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07 dezembro 2019

Rir é o melhor remédio

Amostra e população

Homenagem à contabilidade

A notícia é um pouco antiga (de outubro), mas não deixa de ser interessante. A Polícia Federal e o Ministério da Economia deflagraram um operação para desarticular um grupo de fraudadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Como é praxe nas operações da PF, a mesma recebeu um nome de batismo. E o nome escolhido foi Caduceu.

A investigação aponta que o grupo praticava as fraudes de duas maneiras: criando vínculos empregatícios fictícios, inseridos no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) por meio de Guia de Recolhimento do FGTS indevidas; e usando documentos médicos falsos para simular doenças e assim obter benefícios, em especial o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez.

Segundo a PF, para que tais fraudes fossem praticadas, faziam parte da organização criminosa um técnico em contabilidade, um servidor do INSS e uma pessoa responsável por falsificar laudos e relatórios médicos.

O nome da operação faz referência ao contador da operação criminosa, diz a PF. O símbolo da contabilidade é o Caduceu.

06 dezembro 2019

Desigualdade de Renda: homens x caramujos

Resumo:

Inequality in the distribution of material resources (wealth) occurs widely across human groups. The extent of inequality, as measured by the Gini coefficient, is less in small-scale societies, such as hunter-gatherers and pastoralists, and greater in large-scale ones like current nation states. In many societies, the statistical distribution of wealth takes a characteristic form: unimodal, skewed to the right, and fat-tailed. However, we have relatively little systematic information about the distribution of material resources in nonhuman animals even though such resources are vital to their survival and fitness. Here we present the first description of inequality in material resources in an animal population: the distribution of gastropod (snail) shells inhabited by the hermit crab Pagurus longicarpus. We find that the shell distribution for the crabs strongly resembles the characteristic form of wealth distribution in human groups. The amount of inequality in the crabs is more than that in some small-scale human groups but less than that in nations. We argue that the shell distribution in the crabs is not simply generated by biological factors such as survival and growth of either crabs or gastropods. Instead, the strong resemblance in the human and hermit crab distributions suggests that comparable factors, not dependent upon culture or social institutions, could shape the patterns of inequality in both groups. In addition to the similarity in their inequality distributions, human and hermit crabs share other features of resource distribution, including the use of vacancy chains, not seen in other species. Based upon these parallels, we propose that P. longicarpus could be used as an animal model to test two factors – individual differences and intergenerational property transfers – that some economists theorize as major factors influencing the form of wealth distributions in humans. We also propose that inequality in hermit crabs could provide a baseline for examining human inequality.

Fonte: A comparison of wealth inequality in humans and non-humans
Author:

Ivan D. Chase,Raphael Douady,Dianna K. Padilla
Publication:

Physica A: Statistical Mechanics and its Applications
Publisher:

Elsevier
Date:

15 January 2020

Fisco da Itália acusa Fiat de subavaliar aquisição da Chrysler

As autoridades fiscais italianas acusam a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) de ter subavaliado a Chrysler em 5.100 milhões de euros durante a aquisição da última tranche da Chrysler em 2014, avança esta quinta-feira a Bloomberg, que cita uma auditoria a que teve acesso. Segundo a agência noticiosa, o processo poderá levar a uma regularização de cerca de 1,3 mil milhões de euros.

A compra da Chrysler pelo grupo italiano decorreu ao longo de cinco anos e culminou em 2014 com a aquisição do remanescente do capital da Chrysler.

A Fiat Chrysler encontra-se presentemente sediada na Holanda e com residência fiscal no Reino Unido, tendo abandonado Turim, que foi a "casa" da Fiat ao longo de mais de um século.

A mudança para a Holanda, em 2014, levou à aplicação de um imposto sobre os ganhos de capital aplicados por Itália quando uma empresa transferem ativos para fora do país. A taxa de imposto sobre as empresas em Itália cifrava-se, na altura, em 27,5%, o que, diz a Bloomberg, pode implicar uma regularização de impostos na ordem dos 1,3 mil milhões de euros.

O grupo FCA indicou à Bloomberg que "discorda veementemente deste relatório preliminar e está confiante que terá sucesso na redução da avaliação feita na auditoria". "É importante notar que quaisquer ganhos tributáveis na nova avaliação seriam compensados pelas perdas fiscais transitadas e não terá qualquer impacto relevante em saídas de caixa ou nos resultados", acrescentou um porta-voz da Fiat.

