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16 janeiro 2019

Contadores são confiáveis. Nos Estados Unidos

Uma pesquisa do Gallup investigou as profissões mais confiáveis nos Estados Unidos. Os enfermeiros, pelo 17o. ano seguido ficaram em primeiro lugar. Mas os contadores não fizeram feio: 42% de confiança da população. Veja a listagem:

1. Enfermeiros = 84%
2. Médicos = 67%
3. Farmacêuticos = 66%
4. Professores do Ensino Médio = 60%
5. Policiais = 54%
6. Contadores = 42%
7. Clérigos = 37%
8. Jornalistas = 33%
9. Empreiteiros = 29%
10. Banqueiros = 27%
11. Agentes Imobiliários = 25%
12. Advogados = 19%
13. Executivos = 17%
14. Vendedores de carros = 8%
15. Membros do Congresso = 8%

Países mais obesos

Segundo a World Health Organization (WHO) em 200 países, aqueles que apresenta as taxas com maior número de obesos são:

American Samoa
Nauru
Ilhas Cook
Tokelau
Tonga
Samoa
Palau
Kiribati
Ilhas Marshall
Kuwait

Entre os países da OECDE:

EUA (38.2% da população adulta)
México (32.4%)
Nova Zelândia (30.7%)
Hungria (30%)
Austrália (27.9%)
Reino Unido (26.9%)
Canadá (25.8%)
Chile (25.1%)
Finlândia (24.8%)
Alemanha (23.6%)

Fonte: Aqui

História da Contabilidade: nepotismo em 1859

Em 1859, na reforma do Tesouro, alguns funcionários foram nomeados. Um deles, José Francisco Vianna, era filho do conselheiro Joaquim Francisco Vianna. O filho tinha acabado de se formar em direito pela faculdade de direito de Recife. Um texto do A Actualidade (1859, n. 3, p. 2) perguntava:

O paíz será tão falto de pessoal, que para esse lugar só se encontrasse o filho do Sr. director da contabilidade? Os talentos financeiros serão hereditarios na casa do Sr. Vianna? Não encontrou o Sr. Salles em todo o paiz pessoas que estivessem no caso de preencher melhor esse emprego? Seria preciso pagar ao Sr. Vianninha 3:200$ annuaes para fazer o seu curso de legislação de fazenda? Não será isso aprender nas barbas do aprendiz? Não será semelhante nomeação dictada pelo nepotismo? 

Mais adiante, o Brasil irá começar a adotar concursos para algumas funções, sendo um dos conhecimentos necessário será contabilidade.

Rir é o melhor remédio

Mundo moderno:





Via aqui

15 janeiro 2019

Curso Prático de Contabilidade: Analisando um evento na Gama

A seguir, mais um estudo de caso que poderá ser usado como material de aula por parte dos professores. Ou então, como um "teste seu conhecimento" em contabilidade.

No capítulo 3 do livro Curso Prático de Contabilidade aprendemos como os eventos são tratados pela contabilidade. Para cada evento, mostramos a análise dos eventos sobre a equação contábil básica, ou seja, a análise em termos do débito e crédito e o seu registro no livro diário e razonetes. No capítulo anterior do livro, mostramos como as demonstrações contábeis apresentam informações sobre uma empresa.

Este balanço que apresentamos a seguir é da Gama Incorporação Imobiliária S/A. Analisando a DRE, é possível perceber que é um empreendimento que apresentou pouca movimentação no ano de 2017. Isto não deixa de ser estranho, já que é uma empresa que possui um profissional de contabilidade; assim, deveria receber um salário por esta função, o que corresponderia a uma despesa.
Mas vamos assumir que as demonstrações estejam corretas para nosso estudo de caso. Com base nas demonstrações, responda o que se pede a seguir:

a) quais as três contas do balanço que apresentaram movimentação em 2017?

b) Houve também uma variação de centavos no Patrimônio Líquido da empresa durante o ano de 2017. Você saberia dizer o que explica esta variação?

c) Observe agora a demonstração dos fluxos de caixa (erroneamente chamada de “do fluxo” no singular). Analisando os valores dos fluxos de investimento e de financiamento, você poderia descrever o evento que ocorreu? Lembre-se de fazer uma análise completa, conforme mostramos no capítulo 3.

d) Ponto adicional para quem descobrir um erro (aparentemente de digitação) na Demonstração dos Fluxos de Caixa.

Curso Prático de Contabilidade - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues. Gen, 2018, 2a edição. 

É importante combater a corrupção?

Um capítulo do livro de Clayton Christensen (foto) foi publicado pela Época. Trata de corrupção. Inicialmente ele constata que o problema da corrupção é generalizado, sendo necessário enxergar sob outra ótica. (Na verdade, a abordagem dele não é tão inovadora, mas sintetiza pensamentos que não são dominantes sobre o assunto). A questão da corrupção não é moral e o combate à corrupção deveria ser repensado, já que se gasta muita energia.

