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19 novembro 2019

Vale a pena criar municípios?

Estudo assinado por Enlinson Mattos e Vladimir Ponczek, da Fundação Getúlio Vargas, em 2013, aponta que "municípios menores, apesar de receberem mais recursos per capita de transferências governamentais, têm maior dificuldade em transformar tais recursos em bens públicos para suas populações".
Na pesquisa, eles identificaram quedas em indicadores como coleta de lixo, índice de desenvolvimento humano (IDH) e taxa de escolaridade.
Outro estudo publicado também em 2013, desta vez pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), também refuta a hipótese de eventuais benefícios com a criação de municípios. "As emancipações municipais, por si só, não foram capazes de ensejar o desenvolvimento econômico dos municípios envolvidos", conclui a pesquisa elaborada por quatro técnicos do órgão.
O trabalho defende mudanças nos critérios dos sistemas de transferências de recursos para os municípios, a fim de desestimular a criação de micromunicípios privilegiados por distorções nesses mecanismos.
Na contramão, um estudo de 2018 assinado por Ricardo Dahis, da Universidade Northwestern, e Christiane Szerman, da Universidade Princeton, aponta benefícios na política emancipatória.
A partir de uma metodologia diferente de comparação das novas localidades, a dupla de pesquisadores analisou a evolução de quatro categorias de indicadores socioeconômicos: educação, saúde, oferta de serviços públicos e renda.
"De modo geral, identificamos que a proliferação de unidades administrativas menores está associada a melhores níveis educacionais, menores taxas de mortalidade infantil, aumento da coleta de lixo e da rede de energia elétrica, menores taxas de pobreza e aumento da renda per capita", afirmam no artigo.

Fonte: Aqui. A promulgação da Constituição de 1988 incentivou a criação de mais de mil municípios. A lei aumentou os “incentivos” para a criação e reduziu as exigências.

Kylie Jenner vende parte de sua empresa

Afinal, para que serve uma celebridade? O que ela faz é relevante? Geralmente, nomeamos uma celebridade alguém que não é atriz, não canta, não “trabalha”, mas que cada postagem na rede provoca reação das pessoas. Há as celebridades que também são atrizes ou cantoras. Mas temos somente aquelas pessoas que só são celebridades.

A celebridade pode ter uma função econômica importante: vender produtos. E para isto, ela pode ganhar muito dinheiro. O seu principal ativo é o nome, um típico intangível.

Veja o caso de Kylie Jenner. Com 22 anos, esta americana é definida na Wikipedia como sendo “media personality, socialite, businesswoman, e model”. Por ter uma grande base de seguidores na internet, ela ganha muito dinheiro. Agora, a Coty, uma empresa multinacional, resolveu pagar 600 milhões de dólares pela empresa Kylie Cosmetics, de propriedade de Jenner. E com isto comprou 51% da empresa. A empresa foi fundada em 2015 e tem uma venda projetada de 200 milhões de dólares de receita por ano. É um valor bastante razoável.

Jenner lançou sua empresa em 2015. Como 151 milhões de seguidores no Instagram, a Kylie é um exemplo de sucesso empresarial. Outras celebridades, como Emily Weiss  e Pat McGrath  também fizeram sucesso na internet e com seus negócios. Esta lista conta ainda com Rihanna, Lady Gaga, Victoria Beckham, Gwyneth Paltrow e Jessica Alba. Novas celebridades estão chegando: Hailey Bieber, Cardi B, Millie Bobby Brown e Kendall Jenner, irmã mais velha de Kylie.

Mattel e falhas contábeis

A entidade que regula o trabalho dos auditores dos EUA, o PCAOB, está investigando o que ocorreu na Mattel e sua auditoria. A própria empresa disse que as demonstrações contábeis de 2017 possuem distorções materiais e que encontrou problemas nos controles internos da empresa. A auditoria foi feita pela PwC, que também está sendo verificada, já que o auditor parece ter quebrado a norma de independência, recomendando um executivo para um cargo.

