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30 agosto 2019

KPMG e PCAOB: um resumo e um novo capítulo do escândalo

Um dos maiores escândalos na contabilidade mundial ocorreu quando alguns funcionários da empresa de auditoria KPMG obtiveram o roteiro de inspeção do órgão regulador. Agora, em agosto, alguns dos personagens foram condenados à prisão.

No próximo mês será a vez de outro partner da KPMG, que deverá também ser condenado. E em outubro, outro partner, ex-funcionário do PCAOB, entidade que investiga as empresas de auditoria, deve ser condenado. Eis aqui um cronograma de alguns dos fatos mais relevantes do escândalo:

2013 e 2014 - A PCAOB apresenta taxas de deficiências nas auditorias inspecionadas pelo PCAOB de 46% e 54%, nesta ordem. Os executivos da KPMG decidem enganar o sistema de regulação.
2015 - Holder, responsável pela inspeção das empresas de auditoria, sai do PCAOB para a KPMG, compartilhando informações confidenciais. Ela se torna diretora executiva da KPMG, entregando as informaões para Brian Sweet, seu chefe.
Março 2016 - Wada entrega a Holder informações sobre inspeções, que repassa para Sweet, que por sua vez entrega a Middendorf, Whittle e outras pessoas. A KPMG começa a “revisar” as auditorias que seriam inspecionadas, verificando o trabalho realizado e corrigindo algumas coisas.
Fevereiro de 2017 - Wada entrega para Holder a lista de auditorias que seriam inspecionadas. Wada, funcionário do PCAOB, esperava obter um emprego na KPMG. Estas informações são transmitidas para diversas pessoas na KPMG. Neste mês, um funcionário da empresa de auditoria soube que existia a lista de inspeção e o caso chega à Assessoria Jurídica da KPMG, que inicia uma investigação.
Abril de 2017 - A KPMG demite Sweet, Holder, Middendorf, Whittle, Britt e Scott Marcello.
Janeiro de 2018 - Brian Sweet, ex-partner, se declarou culpado de conspiração.
29/10 2018 - Thomas Whittle, também ex-partner, se declara culpado em um acordo de leniência. Deve ser julgado em setembro de 2019. Tanto Sweet quando Whittle fizeram depoimentos que ajudaram a condenar Middendorf.
11 de março - um júri condena David Middendorf, ex-partner nacional de qualidade de auditoria da KPMG, por conspiração. Jeffrey Wada (ex-PCAOB) foi absolvido de conspiração, mas culpado de fraude.
17 de junho - a KPMG chega a um acordo com a SEC, com uma multa de 50 milhões de dólares e obrigação de tomar medidas preventivas.

CMN segue governo e desobriga bancos de publicar balanços em jornais

O CMN (Conselho Monetário Nacional), formado pelo Banco Central e o Ministério da Economia, decidiu nesta 5ª feira (29.ago.2019) desobrigar as instituições financeiras de publicar seus balanços semestrais e anuais em jornais impressos. O presidente Jair Bolsonaro havia editado uma MP (Medida Provisória) que vai ao encontro da nova norma. [...]

As demonstrações agora com a Resolução 4.740 precisam apenas ser publicadas “no sítio da instituição ou em repositório na internet, de acesso público gratuito, que tenha o objetivo específico de divulgação de documentos contábeis e financeiros”.

Antes, se 1 balanço fosse publicado com algum erro ou incompleto, a empresa era obrigada a republicar o conteúdo nas mesmas condições. Agora basta divulgar que o documento sofreu alteração. É preciso também manter os documentos online por pelo menos 5 anos.

MP AFETOU JORNAIS
A medida editada pelo Executivo afetou uma fonte segura de renda para os jornais. De acordo com a estimativa da cifra faturada por veículos impressos com a reserva de mercado que vigorou até 2019, a perda às empresas com a medida deve chegar a R$ 600 milhões. A safra de balanços deste ano já foi publicada. O grande impacto será sentido em 2020.

Havia, entretanto, uma inconsistência entre a norma existente apenas para instituições financeiras (que seguiam orientações do Banco Central) e as empresas de capital aberto em geral (que ficaram submetidas à regra da MP 892 baixada por Jair Bolsonaro em 5 de agosto).

Para complicar, em maio, o CMN havia baixado uma norma que liberava bancos de publicar em papel apenas a partir de 1º de janeiro de 2020. Como instituições financeiras têm de publicar balanços semestrais, houve uma confusão no início deste 2º semestre de 2019.

Agora, o BC se alinhou à MP 892 ao publicar a Resolução 4.720. As novas normas para bancos começam a valer a partir de já. [...]

Muitos bancos já publicaram seus balanços do 1º semestre de 2019 agora no início do mês de agosto. Algumas instituições, entretanto, ainda não divulgaram seus dados –e ficam desobrigadas de fazer isso em meio impresso.

Entre os bancos públicos, a Caixa Econômica Federal ainda não divulgou suas demonstrações financeiras do 1º semestre. Isso deve ser feito na semana que vem, possivelmente em 3 de setembro de 2019. A CEF estará desobrigada de publicar os dados em jornais.

Neste ano, a Caixa gastou R$ 404 mil para publicar seu último balanço, referente a 2018, no jornal Valor Econômico, do Grupo Globo. Como a norma anterior também exigia divulgação no Diário Oficial, houve outro custo de R$ 150 mil. Se a regra não tivesse sido alterada, nos próximos dias, gastaria quantia semelhante para publicar suas contas semestrais. No total, portanto, a CEF poderá economizar perto de meio milhão de reais. [...]

