Translate

30 maio 2019

Income, Revenue, Receita, Lucro

Em agosto postamos sobre esta terminologia. No balanço de 2018 da Fundação IFRS eis a DRE:
O Iasb está usando "income" como receita e lucro, assim como no ano anterior. Na época alertamos que há um erro na estrutura conceitual. A versão anterior utilizava o termo "revenue". Na versão aprovada agora, todos as "revenues" foram trocadas por "income", exceto em um parágrafo.

... e em um trecho das demonstrações contábeis o mesmo termo é usado:

Overall publications revenue increased by £2.0 million

Flamengo auditado por uma Big Four

Um processo de Due Dilligence – análise financeira, contábil, legal e de riscos e seguros – realizado no ano passado, mostrou que o Flamengo estava apto a receber auditoria de uma Big Four, algo pioneiro e inédito no futebol brasileiro. Vale lembrar que já há uma parceria firmada com a Ernst&Young desde 2013, com a entrada do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, no entanto a EY fazia apenas a consultoria financeira do clube.

“Foi um trabalho de consultoria em diversas partes. Foi uma consultoria de gestão. Analisamos as pastas, finanças, fluxo de caixa e procuramos resgatar a credibilidade do clube junto ao mercado. Foi uma coragem muito grande do Flamengo em abrir mão de alguns anos de competitividade pensando em longo prazo. E o resultado já está sendo possível notar”, explicou Pedro Daniel, sócio da EY, que esteve envolvido em todo o processo, em entrevista ao Torcedores.com no início deste ano.

Mas o que isso de fato significa e quais as vantagens que o Flamengo pode ter?

Ser auditado por uma das Big Four reflete na credibilidade junto aos patrocinadores, que confiam na destinação e retorno dos investimentos realizados no clube, podendo atrair grandes aportes, inclusive, do exterior. Além da confiança junto aos bancos para a obtenção de crédito com juros menores.

O especialista e sócio da Ernst&Young, Pedro Daniel, explicou também a importância desse processo e qual a visão que isso passa ao mercado. Segundo ele, é uma mudança significativa de patamar para uma equipe que há pouco tempo era vista como grande devedora.

“Ser auditado por uma Big Four traz algumas vantagens. Não só de credibilidade, mas no mercado. Ela verifica vários setores e dá uma segurança de investimento maior. Logo, você fica mais atrativo pro mercado. As Big Four só auditam se elas sentirem confiança na empresa ou, no caso, clube. Um dos benefícios é na questão do crédito. Vamos supor que o Flamengo queira a iniciar construção do seu estádio e precise de um empréstimo bancário. Os juros, por ser uma empresa responsável, serão muito menores”, analisou.
[...]

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Sorrir também.

E hoje é o dia de um dos maiores amores da minha vida, a minha mãe. ❥
Feliz aniversário! ❤ ❤ ❤ 

29 maio 2019

Anel de noivado

A partir de um estudo sobre a função do anel de noivado (tamanho, valor, a beleza do noivo(a), etc)

O tamanho do anel de noivado parece uma compensação paga pelo marido a uma esposa pela tarefa relativamente desagradável do casamento.

Isto me fez lembrar o anel de 5 milhões de Kate Perry (por exemplo aqui) ganhou no início do ano pelo noivado.

Congresso


Obrigatoriedade de divulgação

É um assunto que muitas pessoas acreditam na associação entre divulgação e melhoria do comportamento do mercado. Nem sempre. Muitas vezes a solução está em alternativas, como design.

Matthias Breuer pergunta se é necessário obrigar as empresas a divulgar as informações e a fazer auditoria. O parágrafo final do post escrito para o Pro-Market (Stigler Center, da Universidade de Chicago):

With a view to the regulation of firms’ financial reporting in the United States, my evidence suggests an extension of reporting requirements to (larger) private firms could counteract recent trends of slowing business dynamism (e.g., Decker et al. 2014; Haltiwanger 2014), increasing market-share concentration (e.g., Barkai 2017; De Loecker & Eeckhout 2017; Grullon et al. 2017), and declining IPO activity (e.g., De Fontenay 2017; Doidge et al. 2017). Yet, it is questionable whether extending reporting requirements to these firms ultimately improves resource-allocation efficiency and, in particular, stimulates growth. Absent convincing empirical evidence of enhanced efficiency and growth, the case for firms’ mandatory reporting and auditing appears weak, especially given the costs and imperfections of regulation (e.g., Stigler 1971).

Menos informação e mais design

Daniel P Egan postou um comentário muito interessante (que guardei para pensar melhor ao longo do tempo).

O início do comentário é esta fotografia:
Garotos em cima de um cano que adentra para o mar, com uma placa solicitando para as pessoas não brincarem com o tubo. Ou seja, fazendo justamente o contrário do que está sendo solicitado. No canto direito, um sinal solicitando para as pessoas darem espaço para os ciclistas, mas a sinalização retira espaço do ciclista. No canto inferior direito, uma placa pedindo para pessoas não jogarem pedras na placa; e a foto mostra que muitos jogaram pedra.

Os avisos, bem intencionados, terminam por piorar a situação. A partir daí, Egan comenta sobre a questão da regulação. Segundo ele, talvez a forma como o assunto tem sido tratado não seja a melhor. Ele afirma:

Durante décadas o princípio regulatório nos EUA [não somente] tem sido o da divulgação

Bingo. Se você divulga o salário dos funcionários públicos, isto irá mudar a atitude das pessoas; evidenciando os conflitos de interesse de uma pessoa, irei levar isto em consideração na decisão; se divulga os impostos na nota fiscal, isto muda o comportamento; se o auditor divulga o que ele teve dificuldade em auditar, isto irá chamar a atenção dos usuários da demonstração; e assim por diante. Será que isto está funcionando? Nós temos hoje um grande número de informação, mas pouco tempo para ler e levar em consideração na decisão (sistema 1 e sistema 2). Egan afirma:

“(...) temos outra opção para ser eficaz: design”

Por ser menos visível, seria menos valorizado. Acrescento mais, é mais fácil regular pedindo mais informação do que regular o design:

Precisamos tornar visível o invisível, mostrar aos clientes como ajudamos a priorizar os objetivos deles ou restringir os gastos não prazerosos ou economizar impostos.