser demitido por justa causa e sem direito à indenização, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que carrega o nome de sua família, é alvo de uma investigação interna e corre risco de perder os benefícios da delação premiada que fez com o Ministério Público Federal (MF) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Marcelo estava afastado de qualquer função administrativa desde que foi preso em 2015, por conta da Operação Lava Jato. Porém, continuava na folha de pagamentos do grupo, recebendo 115 mil reais, além de benefícios como motorista e advogado.
Marcelo se sente injustiçado por ter sido condenado e preso, enquanto outros executivos que teriam cometido crimes, e não aderiram ao acordo de colaboração com o MPF, não passaram um dia na prisão.
Na semana passada, em entrevista ao jornal Valor Econômico, Ruy Sampaio respondeu às declarações de Marcelo e o acusou de chantagear a empresa justamente durante a assinatura do acordo de colaboração com MPF.
Fonte: Aqui
Multinacionais também tomaram as manchetes, como o WeWork, que viu seu valor de mercado derreter depois do fracasso de seu IPO, o Facebook, levado a depor sobre a criação de sua criptomoeda Libra, e a Boeing, que busca se reerguer após dois acidentes fatais com o seu avião 737 Max.
Relembre abaixo 8 fracassos e escândalos empresariais que ocorreram durante o ano de 2019.
Vale
No dia 25 de janeiro, uma barragem de uma mina da Vale em Brumadinho, MG, estourou, deixando 256 mortos, 14 desaparecidos e um grande desastre ambiental. O rompimento levou à troca de presidência: o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, e três diretores da mineradora solicitaram em março o afastamento temporário do comando da companhia. Desde abril, a mineradora é liderada por Eduardo Bartolomeo.
A companhia finalizou, em dezembro, uma investigação sobre as origens do incidente e concluiu que a causa foi a “liquefação estática dos rejeitos” na estrutura.
A Vale estima que, este ano, terá desembolsado 1,6 bilhão de dólares, cerca de 6,55 bilhões de reais, com reparação, indenizações e despesas pelo desastre. Recentemente, a mineradora voltou a apresentar metas de produção de minério de ferro, já que a ordem nos últimos meses era concentrar os esforços na reparação dos danos ambientais e na indenização às vítimas.
WeWork
A saída do fundador Adam Neumann do cargo de CEO da empresa de aluguel de escritórios foi o clímax de uma crise que levou a empresa a perder bilhões em valor de mercado. Em setembro, Neumann deixou o cargo pressionado pelo maior acionista da WeWork, o conglomerado japonês Softbank, levando em troca um pagamento de 1,7 bilhão de dólares.
Depois da fracassada tentativa de fazer uma oferta inicial de ações (IPO, em inglês), que deveria ter acontecido em setembro, a empresa correu o risco de ficar sem caixa e recebeu uma ajuda de mais 10 bilhões de dólares do Softbank. As negociações com bancos para o socorro foram paralisadas hoje, o que complica ainda mais a situação da empresa.
De valor de mercado de 47 bilhões de dólares, o valuation caiu para 8 bilhões de dólares. A WeWork anunciou que vai demitir cerca de 2.400 funcionários no mundo, em estratégia de redução de custos para estabilizar sua operação de escritórios compartilhados.
Correios
A Polícia Federal desarticulou, em setembro, um esquema de fraudes nos Correios que causaram prejuízos de 13 milhões de reais.
A operação Postal Off envolveu 110 policiais e teve início em Santa Catarina em novembro de 2018, quando foi apurado o primeiro indício dos crimes praticados pelo grupo criminoso e que contava com a participação de funcionários dos Correios.
Em nota, os Correios informam que “estão colaborando plenamente com as autoridades. A empresa permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos. Os Correios reafirmam o seu compromisso com a ética, a integridade e a transparência.”
Os Correios estão entre as empresas visadas para privatização no governo Bolsonaro, processo que inclusive levou à troca de presidência na estatal.
Libra (e o Facebook)
O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, foi convocado pela comissão de serviços financeiros da Câmara a prestar esclarecimentos sobre a libra, a criptomoeda liderada pelo Facebook.
Anunciado em junho, o projeto reúne mais de 20 empresas na chamada Associação Libra. A expectativa era lançar a moeda no ano que vem, mas o plano vem sendo criticado por pontos que vão desde os problemas de privacidade do Facebook quanto à possibilidade de a moeda desestabilizar o sistema financeiro mundial ou ser usada para lavar dinheiro.
A empresa correu a dizer ontem que não é dona da libra. No mês passado, empresas como Mastercard e Visa, as duas principais bandeiras de cartão, e o sistema de pagamentos PayPal deixaram a associação.
Zuckerberg também sofre críticas ao não banir anúncios políticos da rede social. Em um discurso em outubro, ele afirmou que, embora tenha havido ataques de fake news comprovados em países como Irã, Rússia e China, segundo o executivo, suas redes sempre defenderão a “liberdade de expressão”.
