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12 março 2019

Darwin

Uma mulher pulou uma cerca de segurança do zoológico para tirar uma selfie ao lado de um jaguar. O caso ocorreu nos Estados Unidos, no Arizona. A mulher foi atacada pelo animal e seus ferimentos não foram graves.

O diretor do Zoo disse que não existe uma forma de impedir que as pessoas pulem as cercas: "As cercas estão lá por um bom motivo", disse ele.

Isto me faz lembrar uma frase de um funcionário do departamento de turismo da Islândia (não lembro onde li) que, ao comentar sobre as atitudes de certos turistas, afirmou: "aqui acreditamos em Darwin".

Danske deve sair da Estônia por lavar dinheiro


  • O maior banco dinamarquês ajudou a lavar dinheiro através da filiar da Estônia e por este motivo terá 8 meses para abandonar a Estônia
  • Recentemente o banco ganhou o prêmio de maior ator corrupto de 2018 da Organized Crime and Corruption Reporting Project

O Danske Bank foi fundado em 1871 e possui sede em Copenhague, Dinamarca. Possui 19 mil empregados e receitas de 48 bilhões de coroas dinamarquesa, algo em torno de 28 bilhões de reais, sendo o maior banco do país. Por operar na região nórdica (Estônia, Letônia, Lituânia, Finlândia e Irlanda do Norte), o Danske está na lista das 500 maiores empresas do mundo da Forbes.

Em 2014, a autoridade de supervisão bancária da Estônia encontrou um grande sistema de violação nas regras de lavagem de dinheiro na filial do banco. A Estônia comunicou as atividades dinamarqueses, mas a investigação começou a envolver autoridades francesas. Como consequência, o executivo do banco renunciou em 2018. Autoridades do Reino Unido e Estados Unidos também começaram a investigar o banco por lavagem de dinheiro.

Em razão disto, o banco recebeu o prêmio de “most corrupted actor” da Organized Crime and Corruption Reporting Project. E esta não é uma honraria qualquer: a lavagem de 230 bilhões de euros foi decisiva para destacar o banco como uma entidade que mais fez para promover a atividade criminosa e a corrupção no mundo. O Danske venceu Putin, Viktor Orban (presidente da Hungria), Mohammed bin Salman (Arábia Saudita) e Trump. O vencedores deste prêmio no passado foram Rodrigo Duterte (2017, presidente da Filipinas), Maduro (2016, presidente da Venezuela), Milo Djukanovic (2015, ex-presidente de Montenegro), Vladimir Putin (2014), parlamento romeno (2013, que tentou descriminalizar o suborno e outras formas de corrupção) e Ilham Aliyev (2012, presidente do Azerbaijão).

O banco não tinha sistema de gerenciamento e controle de risco na Estônia. Em 2013, um funcionário do banco alertou a matriz em Copenhague, mas foi ignorado. Acredita que entre 20 a 80 bilhões de dólares foram retirados da Rússia pelo Danske.

Agora, no final de fevereiro, as autoridades da Estônia deram um prazo de oito meses para o Danske Bank abandonem o país em razão do escândalo de lavagem de dinheiro. Em dezembro, a polícia da Estônia prendeu dez ex-funcionários do banco envolvidos no esquema. Além disto, Kilvar Kessler, o responsável pelo regulador da Estônia, criticou as autoridades dinamarquesas por terem sido “suaves” demais com o banco e não terem impedido o problema. Um fato contábil que confirma a crítica de Kessler: em 2008, a filial da Estônia foi responsável por quase 10% do lucro anual do Danske, sem atrair a atenção dos dinamarqueses.

KPMG

No passado, a KPMG contratou ex-funcionários da entidade que supervisiona empresas de auditorias (PCAOB) e junto com eles algumas informações confidenciais. O problema chegou ao conhecimento da justiça e os contratados e os contratantes estão sendo julgados.

Agora um ex-sócio da KPMG, David Middendorf, foi julgado culpado (aqui e aqui). Ele foi acusado de usar informações sobre quais auditorias da KPMG seriam revisadas pelo PCAOB e com isto preparando para a inspeção da entidade. Também foi condenado um ex-funcionário da PCAOB, Jeffrey Wada. A sentença deverá sair em agosto. Mas Middendorf foi inocentado na tentativa de fraudar o governo. (Apenas lembrando, o PCAOB é uma entidade privada; a SEC é governo; o julgamento condenou a fraude contra a PCAOB). Em setembro mais um acusado deverá ser julgado.

Fatos históricos desconhecidos

Esta é uma pergunta do Quora (a partir do original aqui): Fatos históricos que surpreendem


1. Alexandre o Grande nunca perdeu uma batalha
2. 20MB era o maior HD em 1992.
3. O primeiro shopping foi construído em Roma entre 107 e 110 DC na época do Imperador Trajano.
4. Em 1961 a Força Aérea Americana deixou cair duas bombas nucleares ativas sobre a Carolina do Norte.
5. Mamute-lanoso ainda existiam quando a Pirâmide de Gizé foi construída.
6. A atual bandeira dos Estados Unidos foi projetada por um estudante do Ensino Médio como um projeto escolar, no qual ele recebeu um B-. Seu professor depois mudou para um A depois que foi escolhida como bandeira nacional.
7. A Constituição Americana contém erros gramaticais.
8. Hitler, Mussolini e Stalin, Foram todos nomeados para o Prêmio Nobel da Paz.

Rir é o melhor remédio

Efeito propriedade

11 março 2019

Ser irracional é muito racional

Decisions always make sense to the decider; when everyone around you appears irrational, maybe you're using an irrational heuristic. ("I just can't understand why somebody would do that...")



CRS e a China


  • O CRS é uma troca de informações tributárias e financeiras entre diversos países do mundo
  • Este instrumento pode ser usado por regimes não democráticos para pressionar os opositores
  • Existe uma estimativa de que chineses possuem 1 trilhão depositados no exterior.


O Padrão Comum de Relatório ou Common Reporting Standard (CRS) é um modelo desenvolvido pela OCDE para troca de informações tributárias e financeiras entre países. Este relatório iniciou com um acordo de 47 países em 2014 para compartilhar informações sobre rendimentos e ativos de maneira automática. Sua finalidade é reduzir a evasão fiscal mútua entre países que aderiram ao modelo. Isto inclui os países da OCDE e, também, o Brasil e a China.

Sobre este último país, o Project Syndicate alerta que o acordo pode ter (está tendo) consequências econômicas ruins. Com o CRS tem-se um banco de dados centralizado que poderá monitorar o comportamento das pessoas, em especial nos regimes não democráticos, como é o caso chinês. O governo teria um controle sobre as pessoas, incluindo aqueles que não agradam mais ao regime.

Empresários chineses sensatos, portanto, consideravam um dever para si mesmos e suas famílias esconder parte de sua riqueza no exterior.

Há uma estimativa de que US$1 trilhão em ativos não declarados de chineses estejam no exterior. Os donos destes ativos podem ser considerados criminosos a partir das informações recebidas de governos ocidentais. Assim, o CRS pode ser um instrumento de repressão, já que ao contrário de outros países a China não permitiu que pessoas declarassem a existência destes ativos ocultos. E nestes países, segundo o Project Syndicate, a principal motivação para esconder o dinheiro no exterior é a diversificação de riscos, sendo a privacidade fundamental para evitar extorsão. Lembram o caso dos milionários sauditas presos em um hotel?