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12 março 2019

KPMG

No passado, a KPMG contratou ex-funcionários da entidade que supervisiona empresas de auditorias (PCAOB) e junto com eles algumas informações confidenciais. O problema chegou ao conhecimento da justiça e os contratados e os contratantes estão sendo julgados.

Agora um ex-sócio da KPMG, David Middendorf, foi julgado culpado (aqui e aqui). Ele foi acusado de usar informações sobre quais auditorias da KPMG seriam revisadas pelo PCAOB e com isto preparando para a inspeção da entidade. Também foi condenado um ex-funcionário da PCAOB, Jeffrey Wada. A sentença deverá sair em agosto. Mas Middendorf foi inocentado na tentativa de fraudar o governo. (Apenas lembrando, o PCAOB é uma entidade privada; a SEC é governo; o julgamento condenou a fraude contra a PCAOB). Em setembro mais um acusado deverá ser julgado.

Fatos históricos desconhecidos

Esta é uma pergunta do Quora (a partir do original aqui): Fatos históricos que surpreendem


1. Alexandre o Grande nunca perdeu uma batalha
2. 20MB era o maior HD em 1992.
3. O primeiro shopping foi construído em Roma entre 107 e 110 DC na época do Imperador Trajano.
4. Em 1961 a Força Aérea Americana deixou cair duas bombas nucleares ativas sobre a Carolina do Norte.
5. Mamute-lanoso ainda existiam quando a Pirâmide de Gizé foi construída.
6. A atual bandeira dos Estados Unidos foi projetada por um estudante do Ensino Médio como um projeto escolar, no qual ele recebeu um B-. Seu professor depois mudou para um A depois que foi escolhida como bandeira nacional.
7. A Constituição Americana contém erros gramaticais.
8. Hitler, Mussolini e Stalin, Foram todos nomeados para o Prêmio Nobel da Paz.

Rir é o melhor remédio

Efeito propriedade

11 março 2019

Ser irracional é muito racional

Decisions always make sense to the decider; when everyone around you appears irrational, maybe you're using an irrational heuristic. ("I just can't understand why somebody would do that...")



CRS e a China


  • O CRS é uma troca de informações tributárias e financeiras entre diversos países do mundo
  • Este instrumento pode ser usado por regimes não democráticos para pressionar os opositores
  • Existe uma estimativa de que chineses possuem 1 trilhão depositados no exterior.


O Padrão Comum de Relatório ou Common Reporting Standard (CRS) é um modelo desenvolvido pela OCDE para troca de informações tributárias e financeiras entre países. Este relatório iniciou com um acordo de 47 países em 2014 para compartilhar informações sobre rendimentos e ativos de maneira automática. Sua finalidade é reduzir a evasão fiscal mútua entre países que aderiram ao modelo. Isto inclui os países da OCDE e, também, o Brasil e a China.

Sobre este último país, o Project Syndicate alerta que o acordo pode ter (está tendo) consequências econômicas ruins. Com o CRS tem-se um banco de dados centralizado que poderá monitorar o comportamento das pessoas, em especial nos regimes não democráticos, como é o caso chinês. O governo teria um controle sobre as pessoas, incluindo aqueles que não agradam mais ao regime.

Empresários chineses sensatos, portanto, consideravam um dever para si mesmos e suas famílias esconder parte de sua riqueza no exterior.

Há uma estimativa de que US$1 trilhão em ativos não declarados de chineses estejam no exterior. Os donos destes ativos podem ser considerados criminosos a partir das informações recebidas de governos ocidentais. Assim, o CRS pode ser um instrumento de repressão, já que ao contrário de outros países a China não permitiu que pessoas declarassem a existência destes ativos ocultos. E nestes países, segundo o Project Syndicate, a principal motivação para esconder o dinheiro no exterior é a diversificação de riscos, sendo a privacidade fundamental para evitar extorsão. Lembram o caso dos milionários sauditas presos em um hotel?

Dica de produtividade

Esta é uma dica que li em algum lugar (acho que no Quora) e resolvi a adotar na minha vida diária. É uma maneira de aumentar a produtividade diária: colocando seu celular no modo preto e branco. Passamos muitas horas no telefone, a um ponto de ser viciante. É muito comum nos dias de hoje você olhar quatro pessoas sentadas em uma mesa, cada um com o seu aparelho. Ou em uma sala de aula, as pessoas com o telefone ligado, sem prestar nenhuma atenção ao conhecimento e as discussões que estão ocorrendo.

Provavelmente você deve passar mais de 15 horas por semana com o seu aparelho. Uma forma de reduzir este tempo é retirando as cores da tela do celular.

a cores LCD estimulam partes do nosso cérebro que herdámos dos ancestrais há muito tempo. Na natureza, as cores brilhantes significam itens de interesse. As muitas cores brilhantes na tela do telefone ssignificam muitos itens de interesse, o tempo todo . Eles fixam nossos cérebros, que ainda são acionados por cores brilhantes. Designers de telefones fazem isso intencionalmente para nos atrair .

Efeito da política ambiental

De que forma a política ambiental pode refletir no combate ao desmatamento? Juliano Assunção (PUC RJ), Joshua Murphy (Natural Resources Canada), Robert McMillan e Eduardo Souza-Rodrigues (ambos da Universidade de Toronto) verificaram a “lista prioritária” de municípios de 2008 feita pelo governo federal brasileiro na Amazônia. Esta lista reduziu o desmatamento e as emissões. Eis o resumo da pesquisa:

This paper sets out an empirically-driven approach for targeting environmental policies optimally in order to combat deforestation. We focus on the Amazon, the world's most extensive rainforest, where Brazil's federal government issued a ‘Priority List’ of municipalities in 2008, to be targeted with more intense environmental monitoring and enforcement. In this setting, we first estimate the causal impact of the Priority List on deforestation using ‘changes-in-changes’ (Athey and Imbens, 2006), a flexible treatment effects estimation method, finding that it reduced deforestation by 40 percent and cut emissions by 39.5 million tons of carbon. Second, we develop a novel framework for computing targeted ex-post optimal blacklists. This involves a procedure for assigning municipalities to a counterfactual list that minimizes total deforestation subject to realistic resource constraints, drawing on the ex-post treatment effect estimates from the first part of the analysis. Accounting for spillovers, we show that the ex-post optimal list resulted in carbon emissions over 7.4 percent lower than the actual list, amounting to savings of more than $900 million, and emissions over 25 percent lower (on average) than a randomly selected list. The approach we propose is relevant for assessing both targeted counterfactual policies to reduce deforestation and quantifying the impacts of policy targeting more generally.