08 outubro 2019
07 outubro 2019
Redes Sociais
No site do Our World in Data alguns gráficos interessantes sobre as redes sociais:
Para iniciar, o número de pessoas que estão usando as redes é impressionante. Só o Facebook são 2,26 bilhões, um pouco acima do You Tube (1,9 bi).
Para iniciar, o número de pessoas que estão usando as redes é impressionante. Só o Facebook são 2,26 bilhões, um pouco acima do You Tube (1,9 bi).
Este uso varia conforme a idade. Snapchat e Instagram são redes dos jovens. Face e Youtube da turma mais vivida.
O Pin é mais feminino, assim como o Instagram. Reddit é mais masculino.
O uso de rede social varia conforme o pais. Nos países ricos, quase 100% usam.
O número de horas diárias em celulares tem aumentado. Nos Estados Unidos, as pessoas passam, em média, mais de seis horas em mídia digital.
Na Holanda os jovens gastavam seis horas por dia na internet.
Enquanto o rádio levou anos para ser 100% adotado nas casas dos EUA, o celular já atingiu este percentual em menos de 30 anos. E a rede social em menos de 20 anos. O leitor de livros parece ter estabilizado na faixa de 30%.
Este é o gráfico de crescimento das redes sociais: Facebook, que nasceu em 2008, é a maior rede.
06 outubro 2019
A/B Testing em Starups
Recent work argues that experimentation is the appropriate framework for entrepreneurial strategy. We investigate this proposition by exploiting the time-varying adoption of A/B testing technology, which has drastically reduced the cost of experimentally testing business ideas. This paper provides the first evidence of how digital experimentation affects the performance of a large sample of high-technology startups using data that tracks their growth, technology use, and product launches. We find that, despite its prominence in the business press, relatively few firms have adopted A/B testing. However, among those that do, we find increased performance on several critical dimensions, including page views and new product features. Furthermore, A/B testing is positively related to tail outcomes, with younger ventures failing faster and older firms being more likely to scale. Firms with experienced managers also derive more benefits from A/B testing. Our results inform the emerging literature on entrepreneurial strategy and how digitization and data-driven decision-making are shaping strategy. (Experimentation and Startup Performance: Evidence from A/B testing
Rembrand Koning, Sharique Hasan, and Aaron Chatterji, NBER 26278, set 2019)
O A/B testing tem sido muito usado no mundo atual. Funciona da seguinte maneira: é feita uma mudança em um produto ou serviço. Suponha uma loja na internet. A empresa altera as cores do site. Para metade dos clientes é dado o acesso a esta nova versão; para os demais, a situação atual. Passado alguns dias, compara-se o desempenho do site, nova versão versus anterior. Se ocorreu um ganho nas compras médias ou no tempo de permanência ou na seleção de produtos mais rentáveis, a alteração é implantada. O teste supõe que a empresa deva ter novas ideias para serem testadas.
Os autores tomaram uma base de 35 mil starups de todo o mundo. Foram usadas as bases Chunchbase Pro, Builtwith e SimilarWeb. Os autores concluíram que poucas starups usam o teste. E aquelas que usam terminam por ter vantagens de crescimento.
Um aspecto importante, destacado pelos autores: há uma diferença entre experimentação e A/B testing. A experimentação inclui ter alternativas, testar e selecionar a mais adequada. A queda no custo do teste é um motivador, mas a experimentação só existe com ideias.
Rembrand Koning, Sharique Hasan, and Aaron Chatterji, NBER 26278, set 2019)
O A/B testing tem sido muito usado no mundo atual. Funciona da seguinte maneira: é feita uma mudança em um produto ou serviço. Suponha uma loja na internet. A empresa altera as cores do site. Para metade dos clientes é dado o acesso a esta nova versão; para os demais, a situação atual. Passado alguns dias, compara-se o desempenho do site, nova versão versus anterior. Se ocorreu um ganho nas compras médias ou no tempo de permanência ou na seleção de produtos mais rentáveis, a alteração é implantada. O teste supõe que a empresa deva ter novas ideias para serem testadas.
Os autores tomaram uma base de 35 mil starups de todo o mundo. Foram usadas as bases Chunchbase Pro, Builtwith e SimilarWeb. Os autores concluíram que poucas starups usam o teste. E aquelas que usam terminam por ter vantagens de crescimento.
Um aspecto importante, destacado pelos autores: há uma diferença entre experimentação e A/B testing. A experimentação inclui ter alternativas, testar e selecionar a mais adequada. A queda no custo do teste é um motivador, mas a experimentação só existe com ideias.
05 outubro 2019
Juca Bala, contador e doleiro
Muito interessante esta reportagem, A da Folha tbm.