Avianca Brasil
A Avianca Brasil, oficialmente OceanAir Linhas Aéreas, parou de voar em maio deste ano, deixando mais de 2.000 funcionários desempregados e milhares de clientes sem informações.
Em recuperação judicial desde dezembro do ano passado, os maiores ativos da companhia aérea eram os seus slots, ou direitos de pouso e decolagem, em aeroportos concorridos. Foram meses da novela de distribuição dos slots (horários de pouso e decolagem) da Avianca no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A disputa envolveu um leilão dos ativos para a Gol e a Latam, não aceito pela Anac, brigas entre credores e entre as próprias companhias aéreas.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) finalmente anunciou em agosto que os 41 slots ficarão com Azul, Map e Passaredo. Logo em seguida, a até então desconhecida Passaredo anunciou a aquisição da MAP, ampliando sua presença em Congonhas.
Ignorando os estragos, sua empresa-irmã, a colombiana Avianca Holdings, diz que quer “virar essa página” e fortalecer seus laços com o Brasil e assinou tratados de codeshare com a Azul e a Gol.
Tanto a Avianca Brasil como a Avianca Holdings têm como maior acionista o Synergy Group, grupo dos irmãos bolivianos naturalizados brasileiros Germán e José Efromovich.
Oi
A operadora de telefonia Oi, em recuperação judicial desde 2016, teve um 2019 dos mais atribulados do capitalismo brasileiro, culminando com o anúncio da mudança na presidência. O presidente da Oi, Eurico Teles, até então visto como o salvador da empresa e líder de sua reestruturação, irá deixar o comando no final de janeiro de 2020.
O anúncio foi feito em 10 de dezembro, no mesmo dia em que a companhia sofreu um mandado de busca e apreensão na Operação Mapa da Mina, nova fase da Lava Jato. A operação investiga contratos da Oi com o filho de Lula, o empresário Fábio Luís Lula da Silva, para benefício da companhia durante a negociação de compra da Telemar.
A companhia negou que a empresa tenha sido beneficiada pelos negócios mencionados pela PF. A Oi disse ainda que “atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades”.
A Oi passou por diversos obstáculos nos últimos meses, como a iminente falta de caixa para manter as operações, lentidão na venda de ativos e pressões de acionistas, além da investigação na Lava Jato.
Enquanto isso, trabalha no seu plano de recuperação. A operadora já conseguiu reverter 35 bilhões de reais de sua dívida de 65 bilhões de reais e planeja dobrar em 2020 seus investimentos no segmento corporativo.
Boeing
No início do mês, a Boeing decidiu suspender temporariamente, a partir de janeiro, a fabricação do polêmico modelo de avião 737 MAX, envolvido em dois acidentes que, ao todo, deixaram quase 350 mortos.
Segundo a investigação dos casos, esses acidentes com quase 350 mortos tiveram origem em um problema no software da aeronave e fizeram a Boeing entrar em uma crise sem precedentes.
Hoje, 23, a fabricante de aeronaves anunciou que irá realizar mudanças na diretoria. Dennis A. Muilenburg deixou o cargo de CEO e será substituído por David L. Calhoun, atual presidente do conselho de administração. A mudança passará a valer a partir de 13 de janeiro de 2020. De acordo com comunicado divulgado pela companhia, a nova liderança deve trazer um comprometimento renovado em transparência, além de buscar retomar o 737 Max.
Com a confiança do mercado abalada pelos acidentes, a Boeing entregou menos da metade do número de aeronaves nos primeiros onze meses de 2019 do que no mesmo período do ano passado, afetando seu balanço e toda sua cadeia de fornecedores.
Odebrecht
Além de uma recuperação judicial bilionária, ainda sem um plano aprovado pelos credores, a Odebrecht sofre com as disputas entre pai, Emílio Odebrecht, e filho, Marcelo.
Depois de ser demitido por justa causa e sem direito à indenização, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que carrega o nome de sua família, é alvo de uma investigação interna e corre risco de perder os benefícios da delação premiada que fez com o Ministério Público Federal (MF) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Marcelo estava afastado de qualquer função administrativa desde que foi preso em 2015, por conta da Operação Lava Jato. Porém, continuava na folha de pagamentos do grupo, recebendo 115 mil reais, além de benefícios como motorista e advogado.
Marcelo se sente injustiçado por ter sido condenado e preso, enquanto outros executivos que teriam cometido crimes, e não aderiram ao acordo de colaboração com o MPF, não passaram um dia na prisão.
Na semana passada, em entrevista ao jornal Valor Econômico, Ruy Sampaio respondeu às declarações de Marcelo e o acusou de chantagear a empresa justamente durante a assinatura do acordo de colaboração com MPF.
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