The Public Company Accounting Oversight Board’s scrutiny comes after Mattel said last week that some financial statements from 2017 “should no longer be relied upon due to material misstatements.” The El Segundo, California-based company, which makes Barbie dolls and Matchbox cars, also said on Oct. 29 that it found “material weaknesses” in its internal controls for financial reporting.

And the PCAOB is probably looking into findings of an internal Mattel investigation that revealed Joshua Abrahams, the PwC partner who led the Mattel audit team, had violated independence rules by recommending candidates for Mattel’s senior finance positions, according to the WSJ. He has been placed on administrative leave and isn’t expected to work for PwC much longer.

Rir é o melhor remédio

Usuário do Windows 10

18 novembro 2019

Calculadora é a culpada

Em um erro constrangedor, que sem dúvida será jocosamente lembrado por professores de matemática de todos os lugares, um juiz de Oklahoma reconheceu um equívoco de três casas decimais – confundindo milhares com milhões – quando calculou o valor que a Johnson & Johnson deveria pagar por sua responsabilidade na crise dos opioides (substância geralmente usada em remédios para dor) no Estado.

Como resultado, o juiz Thad Balkman anunciou sexta-feira uma nova multa, reduzida em cerca de US$ 107 milhões. O total agora é de US$ 465 milhões, ante os US$ 572 milhões que ele tinha estabelecido em agosto.

O erro de cálculo ocorreu quando o magistrado estava avaliando os vários custos para o Estado lidar com questões de saúde e segurança decorrentes dos opioides. Em seu pedido de agosto, Balkman estimou em US$ 107.683.000 o preço anual para preparar maternidades de Oklahoma para fazer testes em bebês com opioides em seus sistemas. Mas a quantia, na realidade, era de US$ 107.683.

Ele foi avisado sobre o erro pelos advogados da J&J, cujos contadores fizeram o que os estudantes sempre são instados a fazer: checaram as contas e contaram os zeros. “Vai ser a última vez que uso esta calculadora”, disse Balkman em uma audiência em outubro.

A decisão da sexta-feira pôs fim ao julgamento histórico do verão passado, o primeiro estadual para determinar se as empresas farmacêuticas podem ser responsabilizadas pelo desastre dos opioides.

A sentença lançou luz sobre dois desafios que os demandantes dos casos dos opioides enfrentam: como calcular o custo dos danos causados pelos opioides e como atribuir culpa.

Essas questões estão no centro de milhares de processos em torno dos opioides movidos por cidades, condados e estados de todo o país contra uma gama muito mais ampla de fabricantes de medicamentos, bem como de distribuidores e redes de farmácias.

A multa revisada da J&J, por sua vez, pode sinalizar que as expectativas para pagamentos colossais precisam ser gerenciadas com mais cuidado. Mesmo em agosto, quando Balkman chegou à quantia mais alta, as ações da empresa tiveram bom desempenho, sugerindo que os acionistas consideravam o valor relativamente baixo.(...)


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Atraso no Fasb

Na sexta, o Fasb comunicou o atraso nas datas dos novos padrões de leasing, hedge, perdas esperadas e contratos de seguros de longo prazo. As novas datas serão as seguintes. Nem todas entidades serão beneficiadas com a postergação das datas. A norma de Hedge somente será válida para exercícios após 15 de dezembro de 2020, mas somente para empresas de capital fechado. Leasing será também nesta data, um aumento de um ano no prazo. As perdas de crédito terá como data efetiva 15 de dezembro, mas de 2022, em lugar deste ano. Seguros terá como data efetiva para inicio o ano de 2021 e 2023, dependendo do tipo de entidade.

As mudanças são decorrentes da preocupação das empresas. Em maio foi feita a solicitação ao Fasb, agora acatada.

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Por que o Brasil está perdendo interesse em sua seleção?

Por que o Brasil está perdendo interesse em sua seleção?
Joshua Law - SportsMoney

Entre eles, Brasil e Argentina dividem sete Copas do Mundo e produziram sem dúvida os três maiores jogadores da história do futebol. Quando eles se encontram, é um dos jogos mais significativos do mundo. Ou, pelo menos, deveria ser.

