Ao comentar sobre uma possível fusão entre duas editoras de livros didáticos, um texto do The Conversation de Naomi Baron trata de uma questão delicada: a transição do material impresso para o digital.
Segundo Baron:
(...) os alunos aprendem melhor usando livros impressos ou digitais. Os alunos dizem que geralmente preferem estudar textos impressos em vez de digitais.
Em dois estudos internacionais com estudantes universitários - incluindo um que eu conduzi e outro liderado por Diane Mizrachi -, os alunos disseram esmagadoramente que aprendem melhor com impressão. Meus colegas e eu recebemos a mesma resposta em um estudo que fizemos com alunos do ensino médio e do ensino médio na Noruega. Nos três estudos, os alunos reclamaram que se distraíam ao ler digitalmente.
Uma análise de vários estudos sobre o tema concluiu que, em geral, os alunos tiveram um melhor desempenho ao responder perguntas sobre uma passagem de leitura, se a liam impressa, não digitalmente. No entanto, essas descobertas às vezes dependem do tipo de perguntas feitas ou da quantidade de tempo que os alunos passam lendo.
As pesquisadores Patricia Alexander e Lauren Singer Trakhman mostraram que os alunos se saem igualmente bem com impressão e digital quando perguntas são feitas sobre a ideia principal de uma passagem. No entanto, se for solicitado aos alunos pontos-chave mais detalhados, eles se sairão melhor na impressão. Ironicamente, se você perguntar a esses mesmos alunos sobre o meio em que eles acham que tiveram notas mais altas, eles dizem que são digitais - mesmo que o oposto seja verdadeiro.
Sobre isto, uma questão que interessa é a apresentação de informações contábeis. Afinal, meio digital ou impresso. Particularmente, eu prefiro impresso. Sou assinante de jornais e geralmente olho os balanços publicados. Mas raramente entro em um site para ler uma versão digital.
Recentemente o governo adotou medidas para reduzir o custo contábil das empresas, que incluía a não obrigatoriedade de publicação em jornais. Uma consequência indireta da medida talvez esteja no texto acima: as pessoas irão ler menos ou com menor atenção as demonstrações.
Sobre este assunto, novamente recomendo a dissertação de José Mauro Soares que mostrou que a tela conduz a piores decisões na contabilidade. Em diferentes situações.
04 novembro 2019
03 novembro 2019
Razões para NÃO investir na Aramco
A Forbes apresenta dez razões para NÃO investir na Saudi Aramco
1. Risco Geopolítico
Um ataque de mísseis no dia 14 de setembro desabilitou duas das maiores joias da Saudi Aramco, a planta de estabilização de petróleo Abqaiq e o campo petrolífero Khurais. Já se foi o tempo em que as ameaças ao fluxo de petróleo na Arábia Saudita seriam o suficiente para aumentar o preço do produto. Depois de saltar 20% com o ataque a Abqaiq, o petróleo bruto caiu para US$ 60, mais baixo do que antes. Em meio a tensões, o presidente norte-americano Donald Trump parece estar cansado de proteger o país, e a batalha do Iêmen mostra que os sauditas não conseguiriam se defender em uma guerra contra o Irã. Amrita Sen, da consultoria Energy Aspects, afirma: “A possibilidade de ataques no futuro é real e afeta o mercado”.
2. Crescimento zero
Na área de commodities, é preciso ter escala para competir. Mas, quando você consegue atingir essa escala, o crescimento fica travado pela lei dos números grandes. Uma empresa pequena pode rapidamente dobrar de tamanho e valor, mas a Aramco não pode. Sua produção está estagnada ao redor dos 10 milhões de barris por dia desde 2014. E, mesmo antes dos ataques a Abqaiq, a empresa era obrigada a usar menos de 90% de sua capacidade para satisfazer um acordo de redução de volumes da Opep, a Organização dos Países Produtores de Petróleo. No primeiro semestre de 2019, a renda líquida e investimento de capital da Aramco caíram 12%, para US$ 47 bilhões e US$ 14,5 bilhões, respectivamente. De acordo com a análise da Bernstein Research, a Aramco não terá fundos suficientes neste ano para pagar dividendos vindos de fluxo de caixa, então, terá de fazer empréstimos para honrar os pagamentos.