De acordo com documentos apresentados a 31 de outubro junto do regulador, a FCA indica que se encontra em negociações sobre um "significativo ajustamento fiscal proposto", referindo que "irá defender de forma vigorosa a sua posição".

As autoridades fiscais italianas detetaram "violações fiscais substanciais" e concluem que a Fiat Chrysler subavaliou ativos sujeitos ao imposto referente à deslocação de ativos para o exterior em 5,07 mil milhões de euros, segundo um relatório de auditoria consultado pela Bloomberg.

O fisco italiano avaliou a Chrysler em cerca de 12,5 mil milhões de euros, enquanto a Fiat declarou um valor inferior a 7,5 mil milhões de euros, refere a Bloomberg citando fontes próximas do processo.

As negociações com as autoridades fiscais italianas vão prosseguir durante um período de 60 dias, indicava o relatório de contas referente ao terceiro trimestre da FCA, devendo uma avaliação final ser apresentada até ao final do ano, acrescentava o documento. Caso as negociações fracassem, a questão será dirimida em tribunal.

A Fiat acordou a compra dos 41,5% da Chrysler que ainda não detinha por 4,35 mil milhões de dólares (3,92 mil milhões de euros ao câmbio atual) em janeiro de 2014.


Fonte: Aqui.

Isto pareceu estranho. Talvez a verificação da outra ponta, através da análise da contabilidade do ex-acionista da Chrysler, possa esclarecer o assunto.

Harvard ou EY

A taxa de aceitação da EY é de 3,5% em 2019. Harvard recebeu 43.330 solicitações para a classe de 2023 e admitiu apenas 1.950, para uma taxa de 4,5%.

Segundo a empresa, é mais difícil ser empregado na EY do que entrar em Harvard. Mas há controvérsias se a comparação é válida. 

Padronização privada

Na quarta edição do livro Teoria da Contabilidade (ainda no prelo) comentamos os modelos de regulação contábil. Podemos ter a regulação realizada por uma entidade pública, por uma entidade do setor privado ou por uma entidade sem fins lucrativos. Adotamos a primeira opção no Brasil, através do CPC, vinculado a uma autarquia. Muitos países do mundo adotam a terceira opção, como é o caso dos Estados Unidos.

Mas a adoção da regulação através de uma entidade do setor privado também pode existir. Eis um exemplo interessante, misto, onde há normas de uma entidade do terceiro setor, no caso a Fundação IFRS, e uma forma de regulação, através de uma empresa de auditoria.

A Deloitte, uma das grandes empresas de auditoria, propõe um modelo de demonstrações segundo a IFRS:
A figura acima é a DRE,sendo que no canto esquerdo tem a norma respectiva e no meio até a numeração da nota explicativa. O modelo sugere até exemplo de nota explicativa.

Isto é bom ou ruim?

Custo dos Banheiros

Recentemente a rede de cafeterias Starbucks instituiu uma politica de permitir o uso dos cafés e banheiros para qualquer pessoa, mesmo que não faça compras. Em lugar de aumentar o número de visitas, apurou-se que a política de banheiros abertos implementada em maio de 2018 representou uma queda de 6,8% de pessoas, em comparação com outras cafeterias.

A Starbucks discordou da descoberta. "Como evidenciado por nossos relatórios de resultados, os clientes estão nos visitando em números recordes", disse o porta-voz Reggie Borges. (...) As vendas comparáveis ​​de lojas dos EUA no ano fiscal encerrado em 29 de setembro aumentaram 5%, incluindo um aumento de 3% nos gastos médios e um ganho de 2% no número de transações comparáveis ​​que indicam tráfego, informou a Starbucks em outubro. As vendas comparáveis ​​no quarto trimestre subiram 6%, o melhor desempenho em mais de dois anos. O CEO Kevin Johnson disse na época que a Starbucks continua vendo "crescimento do tráfego em todas as partes do dia".


O tráfego de clientes não foi a única coisa prejudicada. A renda média dos clientes da Starbucks caiu em comparação com a renda média de outras cafeterias próximas, graças a menos visitas de “sua clientela mais rica”. “Isso seria consistente se eles fossem mais sensíveis à aglomeração e aos novos visitantes trazidos por a política do banheiro ”.

Enquanto isso, os clientes que visitam suas lojas passam em média 4,2% menos tempo na Starbucks, em comparação com outros cafés seguindo a instituição da política oficial, de acordo com a pesquisa. O declínio também é maior nos locais mais próximos dos abrigos para sem-teto.