Mas 48 horas antes das duas equipes se encontrarem na sexta-feira à tarde - uma vitória da Argentina de 1 a 0, decidida pelo gol de Lionel Messi -, uma rápida leitura dos sites de esportes mais populares do Brasil lhe daria pouca indicação de que houvesse até um jogo acontecendo.

Havia um artigo sobre a seleção potencial de equipes de Tite no Globo Esporte. Em outros lugares, o jogo foi deixado de lado para uma infinidade de relatos sobre a próxima final da Copa Libertadores, Lewis Hamilton e Rafael Nadal.

Em um país supostamente louco por futebol, a falta de atenção foi impressionante. Mas o descontentamento da população com a Seleção vem fervendo há algum tempo.

Jogar amistosos em terras longínquas tornou-se comum no Brasil. No último intervalo com jogos de seleções, eles viajaram para Cingapura para jogar contra o Senegal e a Nigéria. Em setembro, a equipe brasileira podia ser encontrada jogando nos EUA.

A Seleção joga amistosos fora do Brasil porque a CBF, federação brasileira de futebol, terceirizou a organização dos jogos para uma empresa britânica chamada Pitch International.

A Pitch detém o direito de organizar tudo, desde a localização da partida, os hotéis da equipe e as instalações de treinamento. Eles então vendem a oportunidade de receber o time de futebol mais negociável do mundo, pelo maior lance.

Este mês, isso significou viajar para a Arábia Saudita e Abu Dhabi, onde o Brasil joga com a Coréia do Sul na terça-feira.

O acordo foi firmado em 2012, no final do reinado do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixera, que renunciou após uma série de alegações de corrupção e lavagem de dinheiro, e vai até 2022.

O efeito para os fãs é que os distancia, tanto física quanto emocionalmente, da equipe. Eles não podem ver o time jogando ao vivo no estádio e, com os jogos ocorrendo do outro lado do planeta, costumam ser difíceis de assistir na televisão. A partida contra o Senegal, em Cingapura, por exemplo, aconteceu às 9h, horário de Brasília, em um dia útil.

Após esse jogo, o técnico do Brasil, Tite, deixou claro seu descontentamento com Pitch. “O que mais me chateou foi a falta de respeito que a Pitch mostrou ao Brasil e ao Senegal”, reclamou ele, “não nos deixando treinar no campo [antes do jogo]. Jogadores de alto nível precisam de mais respeito. ”

Depois do jogo do Brasil contra o Peru, em setembro, disputado no Coliseu do Memorial de Los Angeles, ele fez uma observação semelhante: “A Pitch precisa cuidar disso. Deve haver um campo melhor para se jogar. Não podemos fazer um ótimo show em território como este. ”

Apesar dos problemas, não há como sair do contrato com a empresa britânica. Nenhuma cláusula de indenização foi inserida no acordo inicial e a recusa em atender às demandas da Pitch acarretaria uma batalha legal que poderia custar à CBF centenas de milhões de dólares.

Além dos jogos serem disputados em locais distantes e em momentos inconvenientes, o sentimento de desinteresse é acentuado pelo fato de a maioria da equipe não jogar em clubes brasileiros.

O dinheiro e, portanto, o nível mais alto de futebol, pode ser encontrado na Europa Ocidental, de modo que o continente atrai os melhores jogadores do maior país da América do Sul. Como os fãs brasileiros não os veem jogando regularmente, eles sentem pouco apego emocional.

E mesmo quando jogadores de clubes brasileiros são convocados, isso costuma ser visto como um inconveniente mais do que uma recompensa ou privilégio.

O calendário brasileiro de futebol é tão cheio de jogos que a competição doméstica continua durante as datas internacionais da FIFA, o que significa que os jogadores que jogam pelo Brasil estão fazendo isso às custas das instituições que pagam seus salários.

Finalmente, houve uma queda acentuada no desempenho do Brasil nos últimos meses. Desde que conquistou o troféu da Copa América no Rio de Janeiro em julho, o time de Tite disputou cinco jogos e não venceu nenhuma vez. É a primeira vez que a Seleção está em um período tão longo sem vitórias desde 1991.(...)