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19 março 2019

Comércio Eletrônico

Os dados de receitas oriundas do comércio eletrônico nos Estados Unidos mostram uma tendência importante. As vendas trimestrais no final de 2018 foram de 132 bilhões de dólares, já ajustados pela sazonalidade. Em 2018 as receitas foram de 514 bilhões ou 14% maior que no ano de 2017. Isto representa 11,2% do total de vendas no varejo, segundo dados do Departamento do Comércio.

Como mais de 50% da receita do varejo ocorre em postos de gasolina, concessionárias de automóveis, produtos alimentícios e bebidas, onde o comércio eletrônico ainda é fraco, o percentual de vendas via internet é muito expressivo. Alguns varejistas tradicionais, como Sears, Toys R US e outros já perceberam isto.

O impacto tem afetado inclusive os templos do consumo, os shoppings centers. O gráfico compara as vendas dos shoppings versus comércio eletrônico:

Homenagem a Gileno

Hoje a Universidade de Brasília estará concedendo o título de professor emérito a Gileno Marcelino (foto). Uma proposta que partiu do PPGCont, programa do qual participo, e da FACE, a faculdade no qual estamos vinculados.

Para quem deseja conhecer um pouco da obra do Gileno, aqui um livro publicado pelo Gileno.

Parabéns para o prof. Gileno.

Como fazer auditoria

É melhor fazer pouca auditoria, mas imprevisível, ou ter muita frequência na auditoria, mas previsível. Parece meio óbvio. Pesquisa feita no Chile, na área da pesca, mostra o resultado. Eis o resumo:

Attempts to curb illegal activity through regulation gets complicated when agents can adapt to circumvent enforcement. Economic theory suggests that conducting audits on a predictable schedule, and (counter-intuitively) at high frequency, can undermine the effectiveness of audits. We conduct a large-scale randomized controlled trial to test these ideas by auditing Chilean vendors selling illegal fish. Vendors circumvent penalties through hidden sales and other means, which we track using mystery shoppers. Instituting monitoring visits on an unpredictable schedule is more effective at reducing illegal sales. High frequency monitoring to prevent displacement across weekdays to other markets backfires, because targeted agents learn faster and cheat more effectively. Sophisticated policy design is therefore crucial for determining the sustained, longer-term effects of enforcement. A simpler demand-side information campaign generates two-thirds of the gains compared to the most effective monitoring scheme, it is easier for the government to implement, and is almost as cost-effective. The government subsequently chose to scale up that simpler strategy

Rir é o melhor remédio

Quando usamos o Google para fazer pesquisa ele tenta nos ajudar completando aquilo que geralmente as pessoas perguntam. Veja o que encontramos quando perguntamos sobre "porque a contabilidade":
A grande angústia é o aspecto de "ciência" ou "ciência exata". Agora com o tema "contador é"

Gostei do "contador é doutor", "contador é formado em que" e "contador é necessário".  Mas o mais engraçado é o último:
Usam?

18 março 2019

Maiores marcas do mundo (2000-2018)

Via aqui

Fim do Hanko?

  • O carimbo de madeira Hanko é um elemento essencial nas transações financeiras no Japão
  • Pouco a pouco as instituições financeiras começam a substituir o Hanko por smartphone ou tablet

Texto bem interessante do Jornal de Negócios sobre o Hanko. Trata-se de um carimbo pessoal exigido para fazer transações no Japão desde o século XIX. Podem ser usados no lugar da assinatura. A tradição japonesa mandava que toda transação deveria usar o carimbo feito de madeira.

Agora, as instituições financeiras estão começando a permitir que transações econômicas sejam feitas pelo smartphone ou tablet.

"Dá muito trabalho levar o hanko e tratar da papelada só para levantar dinheiro nas agências", disse Tomoyuki Shiraishi, um operário de 24 anos em Kurashiki, no oeste do Japão. (...)

As pequenas empresas usam o hanko para muitos contratos, e esses carimbos continuarão a ser exigidos para coisas como casar e comprar uma casa.

(...) No ano passado, o banco Resona Holdings passou a permitir que os clientes abram contas sem hanko em cerca de 600 agências. A mudança para o formato digital conta com o apoio do governo do primeiro-ministro Shinzo Abe, que redigiu um projeto de lei para disponibilizar mais serviços públicos online. (...)

Muitos pais compram um hanko feito à mão para os filhos quando eles atingem a maioridade, e os turistas levam-nos como lembranças, disse Keiichi Fukushima, escultor licenciado e membro da quarta geração de proprietários de uma loja que vende os carimbos no histórico distrito de Ueno em Tóquio. O fabrico de hanko é um setor que gera 1,5 mil milhões de dólares por ano, disse Fukushima, vice-presidente da associação nacional do setor.

"Ainda há muitas ocasiões em que precisamos usar o hanko", disse Fukushima.

Quem vai auditar o Novo Banco?


  • O Novo Banco, de Portugal, teve um grande prejuízo em 2018
  • O grande responsável foram os empréstimos de baixa qualidade
  • A Deloitte é a única Big Four que poderia auditar a instituição

Uma discussão acalorada em Portugal é sobre o Novo Banco (ex-Banco Espírito Santo). Já mostramos aqui que esta instituição financeira teve um grande prejuízo, parte devido ao “crédito malparado” [ou devedores duvidosos].

Diante da situação, há quem defenda a realização de uma auditoria para verificar como foi o processo de concessão de crédito. O presidente da República, Marcelo de Sousa, defende uma ampliação temporal desta auditoria recuando a quadro presidentes ou ex-presidente da instituição.

Um problema surge de imediato: nos anos recentes, o Novo Banco teve duas empresas de auditoria. Em 2017 era a PwC e no ano seguinte a EY. Já a KPMG era auditora antes disto e está sendo acusada de falhas na sua auditoria.

Sobra quem? Das quatro grandes empresas, a Deloitte.

A Deloitte só esteve envolvida na avaliação do impacto para os credores comuns da resolução versus liquidação que foi pedida pelo BdP a seguir à resolução do BES. O objectivo é garantir que os credores não perdem mais dinheiro com a resolução de um banco do que numa liquidação.

Não poderia ser outra empresa fora das Big Four? Vai ser preciso coragem.