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27 março 2019

Caixa e Equivalente nas empresas brasileiras

As 208 empresas que já divulgaram o resultado de 2018 apresentava, no final do ano, um caixa e equivalente de 209 bilhões de reais. Em relação ao final de 2017, este número é menor em 6%. Ou seja, as empresas estão menos líquidas. Este número, no entanto, foi fortemente influenciado por uma empresa: a Petrobras. A estatal tinha um caixa e equivalente de 53,8 bilhões no final de 2018, uma redução de 20,6 bilhões de reais. Se a Petrobras fosse retirada, o total de caixa e equivalentes seria de 155 bilhões, 8 bilhões a mais que no final de 2017.

O gráfico apresenta a evolução do caixa e equivalentes no final de cada ano. Para fins comparativos, só está sendo considerada as mesmas empresas em todos os anos. O valor de final de 2015 está bem distante do resultado de 2015.
Mesmo com a redução no caixa, a Petrobras ainda é a empresa brasileira com maior volume de recursos neste ativo. A Ambev, com 11,5 bilhões, está bem distante.

Rir é o melhor remédio


26 março 2019

Outra explicação

Uma pesquisa conduzida por Michael Perino (via Michaels, Dave, Dow Jones, Insiders lucram pouco com informação privilegiada, Valor 18 de março de 2019, C2) descobriu que a utilização de informação privilegiada rendeu pouco para as pessoas. Poderia se pensar que isto é um bom sinal para o mercado acionário. Entretanto, existe outra possível explicação: o fato do regulador deixar de investigar os casos mais desafiadores. Perino afirma que “a SEC costuma perseguir é o alvo fácil”.

Um funcionário da SEC, consultado na reportagem da Dow Jones, afirmou que a SEC combate “todas as formas de uso privilegiado de informações, independentemente de quão sofisticados o esquema ou os operadores possam ser”.

Como o uso de informação privilegiada é passível de uma acusação criminal, a pesquisa de Perino mostrou que mais da metade dos acusados entre 2011 a 2015 foram processados somente pela entidade, sem um processo criminal em paralelo.

A pesquisa de Perino pode ser encontrada aqui

Por dentro do Insider Trading

Resumo:

How do illegal insider traders act on private information? We address this questionusing a unique sample of illegal insider traders convicted by the Securities ExchangeCommission (SEC). To shed light on the traders’ investment strategies, we analyze,theoretically and empirically, the tradeoff between the risk of information becomingpublic (information risk), and the risk of being subject to enforcement (legal risk).Using a regression model and various shocks to enforcement risk, we find that a sub-set of investors responds to this tradeoff by splitting their trades more and tradingless aggressively in the presence of greater legal risk and smaller information risk.At the same time, a large fraction of traders does not internalize such a tradeoff.The insiders manage their trades’ size according to prevailing liquidity conditions,volatility of returns, noise trading activity, and the precision of the signal. Individ-ual characteristics, such as investing expertise and age, also play an essential role.Insiders facing increasing legal risk concentrate more on information of higher value.Thus, insider trading enforcement could hamper stock price informativeness.

Kacperczyk, Marcin T. and Pagnotta, Emiliano, Becker Meets Kyle: Inside Insider Trading (March 13, 2019). Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=3142006 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.3142006 
 
Resultado de imagem para Insider Trading 

Meritocracia e Política


  • Apesar da maioria dos regimes políticos serem meritocráticos, as conexões familiares ainda são relevantes na política
  • 12% dos líderes mundiais possuem laços de sangue ou de casamento com um político relevante
  • A meritocracia não é o único critério no sucesso político

As dinastias ainda existem no mundo. Farida Jalalzai e Meg Rincker, professoras de ciência política nos Estados Unidos, usaram mais de mil políticos em todo o mundo e concluíram que 12% dos líderes mundiais tiveram origem em uma família de políticos. Isto inclui laços de sangue ou casamento. Entre os exemplos, George Bush, Justin Trudeau, Cristina Kirchner, entre outros.

O poder é, por natureza, herdado nas monarquias. Mas mesmo nas democracias - onde os cidadãos podem escolher seus líderes em eleições livres e justas - pertencer a uma família política é uma vantagem significativa. Ele dá aos candidatos o reconhecimento do nome, alguma experiência política e melhor acesso a aliados e recursos ao concorrer ao cargo.

Ao todo, 11 dos 88 líderes latino-americanos que ocuparam cargos de 2000 a 2017 estavam relacionados a outros presidentes. Jorge Luís Batlle, do Uruguai, tinha três parentes diferentes que ocupavam a presidência antes dele.

Como a política é dominada por homens, a presença de algumas mulheres é interessante. Dos nomes estudados, 66 eram mulheres.

As mulheres que atingem o mais alto cargo são muito mais propensas a pertencer a famílias políticas do que seus colegas do sexo masculino.

Dezenove das 66 mulheres executivas da nossa amostra tinham conexões familiares com a política - 29%. Cem dos 963 homens que estudamos - pouco mais de 10% - tinham laços familiares.

Isso sugere que os laços familiares são particularmente importantes para as mulheres entrarem na política.

Em nossa análise, o endosso de um poderoso parente do sexo masculino - ele próprio, de preferência, um ex-presidente ou primeiro-ministro - ajuda significativamente as mulheres a estabelecer sua credibilidade junto aos eleitores e membros de política interna.

A principal conclusão:

Este estudo certamente questiona a noção de que a política é apenas uma meritocracia.

Mas considere isto: 71% de todos os líderes mundiais femininos em nosso estudo alcançaram o mais alto cargo sem nenhuma conexão familiar com a política. Isso inclui a croata Kolinda Grabar-Kitarovic [foto] , que é filha de açougueiros. Ela é a primeira mulher a governar a Croácia

Mercado de Trabalho


  • Os números de emprego formal no setor contábil em fevereiro indicam uma criação de 342 novas vagas
  • Os números foram positivos entre aqueles com maior qualificação e os escriturários

Desde março de 2014 o Brasil não tinha criado tanta vaga de emprego formal. Em fevereiro foram admitidos 1.453 mil trabalhadores e demitidos 1.280 mil, um acréscimo de 173 mil novas vagas. É bem verdade que o saldo acumulado de 2014 até fevereiro de 2019 é negativo em 2,3 milhões de vagas.

Se a economia vai bem, a criação de número de vagas no setor contábil também foi positiva. Em fevereiro foram contratados 10.764 novos empregados e demitidos 10.422, um saldo de 342. Este número é menor que janeiro (2387), mas foi o melhor resultado para um mês que não é bom para o profissional contábil. Com isto, o saldo acumulado, de janeiro de 2014 até fevereiro de 2019, aponta uma destruição de 40.278 vagas. Como temos repetido aqui, a recessão foi muito dura com quem trabalha com contabilidade.

Quando analisa as diversas categorias, os dados mostram que o problema do emprego tem sido pior para aqueles com baixa qualificação e para os contadores/auditores e técnicos em contabilidade. No mês de fevereiro de 2019, a exemplo do que ocorreu no ano anterior, as admissões foram maiores que as demissões para os trabalhadores com curso superior completo. Para aqueles com curso médio incompleto ou completo o saldo foi negativo. Entre as ocupações, o saldo foi positivo para os escriturários, mas não para contadores e auditores.

Nos últimos cinco anos, o mês de março apresentou um saldo positivo somente em 2018.

Fonte: Dados coletados pelo Blog a partir do Caged

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