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21 junho 2019

Excel X Blockchain

Para o aclamado economista Nouriel Roubini, o Blockchain "não é melhor que uma planilha de Excel" :


Nouriel Roubini, um notório crítico das criptomoedas, afirmou que o blockchain "não é melhor que uma planilha de Excel" durante um painel patrocinado pela exchange cripto LaToken em 25 de janeiro.

Roubini também é conhecido por ter previsto a crise financeira de 2008, o que lhe valeu o apelido de Doutor Destino.

Falando durante um painel no Fórum Econòmico Blockchain em Davos, Roubini definiu a blockchain como “a tecnologia mais exagerada de todos os tempos”, ao mesmo tempo em que observou que o Bitcoin e outras criptomoedas são a mãe de todas as bolhas. Ele também apontou durante a palestra que blockchain e cripto não têm nada a ver com fintech e tecnologia de ledger distribuído privado (DLT).

O DLT privado, segundo Roubini, nada mais é do que um banco de dados sofisticado, já que não é nem sem confiança nem descentralizado. Ele também apontou que, assim como o DLT, as moedas digitais de banco central (CBDCs) também não têm nada a ver com blockchain e cripto. Roubini vê as CBDCs principalmente como uma maneira de estender o acesso ao banco central a todos os indivíduos, em vez de conceder acesso apenas aos bancos.

Além disso, Roubini expressou sua ideia de que as CBDCs dominariam as criptomoedas e transformariam o sistema bancário de maneiras radicais. Além disso, enquanto ele prevê que a fintech vai mudar o financiamento e que o dinheiro vai desaparecer, ele é da opinião que blockchain e cripto não terão lugar nesta mudança.

Nouriel também criticou duramente o que ele descreveu como a "tokenização de tudo", explicando que ter um token para tudo seria equivalente a voltar ao escambo. Ele também apontou como os personagens do famoso desenho animado Flintstones têm uma moeda, que são as conchas, argumentando que a tokenização é pior do que isso.

Falando sobre a privacidade, Nouriel apontou que nenhum governo ou órgão regulador permitirá o uso de criptomoedas centradas no anonimato, como o Monero. Conforme relatado pela Cointelegraph em junho do ano passado, o órgão autorregulatório japonês Associação de Câmbio de Moeda Virtual (JVCEA, na sigla em inglês) proibiu o comércio de altcoins orientadas para o anonimato, como Zcash e Monero.

A posição negativa de Roubini sobre a criptomoeda não é uma novidade para ele: em uma entrevista concedida à Cointelegraph em outubro do ano passado, ele declarou que, segundo ele, 99% das criptomoedas valem zero.

Crítico das criptos Nouriel Roubini: Blockchain 'não é melhor que uma planilha de Excel'

Teoria da Contabilidade -4a edição

Nos últimos dias estive ocupado em finalizar a quarta edição do livro Teoria da Contabilidade, em co-autoria com o professor Jorge Katsumi. Muitas alterações. E usei muito o blog para inspirar em algumas partes que fiquei responsável. Vários exercícios tem sua fonte no blog. Eis um trecho da apresentação, onde estão detalhadas as alterações na nova edição:

Esta quarta edição traz alterações profundas. Já incorporamos aqui os aspectos que sofreram alteração com a nova estrutura conceitual do Iasb, aprovada no início de 2018. Também alteramos todos exercícios no final de cada capítulo, que representa uma atualização das discussões. A seção sobre pesquisa, que existia no final de cada capítulo, foi suprimida. O volume de pesquisas existentes em cada tópico é cada vez maior, tornando difícil para os autores manter este ponto de forma adequada e justa. Optamos por inserir no final de cada capítulo, quando couber, um tema emergente.

No capítulo 1, deixamos claro a diferença entre regulação e padronização, optando por usar o primeiro termo. Discutimos também o texto como informação, já que esta é uma área que está sendo objeto de análise e atenção da teoria. E incluímos o princípio da evidenciação plena. No capítulo 2, fizemos uma atualização das mudanças recentes na estrutura do Iasb. Em razão dos rumos da convergência internacional das normas contábeis, o capítulo 3 foi alterado e atualizado. O resultado é um capítulo mais enxuto em relação às edições anteriores.

O capítulo 5 é novo e trabalha a questão da estrutura conceitual. O capítulo inicia descrevendo as premissas básicas da contabilidade. O capítulo discute as vantagens e desvantagens de se ter uma estrutura conceitual, assim como as razões que levam as mudanças nesta estrutura. Um aspecto específico da estrutura, a questão da prudência, é objeto de discussão. O capítulo encerra contemplando o papel do CPC na contabilidade brasileira.

O Capítulo 6 reúne material novo sobre a teoria da mensuração, além de apresentar, de maneira mais resumida, a questão da inflação. Assim, a discussão sobre mensuração, que constava do capítulo do Ativo passa a compor este capítulo.

O capítulo sobre o Ativo, o de número 7, foi atualizado com as novas definições da estrutura conceitual de 2018. Isto inclui uma discussão sobre desreconhecimento. Os temas “intangível” e “recuperabilidade” foram agregados a este capítulo. A discussão sobre a relevância da incerteza e da probabilidade foi expandida nesta nova edição. Também discutimos o problema da primazia conceitual dos termos ativo e passivo. Ao final do capítulo iniciamos uma discussão sobre ativos virtuais.