3 . Nenhuma autonomia
A empresa, ativa ou não na Opep, age como uma ferramenta primária da política de petróleo saudita, com o rei, não o conselho, tomando as decisões”, afirma Bill Farren-Price, diretor da RS Energy Group. Na preparação para a abertura de capital, o rei Salman diminuiu os níveis de impostos da Aramco de 80% para 50% em 2017, fazendo com que a companhia tivesse de pagar “apenas” US$ 100 bilhões em tributos ao reinado em 2018. A Aramco promete dividendos de pelo menos US$ 75 bilhões por ano aos acionistas assim que suas ações forem a público, mas, com os problemas orçamentários da Arábia Saudita, esses números podem ser cortados por decreto real.
4. Dúvidas sobre avaliação
O príncipe Mohammad bin Salman regularmente avaliava a Aramco em US$ 2 trilhões. Esse valor sempre foi alto demais. As maiores e mais bem geridas empresas de petróleo do mundo fazem negócios com rendimento de dividendos perto dos 5% (Exxon 5%, Chevron 4%, Shell 6,5%,Total 5,6%, Sinopec 8%). Para gerar um rendimento de 5% nos US$ 75 bilhões de dividendo, a avaliação do valor de mercado deve chegar na ordem do US$ 1,5 trilhão. Em uma base de preço/rendimento, aplicar a mega taxa sobre P/R de 15 ao rendimento líquido de aproximadamente US$ 100 bilhões chega no mesmo valor de US$ 1,5 trilhão.
5. Alternativas em excesso
Até mesmo US$ 1,5 trilhão deve ser um valor muito alto, considerando que o mundo não precisa de mais nenhuma petroleira gigante, controlada pelo Estado e com capital aberto. Por exemplo, a Gazprom, a PetroChina e a Petrobras sofreram com escândalos de corrupção e perderam pelo menos 40% de valor na última década. A Equinor, gigante norueguesa conhecida anteriormente como Statoil, é considerada a gigante petrolífera estatal mais bem administrada. Ela perdeu apenas 20% de valor na última década e fez grandes avanços na redução da intensidade de carbono em suas operações, uma clara vantagem competitiva.
6. Erros no tratamento do capital
No final de 2017, o príncipe prendeu dezenas de bilionários e magnatas sauditas e os instalou em uma prisão extravagante no The Ritz-Carlton, em Riyadh. Dentre os presos, estavam capitalistas famosos, como o príncipe Alwaleed bin Talal, conhecido há tempos por seus investimentos astutos nas últimas décadas. Mohammad bin Salman retirou ativos no valor de US$ 100 bilhões deles sem nenhum precedente legal. Não há mais sauditas na lista de bilionários globais da Forbes. O príncipe Alwaleed declarou que o preço de sua liberdade foi de US$ 6 bilhões. Antes figura conhecida na CNBC, ele pouco tem sido visto. Se esse é o tratamento que empreendedores de sucesso recebem na Arábia Saudita, existe razão para ser um? Capital apenas flui para lugares onde é bem tratado e protegido pela lei. Em 2016, a Arábia Saudita atraiu US$ 7,4 bilhões em investimentos estrangeiros diretos. Em 2017, o FDI afundou para US$ 1,4 bilhão, recuperando-se apenas em 2018 para US$ 3,2 bilhões. O Grupo Banco Mundial coloca a Arábia Saudita como o país 92 entre 190 no quesito facilidade de fazer negócios. Existem muitos outros lugares para investir.
7. Poder dos perfuradores norte-americanos
Se é absolutamente necessário para você possuir ativos de petróleo e gás, não é melhor que estejam em lugares politicamente estáveis como Texas ou Novo México, onde os direitos de propriedade são sacrossantos, contratos são mantidos pelo Estado de Direito e a probabilidade de ataques irreparáveis de mísseis são ironicamente baixos? Perfuradores norte-americanos descobriram enormes reservas na última década que agora estão à venda, com preços 50% ou mais baratos do que no ano passado. A Apache Corp. caiu 50%, a Occidental Petroleum 44%, e a EOG Resources 17%, em relação aos níveis do ano anterior. Todos têm muito mais espaço para crescer do que a Aramco e não são sobrecarregados com a pressão de ser um cofrinho real.