A corrupção não é recente e muitos países considerados exemplos de retidão, mas que eram pobres no passado, também eram corruptos. Além disto, os programas de combate à corrupção são falhos pois não reconhecem que “a corrupção é o melhor caminho, um atalho, uma utilidade em lugares onde há poucas opções melhores”.

Segundo Christensen há três motivos que justifica o fato de uma pessoa adotar a corrupção: (1) é uma forma de facilitar as pessoas progredirem na vida (2) a estrutura de custos não é compatível com a receita (ou seja, o salário da pessoa não é suficiente para o seu sustento); (3) é uma forma de subverter as estratégias para se beneficiar. Este último motivo é como se fosse a aplicação da relação custo e benefício.

A partir daí, o autor classifica um país em três fases: fase 1, onde a corrupção é escancarada e imprevisível; fase 2, onde é encoberta e previsível; e fase 3, da transparência. A situação da fase 3 refere-se, por exemplo, a Lei de Práticas Corruptas Estrangeiras dos Estados Unidos. “Walmart, Siemens, Avon e Alstom, um grupo industrial francês, e muitas outras companhias burlaram a FCPA e em consequência pagaram centenas de milhões de dólares em multas.”

O que garante a mudança seria, segundo Christensen, o desenvolvimento econômico do país. Os Estados Unidos, no século XIX, era um país corrupto. A Coréia do Sul de Park Geun-hye também.

A solução seria: parar de concentrar os esforços no combate à corrupção:

Em vez de continuar combatendo agressivamente a corrupção com seus recursos muito limitados, o que aconteceria se governos zelosos de países pobres se empenhassem em fomentar a criação de novos mercados que ajudassem os cidadãos a resolverem seus problemas cotidianos? Com a criação de mercados suficientes, as pessoas terão interesse no êxito desses mercados. Governos começarão a gerar mais receita para melhorar seus tribunais, o cumprimento das leis e os sistemas legislativos. Além disso, os mercados criam empregos que dão às pessoas uma alternativa viável a acumular fortuna com meios corruptos. Pedir às pessoas que rejeitem a corrupção sem lhes dar um substituto viável não é muito realista e, conforme os dados mostram, nem sempre funciona.


O próprio autor mostra alguns exemplos onde as soluções propostas parecem simplórias: Napster é um caso.

Ao examinar as crenças muito difundidas de que estabelecer instituições sólidas e extinguir a corrupção são pré-requisitos para o desenvolvimento de uma economia, constatamos continuamente que as inovações, especialmente aquelas que criam mercados, podem ser um catalisador crucial para a mudança. Inovações que criam mercados conseguem introduzir aquilo que é necessário, independentemente da existência de instituições firmes ou do grau de corrupção. Isso virá na sequência, assim como a peça mais visível do quebra-cabeça do desenvolvimento: a infraestrutura.
(grifo no original)

Aqui uma tese sobre desonestidade em grupo. Aqui outra sobre desonestidade com tributos.

Fluxo de Caixa livre negativo da Netflix

No dia 17 de janeiro a Netflix deverá divulgar seus resultados. A expectativa é a confirmação de que a empresa está queimando muito caixa. Em 2018 o fluxo de caixa livre da empresa atingiu um valor negativo de 3 bilhões de dólares. Foi de 2 bilhões em 2017.

O resultado seria uma grande aposta da empresa. Para se manter no mercado, a Netflix necessita de ter no seu catalógo um grande número de atrações. E isto exige dinheiro. Segundo seu executivo, Reed Hastings:

"Quando produzimos um show incrível como 'Stranger Things', é muito capital na frente, mas você recebe por muitos anos"

E a empresa tem aumentado a produção de séries como “Stranger Things”. Ao mesmo tempo, novos concorrentes estão entrando no mercado, como a Disney e a ATT, ou estão investindo também, como a Amazon. Assim, a Netflix precisa de boas produção e originais para manter o crescimento dos assinantes. Mais ainda, alguns programas precisam estar no catalogo da empresa, como Friends, que a Netflix pagou 100 milhões de dólares para manter os direitos de transmissão.

Há aqui um problema que é contábil e financeiro. Se Friends deve manter uma base de fiéis fãs, outros programas talvez não tenha o mesmo interesse. É difícil estabeler uma taxa de deterioração (rate of deterioration) que permite avaliar por quanto tempo um programa deve permanecer no catálogo da empresa. A contabilidade precisa estabelecer esta informação os usuários (internos e externos).

Uma estimativa de analistas do Morgan Stanley mostrou, no entanto, que o fluxo de caixa livre deverá ser positivo em 2021, conforme o gráfico abaixo:


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