No esforço de adaptar a família à nova vida, Vinicius Claret Vieira Barreto compareceu em 2004 a um evento da escola dos filhos, em Montevidéu, Uruguai. Ao chegar, foi apresentado pelo diretor do colégio a outro brasileiro, também pai de aluno. Sem combinar nada, ambos expressaram surpresa. Era puro fingimento. Já se conheciam havia tempo das mesas de câmbio paralelas do Brasil. Eram doleiros e, depois do escândalo provocado pelo caso Banestado, tiveram de se mudar às pressas para o país vizinho, a fim de continuarem operando sob o manto do paraíso fiscal. Na nova vida, a clandestinidade era um cuidado fundamental.
Embora se incomode um pouco com o apelido, Barreto é Juca Bala, o doleiro que — ao lado do sócio Cláudio Fernando Barboza de Souza, o Tony — operou do Uruguai, durante 13 anos, US$ 1,65 bilhão em contas milionárias de brasileiros. Um deles foi o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que teria confiado à dupla US$ 100 milhões de sua máquina de fabricar propina. Para agirem tanto tempo impunemente, eles seguiram duas regras primordiais: segredo e confiança. O sistema da dupla operava com uma contabilidade em que até os centavos tinham de bater. Outro cuidado era agir na invisibilidade, quase nunca saindo e jamais recebendo visitantes ou organizando festas em casa no Uruguai.
No esforço de adaptar a família à nova vida, Vinicius Claret Vieira Barreto compareceu em 2004 a um evento da escola dos filhos, em Montevidéu, Uruguai. Ao chegar, foi apresentado pelo diretor do colégio a outro brasileiro, também pai de aluno. Sem combinar nada, ambos expressaram surpresa. Era puro fingimento. Já se conheciam havia tempo das mesas de câmbio paralelas do Brasil. Eram doleiros e, depois do escândalo provocado pelo caso Banestado, tiveram de se mudar às pressas para o país vizinho, a fim de continuarem operando sob o manto do paraíso fiscal. Na nova vida, a clandestinidade era um cuidado fundamental.
Embora se incomode um pouco com o apelido, Barreto é Juca Bala, o doleiro que — ao lado do sócio Cláudio Fernando Barboza de Souza, o Tony — operou do Uruguai, durante 13 anos, US$ 1,65 bilhão em contas milionárias de brasileiros. Um deles foi o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que teria confiado à dupla US$ 100 milhões de sua máquina de fabricar propina. Para agirem tanto tempo impunemente, eles seguiram duas regras primordiais: segredo e confiança. O sistema da dupla operava com uma contabilidade em que até os centavos tinham de bater. Outro cuidado era agir na invisibilidade, quase nunca saindo e jamais recebendo visitantes ou organizando festas em casa no Uruguai.
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04 outubro 2019
Melhores cursos de ciências contábeis do Brasil
Se você é daqueles que acredita em rating, eis a relação do pessoal que substituiu o Guia do Estudante e agora publicada no Estadão:
O que acho? É uma lista grande, com muitas instituições que não conheço. Mas há ausências que comprometem a seriedade do raking: onde está a UnB, a UFPB, a UFRJ, a UFRGS, entre outras. A UFRN aparece no campus de Caicó, mas não de Natal. Tudo tão estranho. E erros grosseiros, como colocar a UFCG, de Sousa, no Pará.
Como foram muitas instituições analisadas, talvez para cada uma delas tenha existido somente um avaliador. Outra possível explicação: em geral o e-mail é encaminha para o setor responsável da administração da universidade. Este distribui entre os coordenadores. Pode ter existido falta de empenho (ou desinteresse) do setor no processo.
03 outubro 2019
Thomas Cook e seu auditor
Recentemente, a empresa de viagens do Reino Unido, Thomas Cook, faliu. Geralmente quando isto ocorreu, os olhares foram para o relatório do auditor. A fiscalização daquele país, o Financial Reporting Council, começou analisar o papel da empresa de auditoria, a EY, na última demonstração contábil.
A empresa tinha quase 180 anos de existência, com nove mil funcionários e 150 mil turistas britânicos, no momento do problema. E três diretores financeiros nos últimos dois anos. E talvez com incentivos para recebimento de grande bônus.
A investigação não significa que o auditor tem culpa. Talvez tenha relação com a proposta de mudança recente na regulação naquele país, onde a FRC deve ser substituída na fiscalização contábil. Em maio, no relatório do auditor, a EY já alertava sobre a continuidade da Thomas Cook, em razão do prejuízo de 1,5 bilhão de libras.
A empresa tinha quase 180 anos de existência, com nove mil funcionários e 150 mil turistas britânicos, no momento do problema. E três diretores financeiros nos últimos dois anos. E talvez com incentivos para recebimento de grande bônus.
A investigação não significa que o auditor tem culpa. Talvez tenha relação com a proposta de mudança recente na regulação naquele país, onde a FRC deve ser substituída na fiscalização contábil. Em maio, no relatório do auditor, a EY já alertava sobre a continuidade da Thomas Cook, em razão do prejuízo de 1,5 bilhão de libras.
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