8. Que direitos humanos?
O assassinato do colunista do “Washington Post” Jamal Khashoggi no ano passado ainda ganha manchetes, mas não se pode acreditar por um segundo que ele foi o primeiro dissidente morto e desmembrado por uma equipe de assassinos sauditas. Ao mesmo tempo que o príncipe MbS acha que pode aplacar a liberalização concedendo às mulheres permissão para dirigir, ele aprisiona o ativista Loujain al-Hathloul por mais de um ano. As mulheres continuam sendo cidadãs de segunda classe e devem cobrir a cabeça em público. Não há pluralismo religioso, liberdade de reunião ou expressão. O álcool é proibido. Mas agora você pode obter um visto de turista para ver como essa monarquia absoluta mantém seus 30 milhões de súditos alinhados.
9. Poder absoluto corrompe
Em um país que proíbe toda oposição política, quando a mudança finalmente chegar ao reino, não será ordenada. Em uma conversa no final de 2017, Khashoggi me disse que não era um revolucionário. “Eu não sou contra o sistema. Sem a monarquia, o país inteiro entraria em colapso”, afirmou. O que ele mais queria para a Arábia Saudita eram as liberdades que se tem como garantidas nos Estados Unidos. “Gostaria de ter liberdade de expressão.”
10. Era do petróleo está no fim
O mundo nunca usou mais petróleo. São cerca de 101 milhões de barris por dia. E há muito mais de onde isso veio, graças aos avanços na perfuração direcional e no fraturamento hidráulico. O mundo está cheio de petróleo agora mesmo após o quase total colapso da Venezuela (que tem ainda mais matéria-prima do que a Arábia Saudita) e o bloqueio ao petróleo iraniano. Quando o “pico petrolífero” chegar nos próximos 25 anos, será por conta não de suprimento inadequado, mas de demanda sem brilho, impulsionada pela adoção de veículos elétricos. Isso estripará o preço do petróleo e, com ele, o valor das reservas da Aramco. Considerando que, atualmente, a Aramco bombeia cerca de 4 bilhões de barris por ano, as reivindicações sauditas de há 260 a 300 bilhões de barris em reservas comprovadas de petróleo devem ser vistas com dúvidas. Não há valor em um barril de petróleo de um solo que ninguém conseguirá perfurar por 50 anos.
Fonte: Forbes
1. Risco Geopolítico
Um ataque de mísseis no dia 14 de setembro desabilitou duas das maiores joias da Saudi Aramco, a planta de estabilização de petróleo Abqaiq e o campo petrolífero Khurais. Já se foi o tempo em que as ameaças ao fluxo de petróleo na Arábia Saudita seriam o suficiente para aumentar o preço do produto. Depois de saltar 20% com o ataque a Abqaiq, o petróleo bruto caiu para US$ 60, mais baixo do que antes. Em meio a tensões, o presidente norte-americano Donald Trump parece estar cansado de proteger o país, e a batalha do Iêmen mostra que os sauditas não conseguiriam se defender em uma guerra contra o Irã. Amrita Sen, da consultoria Energy Aspects, afirma: “A possibilidade de ataques no futuro é real e afeta o mercado”.
2. Crescimento zero
Na área de commodities, é preciso ter escala para competir. Mas, quando você consegue atingir essa escala, o crescimento fica travado pela lei dos números grandes. Uma empresa pequena pode rapidamente dobrar de tamanho e valor, mas a Aramco não pode. Sua produção está estagnada ao redor dos 10 milhões de barris por dia desde 2014. E, mesmo antes dos ataques a Abqaiq, a empresa era obrigada a usar menos de 90% de sua capacidade para satisfazer um acordo de redução de volumes da Opep, a Organização dos Países Produtores de Petróleo. No primeiro semestre de 2019, a renda líquida e investimento de capital da Aramco caíram 12%, para US$ 47 bilhões e US$ 14,5 bilhões, respectivamente. De acordo com a análise da Bernstein Research, a Aramco não terá fundos suficientes neste ano para pagar dividendos vindos de fluxo de caixa, então, terá de fazer empréstimos para honrar os pagamentos.