Ainda não está claro se a MP 892 será realmente aprovada pelo Congresso ou se os deputados e senadores vão preferir deixar que a medida caduque e perca a validade. Há pressão da indústria de mídia para que seja criado 1 cronograma para eliminação da publicação de balanços em jornais impressos. Uma regra que havia sido acordada e já aprovada era para finalizar o processo apenas em 2022.

O presidente da República resolveu antecipar o processo, ao editar a MP 892. Caso a medida perca a validade, nova inconsistência de regras será criada, pois o CMN agora baixou a norma que desobriga bancos de publicar seus dados financeiros em veículos impressos.

Fonte: Aqui

28 agosto 2019

IA pode ser criativa?

Once we thought drivers, doctors, accountants, and lawyers were irreplaceable. And yet we are beginning to see computers encroaching on those fields. Now, even the most human of professions—those centered on creativity, something we thought of as uniquely human—seem to be programmable. Recently, Chase Bank found that machines generated ad copy that resonated better with audiences than human writers. So what isn’t within the realm of machine learning?

Mas a conclusão não é muito ameaçadora:

And yet, AI’s ability to interact with the humanities doesn’t automatically make it a threat to the most advanced creative endeavors.


Veja aqui

Pirâmide em operação da Investimento Bitcoin

Fonte da imagem: aqui
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM, órgão fiscalizador do mercado de capitais) vai sugerir ao Ministério Público que investigue as atividades da Investimento Bitcoin, firma que promete retorno diário entre 1% e 2% ao longo de um período de 300 dias úteis. A área técnica da autarquia encontrou “indícios de fraude na captação de recursos de terceiros, com características típicas de pirâmide financeira” nas operações da empresa, segundo consta de despacho da Gerência de Orientação aos Investidores 2 (GOI-2), datado de 21 de julho.


O processo administrativo — uma investigação preliminar — foi aberto no fim de abril, a partir de uma consulta e de duas denúncias encaminhadas à autarquia naquele mês. Sem registro na CVM, a empresa aceita apenas depósitos e investimentos em criptomoeda (bitcoin).

A empresa chegou a veicular publicidade em canais de TV aberta, de acordo com as denúncias. O site da Investimento Bitcoin oferece cinco planos de investimento, com valores que vão de US$ 50 a US$ 500 mil, com promessas de taxas de retorno distintas.

Os recursos seriam investidos — conforme informações veiculadas no site — em opções binárias. “As opções binárias se baseiam em negociações atreladas à variação de preços de determinados ativos, como ações, moedas estrangeiras e commodities, por exemplo”, explica Gilson Oliveira, professor do MBA em Finanças do Ibmec RJ.

Para lucrar, o investidor em opções binárias precisa acertar a tendência de preço de um ativo (queda ou subida), dentro de período de tempo pré-determinado. No caso da cotação do dólar, por exemplo, bastaria apenas prever corretamente a tendência (valorização ou desvalorização) sem especificar cotações.

“Não é uma opção [financeira] calcada num ativo subjacente, como uma ação ou uma moeda”, compara Oliveira. Caso acerte a tendência, o investidor em opção binária é remunerado com um percentual do patrimônio investido. Se errar, perde tudo.

O material reunido pela CVM, como parte do processo administrativo, mostra que no fim de abril a Investimento Bitcoin prometia taxa de retorno diário entre 1% e 1,5%, a partir de aplicações no mercado de câmbio e em opções binárias. Ontem, no fim da tarde, o site da empresa anunciava rendimentos de até 2% por dia útil.

Inverossímil
“Não há nenhuma verossimilhança na afirmação de que a sociedade atue com investimentos em opções binárias ou no mercado Forex [compra de uma moeda simultaneamente à venda de outra], pois tais rendimentos são variáveis e extremamente voláteis, não sendo possível garantir um retorno positivo pré-determinado”, diz a Procuradoria Federal Especializada junto à Comissão de Valores Mobiliários (PFE-CVM), em parecer com data de 21 de agosto deste ano.

O parecer recomenda que o Ministério Público do Espírito Santo seja comunicado por meio de ofício a respeito do processo, “em função da existência de indícios da prática de crime de ação penal pública”. O MP capixaba foi escolhido justamente porque a primeira denúncia veio de uma pessoa residente no Espírito Santo.
[...]

Um ponto que chamou a atenção da CVM foi o fato de a Investimento Bitcoin se dispor a pagar comissões sobre o valor aplicado por clientes indicados por outros investidores já cadastrados na plataforma, dentro de uma lógica do chamado “marketing multinível.” [...]

Fonte: Aqui

27 agosto 2019

Rir é o melhor remédio


Lista: municípios mais violentos

Os 20 municípios com maiores taxas homicídios por 100.000 habitantes:

1- Maracanaú (CE) – 145,7
2- Altamira (PA) – 133,7
3- São Gonçalo do Amarante (RN) – 131,2
4- Simões Filho (BA) – 119,9
5- Queimados (RJ) – 115,6
6- Alvorada (RS) – 112,6
7- Marituba (PA) – 100,1
8- Porto Seguro (BA) – 101,6
9- Lauro de Freitas (BA) – 99,0
10- Camaçari (BA) – 98,1
11 - Caucaia (CE) - 96,6
12 - Nossa Senhora do Socorro (SE) - 96,3
13 - Cabo de Santo Agostinho (PE) - 94,0
14 - Marabá (PA) - 89,0
15 - Ananindeua (PA) - 88,1
16 - Fortaleza (CE) - 87,9
17 - Mossoró (RN) - 86,4
18 - Vitória de Santo Antão (PE) - 85,5
19 - Rio Branco (AC) - 85,3
20 - Eunápolis (BA) - 82,8

Fonte: Aqui