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03 dezembro 2019

Campeã em poluição

Qual o impacto em uma empresa se considerada a maior poluidora por plástico do mundo? Uma pesquisa realizada em 51 países, coletando 476 mil resíduos, com a participação de 72 mil voluntários, encontrou que a Coca-Cola foi a empresa campeã em poluição por plástico no mundo. Quase metade do material coletado tinha origem nos produtos da empresa. Depois da Coca-Cola aparecem Nestlé, Pepsico, Mondelez e Unilever.

Apesar disto não ter uma influência imediata nos resultados da empresa, aumenta a pressão para que encontre uma maneira de resolver o problema. Nada impede que um processo judicial, a exemplo do que está sofrendo a Exxon, possa gerar passivos para a empresa no futuro.

Em meados deste ano, começou a circular uma ideia de cobrar o imposto de renda em uma nova base fiscal. Segundo Marta Watanabe, o objetivo é criar uma nova base de cálculo do Imposto de Renda, partindo de outra variável diferente do lucro contábil.

A ideia da Receita é cobrar o IRPJ sobre um lucro cujo cálculo deixa de lado as regras contábeis do IFRS (...) A Receita diz que a série de ajustes que as companhias precisam fazer no lucro contábil para se chegar à base sobre a qual é calculado o IR causa divergências entre Fisco e contribuinte, o que eleva o contencioso.

Contra a proposta há o argumento do aumento da complexidade. Outros argumentos, como a possibilidade de se ter uma dupla contabilidade, que seria ruim para os negócios do país. Haveria uma contradição ao instituir uma nova contabilidade.

Tudo isto parece muito estranho. As normas internacionais são defendidas pela capacidade de não usar regras, mas sim princípios. E pela sua qualidade. Mas a contabilidade é feita para diversos usuários, entre eles o fisco. Se a IFRS no Brasil depende do fisco para sobreviver, isto é realmente preocupante.

Tente olhar o problema sob a ótica do Fisco. A IFRS, com sua subjetividade, não consegue atender a um usuário? Ele deve ficar passivo, esperando uma discussão de longo prazo? Discutindo se as normas são melhores ou não? A discussão não é “segunda contabilidade”, mas uma contabilidade que parece não estar satisfazendo um dos mais fortes reguladores. A unanimidade em torno de uma norma merece sempre ser questionada. Não vamos fechar questão contra a posição do Fisco.

Gastando salário com ações da empresa

Um notícia de setembro, mas que é interessante: O CEO do Deutsche vai gastar parte do seu salário para comprar ações do próprio banco.

Segundo o Financial Times (via Valor), Christian Sewing está comprando ações do próprio banco. O Deutsche Bank tem passado por uma série de problemas, que inclui denúncias de corrupção e reestruturação com fechamento de postos de trabalho. O executivo anunciou que irá comprar ações no equivalente a 15% do salário líquido, até o final de 2022. Isto corresponde a 850 mil euros. Além dele, o presidente do conselho de administração investiu 1 milhão de euros.

Por um lado, isto pode demonstrar uma sinalização para os investidores, em um momento que as ações estão em um patamar mínimo. No momento do anúncio, a ação tinha um valor de 8,33, sendo o máximo - nos últimos cinco anos - de 35 US$ no passado distante:

Rir é o melhor remédio


29 novembro 2019

Dez razões para continuar blogando

1. tenho algo interessante para dizer para as pessoas
2. é uma forma de reter um conhecimento importante
3. as pessoas reconhecem o esforço
4. conhecemos pessoas
5. força a reflexão sobre diversos temas
6. aprendemos muito com aquilo que postamos
7. tenho liberdade para escolher temas das postagens
8. serve como material para escritos futuros
9. ajuda na exposição de ideias
10. é uma forma de ensinar

Mais ideias? (11. Posso contar com a ajuda dos leitores)

Dez razões para deletar o blog

1. estamos perdendo o livre-arbítrio
2. é uma maneira mais bem direcionada de resistir à insanidade de nossos tempos
3. está me fazendo um idiota
4. está minando a verdade
5. está fazendo sem sentido o que você posta
6. está destruindo a capacidade de empatia
7. está me deixando infeliz
8. não tenho remuneração
9. está tornando impossível falar seriamente de política
10. evito levar em consideração meus sentimentos

Livremente adaptado