3 . Nenhuma autonomia
A empresa, ativa ou não na Opep, age como uma ferramenta primária da política de petróleo saudita, com o rei, não o conselho, tomando as decisões”, afirma Bill Farren-Price, diretor da RS Energy Group. Na preparação para a abertura de capital, o rei Salman diminuiu os níveis de impostos da Aramco de 80% para 50% em 2017, fazendo com que a companhia tivesse de pagar “apenas” US$ 100 bilhões em tributos ao reinado em 2018. A Aramco promete dividendos de pelo menos US$ 75 bilhões por ano aos acionistas assim que suas ações forem a público, mas, com os problemas orçamentários da Arábia Saudita, esses números podem ser cortados por decreto real.
4. Dúvidas sobre avaliação
O príncipe Mohammad bin Salman regularmente avaliava a Aramco em US$ 2 trilhões. Esse valor sempre foi alto demais. As maiores e mais bem geridas empresas de petróleo do mundo fazem negócios com rendimento de dividendos perto dos 5% (Exxon 5%, Chevron 4%, Shell 6,5%,Total 5,6%, Sinopec 8%). Para gerar um rendimento de 5% nos US$ 75 bilhões de dividendo, a avaliação do valor de mercado deve chegar na ordem do US$ 1,5 trilhão. Em uma base de preço/rendimento, aplicar a mega taxa sobre P/R de 15 ao rendimento líquido de aproximadamente US$ 100 bilhões chega no mesmo valor de US$ 1,5 trilhão.
5. Alternativas em excesso
Até mesmo US$ 1,5 trilhão deve ser um valor muito alto, considerando que o mundo não precisa de mais nenhuma petroleira gigante, controlada pelo Estado e com capital aberto. Por exemplo, a Gazprom, a PetroChina e a Petrobras sofreram com escândalos de corrupção e perderam pelo menos 40% de valor na última década. A Equinor, gigante norueguesa conhecida anteriormente como Statoil, é considerada a gigante petrolífera estatal mais bem administrada. Ela perdeu apenas 20% de valor na última década e fez grandes avanços na redução da intensidade de carbono em suas operações, uma clara vantagem competitiva.
6. Erros no tratamento do capital
No final de 2017, o príncipe prendeu dezenas de bilionários e magnatas sauditas e os instalou em uma prisão extravagante no The Ritz-Carlton, em Riyadh. Dentre os presos, estavam capitalistas famosos, como o príncipe Alwaleed bin Talal, conhecido há tempos por seus investimentos astutos nas últimas décadas. Mohammad bin Salman retirou ativos no valor de US$ 100 bilhões deles sem nenhum precedente legal. Não há mais sauditas na lista de bilionários globais da Forbes. O príncipe Alwaleed declarou que o preço de sua liberdade foi de US$ 6 bilhões. Antes figura conhecida na CNBC, ele pouco tem sido visto. Se esse é o tratamento que empreendedores de sucesso recebem na Arábia Saudita, existe razão para ser um? Capital apenas flui para lugares onde é bem tratado e protegido pela lei. Em 2016, a Arábia Saudita atraiu US$ 7,4 bilhões em investimentos estrangeiros diretos. Em 2017, o FDI afundou para US$ 1,4 bilhão, recuperando-se apenas em 2018 para US$ 3,2 bilhões. O Grupo Banco Mundial coloca a Arábia Saudita como o país 92 entre 190 no quesito facilidade de fazer negócios. Existem muitos outros lugares para investir.
