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01 outubro 2019

Mesmo com o Brexit, Reino Unido continuará adotando IFRS

Em uma reunião de contadores ocorrida em Londres (via site da Deloitte), uma comissão de representantes do governo do Reino Unido afirmou que após a saída do país da Comunidade Europeia, continuará adotando as normas internacionais de contabilidade, as IFRS.

Haverá algumas mudanças. As normas serão conhecidas como "padrões internacionais de contabilidade adotados no Reino Unido". A adoção não será feita via Comissão Europeia, obviamente. Mas através do próprio governo. Haverá uma entidade que irá fazer esta tarefa, assim como o FRC, atual entidade da área contábil, será substituído pelo Auditing, Reporting and Governance Authority (ARGA).

Rir é o melhor remédio

Procrastinação e internet

Pesquisa

Tabarrok sobre o uso de experimento natural:

1) In evaluating any study try to take into account the amount of background noise. That is, remember that the more hypotheses which are tested and the less selection [this is one reason why theory is important it strengthens selection, AT] which goes into choosing hypotheses the more likely it is that you are looking at noise.

2) Bigger samples are better. (But note that even big samples won’t help to solve the problems of observational studies which is a whole other problem).

3) Small effects are to be distrusted.

4) Multiple sources and types of evidence are desirable.

5) Evaluate literatures not individual papers.

6) Trust empirical papers which test other people’s theories more than empirical papers which test the author’s theory.

7) As an editor or referee, don’t reject papers that fail to reject the null.


Fonte: Aqui (mais aqui)

30 setembro 2019

Balanços em Jornais

O Ministério da Economia e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fixaram em 14 de outubro deste ano a data para que as publicações obrigatórias de empresas de capital aberto e fechado previstas na Lei das S.A, como balanços, passem a ser divulgadas apenas na internet e não mais em jornais diários de grande circulação, como determinou o presidente Jair Bolsonaro por meio da Medida Provisória 892, editada em agosto. (Fonte: Aqui)

O texto passa a impressão de que não será permitida a publicação em jornais de grande circulação. Isto é opcional para cada empresa, conforme o sumário executivo.

Gamificação

A gamificação é o uso de jogos para "cativar" as pessoas, por meio de desafios e bonificações. Esta é uma técnica antiga, mas que nos dias atuais tornou-se presente em diversas áreas, como ensino e trabalho.

Usa-se jogos para incentivar a aprendizagem de um estudante. Se ele passa de uma lição no Duolingo, ganha "lingotes". Mensagens de estímulo aparecem quando erra e felicitações quando acerta. O site informa quantos pontos você fez e as pessoas que mais fizeram pontos na semana ou mês. É um grande incentivo para você buscar aprender uma língua.

A gamificação está também nas relações trabalhistas. Recentemente, Sarah Mason escreveu um artigo para o Logic sobre isto. O texto não é acadêmico, mas traz algumas contribuições interessantes. Sarah é motorista de aplicativo e encontrou neste trabalho uma forma de sobrevivência. O aplicativo estabelece metas, parabeniza se você tiver boas notas, estabelece suas rotas e determina alguns bônus. Isto tudo é feito através do algoritmo da empresa. Para Mason, se existe algo real e quantificado, pode ser "gamificado".

Ela se pergunta qual a razão de buscar trabalhar muito para ter boas notas? Não recebe mais por isto. A gamificação manipula os seus sentimentos, induzindo a buscar notas mais altas. Segundo ela, nos dias atuais, entre o capital e o trabalho, há um algoritmo. Outra observação interessante é que um motorista de aplicativo, nos Estados Unidos, recebe um valor abaixo do salário mínimo da região. Mais ainda, o próprio Uber considera que o McDonald´s é seu grande "inimigo" na busca de trabalhadores. São reflexões interessantes e relevantes para os dias atuais.

Rir é o melhor remédio


29 setembro 2019

Mais informação para usuário é igual a melhor política pública?

O que fazer quando um serviço público não tem uma qualidade desejada? Diversas abordagens já foram tentadas, como auditoria, estabelecimento de meta de desempenho, entre outras. Uma das abordagens que tem sido defendida é dar condições ao usuário para que ele possa analisar o serviço que está sendo prestado. E uma forma de fazer isto é entregar informações ao usuário. Se o usuário conhecer melhor o serviço que está sendo prestado ele pode ser um crítico de sua qualidade. Assim, muitas políticas públicas tentaram "educar" o usuário, melhorando seu conhecimento sobre o tema da política pública.

Mas será que isto funciona? Se isto não funcionar, talvez a educação do usuário não seja uma estratégia interessante e estamos gastando dinheiro com esta abordagem. Veja que esta questão pode ajudar na discussão sobre "educação financeira" e outras tentativas de dar conhecimento as pessoas. A questão é como pesquisar isto. 

Uma pesquisa conseguiu isto para um público bem específico: os médicos. Usando dados de médicos que trabalham na área militar, três pesquisadores compararam os médicos como pacientes contra outros pacientes. Como os médicos conhecem (ou deveriam conhecer) sobre saúde, era esperado que o atendimento deste profissionais fosse diferente dos demais pacientes. Isto seria uma confirmação que ter informação pode ajudar na qualidade da política pública de saúde. 

Os pesquisadores compararam o médicos que atuam na área militar e perceberam que a diferença no atendimento é muito pequena. Não suficiente para fazer diferença dos demais pacientes. Assim, talvez fornecer informação para o usuário seja perda de tempo e gasto de dinheiro; isto não resolveria o problema da qualidade da política de saúde. 

Leia mais em Frakes, M, Gruber, J & JenaAnupam (2019).Is Great Information Good Enough? Evidencie from Physicians as patients(No. w26038). National Bureau of Economic Research.