O capítulo 8 é resultado da junção dos antigos capítulos de passivo e patrimônio líquido. A experiência didática revelou que não existia uma necessidade de um capítulo específico para o patrimônio líquido e por este motivo os autores optaram por esta medida. Pequenas atualizações foram feitas no capítulos

No capítulo 9 incorporamos a discussão sobre o reconhecimento da receita de incorporadoras e inserimos um texto sobre a qualidade do lucro.

O capítulo do setor público foi reformulado, com a inclusão de uma abordagem histórica e os avanços recentes na área, incluindo a convergência das normas internacionais no Brasil e a abordagem conceitual do IFAC, baseada na abordagem do Iasb. Também melhoramos a abordagem histórica do capítulo.

Na parte do terceiro setor, fizemos pequenas atualizações. Finalmente, o capítulo de leasing foi reformulado diante das novas normas. Este capítulo contou com a participação da pesquisadora Nyalle Barboza Matos.

Obviamente que a capa também será alterada.

Práticas Administrativas importam?

Um artigo, publicado na American Economic Review, busca responder uma velha questão: afinal, a prática administrativa faz diferença? Os autores usaram dados de 35 mil fábricas (é isto mesmo, não errei o número) ou 70 mil observações, de uma pesquisa obrigatória feita pelo governo dos Estados Unidos entre 2010 e 2015. O foco é verificar se existe uma relação entre administração e desempenho. Com base em um questionário desenhado pelo Banco Mundial, aplicou uma pesquisa denominada de Managemente and Organizational Practices Survey. Entre as perguntas, questões sobre monitoramente, metas e incentivos. Foco da análise ficou nos direcionadores de práticas administrativas relacionadas com o ambiente de negócios e o spillover (transbordamento). Com um índice de resposta de 75% a pesquisa mostrou que

a) Há uma grande variação nas práticas administrativas. A surpresa é que isto é válido também para fábricas de uma mesma empresa. Além disto, quanto maior a empresa, maior esta variação.

b) Usando dados de duas regiões que estavam concorrendo entre si para receber uma indústria, os autores mostraram que spillovers positivos ocorreram quando também existia fluxos frequentes na mão-de-obra gerencial. Em outras palavras, será no movimento dos gerentes (não dos executivos ou dos trabalhadores ou da governança corporativa) que ocorrerá um mecanismo de aprendizado

Bloom, N., Brynjolfsson, E., Foster, L., Jarmin, R., Patnaik, M., Saporta-Eksten, I., & Van Reenen, J. (2019). What drives differences in management practices?. American Economic Review, 109(5), 1648-83.

Hackeando Blockchain

Once hailed as unhackable, blockchains are now getting hacked

More and more security holes are appearing in cryptocurrency and smart contract platforms, and some are fundamental to the way they were built.

Early last month, the security team at Coinbase noticed something strange going on in Ethereum Classic, one of the cryptocurrencies people can buy and sell using Coinbase’s popular exchange platform. Its blockchain, the history of all its transactions, was under attack.

An attacker had somehow gained control of more than half of the network’s computing power and was using it to rewrite the transaction history. That made it possible to spend the same cryptocurrency more than once—known as “double spends.” The attacker was spotted pulling this off to the tune of $1.1 million. Coinbase claims that no currency was actually stolen from any of its accounts. But a second popular exchange, Gate.io, has admitted it wasn’t so lucky, losing around $200,000 to the attacker (who, strangely, returned half of it days later).

Just a year ago, this nightmare scenario was mostly theoretical. But the so-called 51% attack against Ethereum Classic was just the latest in a series of recent attacks on blockchains that have heightened the stakes for the nascent industry.


In total, hackers have stolen nearly $2 billion worth of cryptocurrency since the beginning of 2017, mostly from exchanges, and that’s just what has been revealed publicly. These are not just opportunistic lone attackers, either. Sophisticated cybercrime organizations are now doing it too: analytics firm Chainalysis recently said that just two groups, both of which are apparently still active, may have stolen a combined $1 billion from exchanges.

We shouldn’t be surprised. Blockchains are particularly attractive to thieves because fraudulent transactions can’t be reversed as they often can be in the traditional financial system. Besides that, we’ve long known that just as blockchains have unique security features, they have unique vulnerabilities. Marketing slogans and headlines that called the technology “unhackable” were dead wrong.

That’s been understood, at least in theory, since Bitcoin emerged a decade ago. But in the past year, amidst a Cambrian explosion of new cryptocurrency projects, we’ve started to see what this means in practice—and what these inherent weaknesses could mean for the future of blockchains and digital assets.

[...]

Fonte: aqui

20 junho 2019

Discussão sem fim: conceito de passivo

Pelo visto, a nova estrutura conceitual Iasb-Fasb não foi suficiente. O FASB, que possui o melhor padrão do mundo, continua discutindo o conceito de passivo. Desde 2017 e ainda não acabou. Segundo uma reunião de fevereiro de 2019 (divulgado agora):

The Board continued its discussion of the definition of a liability. The Board decided that:

All present obligations to transfer assets and obligations to deliver shares sufficient in number to satisfy a determinable or defined obligation should meet the definition of a liability.