7. Poder dos perfuradores norte-americanos
Se é absolutamente necessário para você possuir ativos de petróleo e gás, não é melhor que estejam em lugares politicamente estáveis como Texas ou Novo México, onde os direitos de propriedade são sacrossantos, contratos são mantidos pelo Estado de Direito e a probabilidade de ataques irreparáveis de mísseis são ironicamente baixos? Perfuradores norte-americanos descobriram enormes reservas na última década que agora estão à venda, com preços 50% ou mais baratos do que no ano passado. A Apache Corp. caiu 50%, a Occidental Petroleum 44%, e a EOG Resources 17%, em relação aos níveis do ano anterior. Todos têm muito mais espaço para crescer do que a Aramco e não são sobrecarregados com a pressão de ser um cofrinho real.
8. Que direitos humanos?
O assassinato do colunista do “Washington Post” Jamal Khashoggi no ano passado ainda ganha manchetes, mas não se pode acreditar por um segundo que ele foi o primeiro dissidente morto e desmembrado por uma equipe de assassinos sauditas. Ao mesmo tempo que o príncipe MbS acha que pode aplacar a liberalização concedendo às mulheres permissão para dirigir, ele aprisiona o ativista Loujain al-Hathloul por mais de um ano. As mulheres continuam sendo cidadãs de segunda classe e devem cobrir a cabeça em público. Não há pluralismo religioso, liberdade de reunião ou expressão. O álcool é proibido. Mas agora você pode obter um visto de turista para ver como essa monarquia absoluta mantém seus 30 milhões de súditos alinhados.
9. Poder absoluto corrompe
Em um país que proíbe toda oposição política, quando a mudança finalmente chegar ao reino, não será ordenada. Em uma conversa no final de 2017, Khashoggi me disse que não era um revolucionário. “Eu não sou contra o sistema. Sem a monarquia, o país inteiro entraria em colapso”, afirmou. O que ele mais queria para a Arábia Saudita eram as liberdades que se tem como garantidas nos Estados Unidos. “Gostaria de ter liberdade de expressão.”
10. Era do petróleo está no fim
O mundo nunca usou mais petróleo. São cerca de 101 milhões de barris por dia. E há muito mais de onde isso veio, graças aos avanços na perfuração direcional e no fraturamento hidráulico. O mundo está cheio de petróleo agora mesmo após o quase total colapso da Venezuela (que tem ainda mais matéria-prima do que a Arábia Saudita) e o bloqueio ao petróleo iraniano. Quando o “pico petrolífero” chegar nos próximos 25 anos, será por conta não de suprimento inadequado, mas de demanda sem brilho, impulsionada pela adoção de veículos elétricos. Isso estripará o preço do petróleo e, com ele, o valor das reservas da Aramco. Considerando que, atualmente, a Aramco bombeia cerca de 4 bilhões de barris por ano, as reivindicações sauditas de há 260 a 300 bilhões de barris em reservas comprovadas de petróleo devem ser vistas com dúvidas. Não há valor em um barril de petróleo de um solo que ninguém conseguirá perfurar por 50 anos.
Fonte: Forbes
02 novembro 2019
Viés da Atribuição
Sobre o viés da atribuição, uma resposta no Quora
Você por acaso reconhece alguns desses cenários?
Quando a Letícia é responsável por algo ruim, você atribuiu aquele evento à personalidade dela.
Ela foi mal na prova?
Ela é preguiçosa e não estuda.
Ela te cortou na estrada?
Ela é arrogante e imprudente.
Ela se atrasou para o combinado?
Ela não respeita o tempo das pessoas.
Mas mal sabia você que ela foi mal no teste porque o seu cachorro morreu.
E que ela te ultrapassou porque a sua filha estava no hospital.
E que ela estava atrasada ao encontro porque o carro dela quebrou.
Ainda sim, quando esses mesmos eventos acontecem com você, você atribui eles a fatores circunstanciais fora do seu controle. Você não atribuiu esses eventos a sua personalidade como quando você fez com a Letícia.
Isso é chamado de Viés de Atribuição.
Você foi mal no teste?
Professor incompetente e questões difíceis!
Você cortou a Letícia na estrada?
Não tinha o que fazer, você estava atrasado para algo importante!
Você estava muito atrasado para o encontro?
