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02 fevereiro 2019

Deutsche volta a ter lucro

Com problemas de controle interno e acusações diversas, o Deustche Bank, o maior banco da Alemanha, divulgou ontem o primeiro lucro anual desde 2014. Assim como ocorreu na GE, não foi um grande lucro: 341 milhões de euros de lucro líquido. Mas em 2017 foi um prejuízo de 735 milhões.

O Deustche reduziu o número de funcionários (menos 6 mil), reduziu a receita e existe uma especulação de que o governo alemão estaria preparando uma fusão com o Commerzbank, desmentida pelos executivos. No mesmo dia que divulgava os novos números, especulava-se que o Deustche poderia ser processado por conluio na venda de títulos.

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01 fevereiro 2019

Doe sangue


Olha que história legal: recentemente, Lin Xiaofen disse ao seu namorado que teve um acidente de carro terrível há 11 anos. Sua vida foi salva graças a 10 litros de sangue, além de plaquetas. Seu namorado perguntou: “Será que era meu sangue?” Na época, Lian, o namorado, era doador regular. Foi o suficiente para despertar a curiosidade de Lin. Ela solicitou informações sobre a pessoa que tinha doado o sangue e confirmou: era Lian o doador, que tinha salvado sua vida, antes de se conhecerem.

Fonte: aqui

Malásia multa auditor

O regulador da Malásia multou a empresa de auditoria Deloitte em 584 milhões de dólares pelo seu trabalho no fundo estatal 1MDB. O regulador do país asiático afirmou que a empresa de auditoria encontrou irregularidades na sua auditoria, mas não cumpriu com suas obrigações.

O escândalo do fundo 1MDB envolveu o ex-dirigente máximo do país. O fundo soberano foi usado para gastos inadequados, como a compra de um iate e outros. Os valores foram desviados. Um dos envolvidos, Jho Low, usou o dinheiro para comprar presentes caros para suas ex-namoradas (Miranda Kerr, Paris Hilton e Elva Hsiao) ou brindes para "amigos (Foxx, Alicia Keys e DiCaprio. Por sinal, este último chegou a prestar depoimento para esclarecer a amizade)

Recentemente um jornal chinês chegou a anunciar que o regulador estava analisando o papel do auditor no escândalo.

(Foto: Low e Hilton)

GE em recuperação?

A General Electric é uma empresa com mais de um século de vida. Chegou a ser a empresa mais valiosa do mundo, sinal de boa gestão. Os últimos anos foram ruins, com uma queda de braço com alguns acionistas para manter uma ligação centenária com a KPMG e suspeita de falência.

No último dia de janeiro a empresa divulgou alguns números contábeis. E a reação dos investidores foi positiva, com uma valorização de 17% nas ações. O lucro foi pequeno, de 666 milhões (número cabalístico), para uma receita de 31 bilhões. Mas muito melhor do que o esperado. Além disto, a nova gestão parece estar tentando resolver alguns problemas do passado, como investigação do governo dos EUA. E reformulando a área de energia (mais aqui).

O lendário CEO Jack Welch administrou a GE por 20 anos. Seu sucessor, Immelt, durou 16 anos; e Flannery apenas um. Não é de admirar que Culp esteja se movendo rapidamente.

O ano de 2018 foi realmente ruim. Por este motivo, um certo otimismo. Mas o resultado não foi dos melhores:

"Os únicos dados relevantes nos números trimestrais são que as vendas reais e o fluxo de caixa livre do negócio industrial foram melhores do que o esperado", disse Nicholas Heymann, analista da William Blair.

Há ainda muitas questões e desafios pela frente. A atual gestão evita fazer projeções, mas tem falado de maneira franca com o mercado. Isto agrada.

Importância do Regime de Competência para o Setor Público

Quando Margaret Thatcher chegou ao poder na Grã-Bretanha, em 1979, uma das suas ações foi a venda de propriedades para o setor privado. Isto incluía terra, campos, parques escolares e outros. Estima-se que um total de 400 bilhões de libras, mas este número carrega muita incerteza em razão de existirem poucos dados sobre o que foi vendido, para quem e qual o preço.

A adoção do regime de competência no setor público ajudou e serviu como um ponto de virada:

The move to accrual accounting is pinpointed as a potential turning point: “Different accounting systems represent different ways of seeing: something visible under one system may not be visible under another, something accorded significant value under one system may be valued much less highly under another.” Accrual accounting makes it more likely that the value of public land will be recognised, and so bargain basement sell-offs less likely. For instance, many councils were valuing parks at £1 each. On the other hand, recognising their true worth – say £100m – makes them an even more tempting target for the Treasury to require to be sold.

Isto realmente é interessante. A contabilidade por competência, ao reconhecer como ativo um terreno, poderia então evitar que bens públicos fossem vendidos como pechincha.

Mas existe o outro lado da moeda: ao avaliar estes bens públicos, muitas vezes sem uma base consistente, isto poderia contribuir para que um bem público dispensável pudesse ser vendido. Haveria uma resistência na comparação entre o preço que seria obtido no mercado e o valor existente na contabilidade. Veja o caso da Eletrobras; estimamos que a empresa destruiu 562 bilhões de reais em valor. O ativo desta empresa é de 178 bilhões de reais. Mas este é o valor contábil dos ativos, não indicando que a empresa irá ou não gerar valor no futuro.

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