An analysis discussing the measurement of obligations to issue a fixed number of shares is unnecessary for the Board to deliberate on in the elements phase.

Além disto, o Fasb decidiu por uma divisão da terminologia das medidas de mensuração diferente do Iasb.

There are three categories of initial measurement:
Entry price
Exit price
Estimated future cash flows.

Exit price is appropriate as an initial carrying amount of an asset when the subsequent measure of the asset will be at exit price.

For transactions in which something other than cash is exchanged, the initial measure of an asset may be based on the exit price for the asset transferred.

The overall objective in identifying costs to be included in the initial carrying amount of an asset at entry price should be to capture the costs incurred to bring the asset to the location and condition necessary for it to be capable of operation.

The following categories help identify the types of costs that should be included in an initial carrying amount consistent with the objective described in (4):

Government-imposed charges
Costs of services related to the acquisition of the asset and readying the asset for use
Costs to participate in the market for the asset.
Gains and losses on cash flow hedges are neither part of the entry price of assets nor a cost to be included in initial carrying amounts of assets based on the objective and categories described in (4) and (5), respectively.
The Board directed the staff to develop a revised project plan to address the elements of financial statements (which are currently defined in FASB Concepts Statement No. 6, Elements of Financial Statements) concurrently with presentation and measurement concepts.

Criptomoedas são inúteis

De acordo com o Professor de Criptografia de Harvard Bruce Schneier, as criptomoedas são inúteis:

Cryptocurrency is useless to anyone other than nefarious groups or individuals trying to move money without being noticed by the government. This is apparently the cutting-edge opinion of Harvard University cryptographer and technology researcher Bruce Schneier.

Citing a series of regularly discredited and debunked talking points, Schneier believes that the aims of Bitcoin according to its original whitepaper have been defeated by the reality of its deployment, which means that in addition to being operationally difficult and risky, it also fails to deliver on its basic premise, which essentially renders it useless


bruce scneier cryptocurrency harvard

Expanding further on this point he says:

“If your bitcoin exchange gets hacked, you lose all of your money. If your bitcoin wallet gets hacked, you lose all of your money. If you forget your login credentials, you lose all of your money. If there’s a bug in the code of your smart contract, you lose all of your money. If someone successfully hacks the blockchain security, you lose all of your money. In many ways, trusting technology is harder than trusting people. Would you rather trust a human legal system or the details of some computer code you don’t have the expertise to audit?

While the other criticisms may have had some measure of technical accuracy, Schneier also cites the hackneyed “crypto-mining-uses-vast-amount-of-energy” argument to back up his belief that cryptocurrency is pointless. According to him – you’ve certainly never heard this before – it constitutes a large environmental hazard due to the amount of energy it consumes.

Schneier argues that bitcoin transaction charges such as processing fees are hidden, unlike bank charges which can be easily calculated. Where he gets the impression that crypto transaction fees are hidden is anyone’s guess at this point, but it certainly makes a good – if inaccurate – talking point.

He also says that automated systems cannot be fully trusted and human input will always be better, adding that blockchain technology is only theoretically trustless. Practically, he says, crypto users still have to trust cryptocurrency exchanges and wallets when they trade or otherwise make transactions. Unsurprisingly, no mention is made of decentralised exchanges, which apparently are not good talking points for the purpose of Schneier’s polemic.

Rounding up his attack on cryptocurrencies, Schneier states that blockchain immutability is a problem because in the event of a mistake, “all of your life savings could be gone.” In his view, cryptocurrency is inherently useless and not needed.


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19 junho 2019

Auditoria de Criptmoeda - Parte 2

A PwC anunciou a criação de um software para a auditoria de criptmoeda. Mas tem um grande limitação no uso desse software, conforme a própria PwC:

“Nossa capacidade de auditar uma entidade envolvida em atividades de criptomoeda é muito influenciada pelo ambiente de controle de nossos clientes e, nesse estágio, pela amplitude de tokens suportados por nosso software Halo. Essas considerações serão fundamentais para determinar se nos sentimos confortáveis ​​em aceitar um compromisso de auditoria”.

Parece que a PwC está muito mais interessada em surfar na onda das criptmoedas e do bitcoin. A competição, busca por inovação e marketing faz parte dos negócios. Como tem muito gente falando dessa tema, a PwC logo tratou de anunciar uma solução para o tema.

Eu tenho a mesma opinião do professor de criptografia de Harvard Bruce Schneier:

“If your bitcoin exchange gets hacked, you lose all of your money. If your bitcoin wallet gets hacked, you lose all of your money. If you forget your login credentials, you lose all of your money. If there’s a bug in the code of your smart contract, you lose all of your money. If someone successfully hacks the blockchain security, you lose all of your money. In many ways, trusting technology is harder than trusting people. Would you rather trust a human legal system or the details of some computer code you don’t have the expertise to audit?

Ou seja, blockchain e bitcoin são inúteis.


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