- A Universidade da Califórnia anunciou um boicote à Elsevier
- A Elsevier cobra quando um cientista submete um artigo e quando ele acessa a base de dados
- Trata-se da maior universidade a adotar uma medida deste tipo
A Elsevier foi fundada em 1880 sendo a maior editora científica, técnica e médica do mundo, publicando 430 mil artigos anualmente em 2.500 periódicos. Nos seus arquivos constam 13 milhões de documentos e 30 mil e-books. Mesmo atuando na área de divulgação científica, a Elsevier possui uma margem de lucro elevada, de 37% em 2017.
O domínio do mercado da empresa tem permitido que a editora cobrasse dos pesquisadores, quando decidem publicar em dos seus periódicos, e das universidades, quando alguém acessa o seu arquivo de textos.
Durante oito meses a Universidade da Califórnia tentou estabeleceu uma negociação nos contratos de assinatura; a universidade deseja um preço único para a assinatura e para a submissão de artigos. A Elsevier defendia a cobrança dupla: na submissão e no acesso aos periódicos.
O movimento ocorre em meio a uma revolta global sobre o modelo de publicação de acesso fechado, que a New Scientist chamou de "mais lucrativo do que petróleo" e "indefensável". Os maiores financiadores científicos da Europa anunciaram que só apoiarão pesquisas que tenham a liberdade de ler no momento da publicação.