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26 janeiro 2019

Malásia e os auditores

A questão do fundo 1MDB, que investia recursos públicos da Malásia, realmente poderia, quem sabe, resultar em um filme, com participação de Leonardo diCaprio (no papel dele mesmo), Miranda Kerr (idem), Elva Hsiao (idem), Foxx (idem) e Alicia Keys (idem).

Uma notícia de um jornal chinês diz que os reguladores do país asiático estariam investigando a conduta dos auditores em relação ao trabalho que deveria ter sido feito no fundo. O regulador asiático diz que ainda está investigando o trabalho da KPMG e da Deloitte, para verificar se "ajudaram" ou simplesmente foram "negligentes". Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, mais de 4,5 bilhões de dólares foram roubados do 1MDB entre 2009 a 2014.

(Fotografia: Di Caprio e Jho Low, o responsável pelo desvio)

Vale e Brumadinho 2

O rompimento da barragem de Brumadinho levou um juiz a adotar uma medida de tornar indisponível e a bloquear um bilhão de reais "da Vale S/A ou de qualquer de suas filiais indicadas [...] com imediata transferência para uma conta judicial a ser aberta especificamente para esse fim, com movimentação a ser definida pelo juízo competente pelo Estado de Minas Gerais”.

Segundo a notícia:

Outras determinações foram feitas pelo Juiz de plantão, são elas: impedir que os rejeitos contaminem as fontes de nascente e captação de água [isto não faz sentido]; ter total cooperação com o Poder Público no resgate e amparo às vítimas, devendo apresentar no prazo de 48h relatório pormenorizado das medidas adotadas; iniciar a remoção do volume de lama lançado pelo rompimento da barragem, informando semanalmente ao Juízo e às autoridades competentes as atividades realizadas e os resultados obtidos; realizar o mapeamento dos diferentes potenciais de resiliência da área atingida.

O Governo de Minas também pediu a indisponibilidade das ações da empresa Vale [?] em Paris, Nova York e São Paulo, mas não foi concedido na tutela de urgência do Juiz da Vara de Belo Horizonte.


Com respeito ao bloqueio, no último balanço a empresa tinha informado um total de caixa e equivalentes de 24 bilhões de reais no consolidado e 2,8 bilhões na controladora.

Diante do fato, seria possível imaginar que a contabilidade já poderia estar lançando provisões relacionadas ao acidente que ocorreu ontem. Olhando as demonstrações de setembro a resposta seria: provavelmente não. Veja o que diz um trecho (nota explicativa 22, item d, "Contingências relacionadas ao acidente da Samarco")

Em função do estágio dos processos envolvendo o acidente da Samarco e descritos acima, não é possível determinar nesse momento um intervalo de possíveis desfechos ou uma estimativa confiável da exposição potencial para a Vale S.A. Portanto, nenhum passivo contingente foi quantificado e nenhuma provisão para os processos relacionados ao acidente está sendo reconhecida.

Vale e Brumadinho

A Vale, diante da tragédia de Brumadinho, divulgou na sua página (imagem), algumas poucas informações sobre o que ocorreu. Talvez seja cedo para ter mais informações, mas o presidente da empresa, em entrevista, afirmou que era muito mais uma tragédia humana que ambiental. Estava comparando com o rompimento de outra barragem, também em Minas Gerais, na cidade de Mariana, que provocou consequências ambientais. Afirmou também que Brumadinho tinha sido "auditada" por uma empresa alemã em setembro. Posteriormente, um grupo de técnicos da Agência Nacional de Mineração (antigo DNPM) tinha vistoriado a mesma barragem.  Em 2016, o TCU (?) tinha alertado para problemas na fiscalização das barragens no Brasil e a chance de risco de um novo problema. A barragem estaria desativada, segundo informação da Vale.

Para o presidente da Vale a pressão é grande principalmente depois que, ao assumir o cargo, declarou "Mariana Nunca Mais". Otimismo demais, comum em todos os executivos.

Por que a concorrência abre suas lojas perto das outras? -

Rir é o melhor remédio


25 janeiro 2019

Governo e Eletrobras começam a negociar modelo de privatização

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, vai iniciar as discussões com o novo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre o total de participação da União que será diluído dentro do plano de capitalização da empresa. Ainda não está claro se o novo plano resultará na venda do controle da elétrica, mas o executivo, defensor da privatização, pretende mostrar ao governo que a desestatização trará mais valor para as ações da companhia que ficarão nas mãos da União. "Nunca tratamos da diluição [da participação da União na Eletrobras]. Vamos começar a tratar agora. Que vai haver uma diluição não tem dúvida", afirmou Ferreira.
[...]

Segundo o executivo, a ideia é mostrar ao ministro que o plano que prevê a perda do controle da empresa pela União, a partir da criação de uma corporação, com "golden share" e limitação de concentração por acionistas é o que vai valorizar mais as ações do governo na companhia

Segundo o executivo, a expectativa é que o modelo da capitalização seja definido ainda no primeiro semestre. A partir da definição, a companhia levará no máximo nove meses para preparar a operação. Ele contou que tem se reunido semanalmente com o ministro e sua equipe, a fim de afinar esses planos.

Fonte: Aqui

Presos o ex-governador do Paraná e seu contador

O ex-governador do Paraná Beto Richa e seu contador Dirceu Pupo Ferreira foram presos nesta sexta-feira (25/1). Eles são acusados de obstruir as investigações sobre corrupção em concessionárias de pedágio.

De acordo com o Ministério Público Federal, Ferreira, a mando de Richa, teria procurado uma testemunha e pedido que ocultasse a existência de pagamento em espécie na compra de imóveis. Segundo o MPF, o ato foi praticado para impedir a descoberta do esquema de lavagem de dinheiro, interferindo na produção da prova.
[...]

Segundo o MPF, Beto Richa recebeu propinas em dinheiro vivo das empresas concessionárias, arrecadado em praças de pedágio, e parte desse dinheiro foi usada para comprar imóveis, por meio de empresas de sua família administradas por Pupo.

De acordo com a acusação, parte do dinheiro recebido por Richa como propina era lavado na compra de apartamentos. Para isso, segundo o MPF, era solicitado aos vendedores que lavrassem escrituras públicas de compra e venda por um valor abaixo do realmente pactuado entre as partes. A diferença entre o valor da escritura e o acordado era paga em espécie, de forma oculta, com propinas.

Fonte: aqui.