Bom, você teve que passar no posto para abastecer!
Leva menos de 10 segundos para ter consciência que esse tipo de pensamento tendencioso existe nas suas decisões, e é na verdade uma armadilha muito fácil de cair.
Reconhecer que o viés de atribuição existe e evitar o seu pensamento preconceituoso é um passo necessário para se desenvolver empatia.
A empatia é muito importante para diminuir a nossa ignorância e preconceito para que possamos nos tornar uma sociedade melhor.
O que eu posso aprender agora em 10 segundos que será útil para o resto da minha vida?
Peter Heinz - estudou em Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2018) - Tradutor ·Traduzido em 21 de outubro
Kevin Luo - BBA, Business Administration, University of Michigan Ross School of Business (2017) - Original author
Você por acaso reconhece alguns desses cenários?
- Quando a Letícia tirou nota 2 na prova, você automaticamente assumiu que foi porque ela era preguiçosa e não se importou em estudar.
Mas quando você tirou 2 em uma prova, foi porque o professor não te ensinou bem a matéria e as questões da prova eram muito difíceis. - Quando a Letícia te cortou na estrada, você automaticamente assumiu que ela era arrogante, desagradável e imprudente.
Mas quando você cortou a Letícia na estrada, é porque você tinha que ir à algum lugar e estava com pressa. - Quando a Letícia chegou atrasada para o encontro, você automaticamente assumiu que ela simplesmente não se importava com a sua companhia ou com o seu tempo.
Mas quando você chegou atrasado para encontrar com ela na manhã seguinte, é porque o seu carro estava sem gasolina e você teve que parar em um posto para abastecer.
Quando a Letícia é responsável por algo ruim, você atribuiu aquele evento à personalidade dela.
Ela foi mal na prova?
Ela é preguiçosa e não estuda.
Ela te cortou na estrada?
Ela é arrogante e imprudente.
Ela se atrasou para o combinado?
Ela não respeita o tempo das pessoas.
Mas mal sabia você que ela foi mal no teste porque o seu cachorro morreu.
E que ela te ultrapassou porque a sua filha estava no hospital.
E que ela estava atrasada ao encontro porque o carro dela quebrou.
Ainda sim, quando esses mesmos eventos acontecem com você, você atribui eles a fatores circunstanciais fora do seu controle. Você não atribuiu esses eventos a sua personalidade como quando você fez com a Letícia.
Isso é chamado de Viés de Atribuição.
Você foi mal no teste?
Professor incompetente e questões difíceis!
Você cortou a Letícia na estrada?
Não tinha o que fazer, você estava atrasado para algo importante!
Você estava muito atrasado para o encontro?
Bom, você teve que passar no posto para abastecer!
Leva menos de 10 segundos para ter consciência que esse tipo de pensamento tendencioso existe nas suas decisões, e é na verdade uma armadilha muito fácil de cair.
Reconhecer que o viés de atribuição existe e evitar o seu pensamento preconceituoso é um passo necessário para se desenvolver empatia.
A empatia é muito importante para diminuir a nossa ignorância e preconceito para que possamos nos tornar uma sociedade melhor.
O que eu posso aprender agora em 10 segundos que será útil para o resto da minha vida?
Peter Heinz - estudou em Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2018) - Tradutor ·Traduzido em 21 de outubro
Kevin Luo - BBA, Business Administration, University of Michigan Ross School of Business (2017) - Original author
01 novembro 2019
Emissão CO2
O gráfico apresenta a emissão de CO2. Quanto mais escuro, maior a emissão. O Brasil emite pouco, mas o problema é a evolução. Logo após a II Guerra a emissão era de 0,16 t per capita. Em 1970 chegou a 1 tonelada. Vinte anos depois, em 1990, 1,39 t. No início do novo século, 1,87 t. E agora, 2,27. Mas bem abaixo de 16,24 dos EUA. Ou 19,28 t da Arábia Saudita.
A Inglaterra chegou a emitir 11,23 antes da I Guerra. E agora 5,81 t.
A Inglaterra chegou a emitir 11,23 antes da I Guerra. E agora 5,81 t.
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