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24 dezembro 2018

Efeito Streisand e Sci-Hub

O Sci-Hub é um endereço onde é possível acessar artigos científicos. O endereço foi criado em 2011 pela pesquisadora e hacker Alexandra Elbakyan e ficou conhecido como o Pirate Bay da ciência.

Há dúvidas sobre como a Sci-Hub obtém os arquivos dos artigos, mas parece que o endereço está incomodando as grandes editoras.  A Elsevier é uma das editoras que já entraram com recurso contra a Sci-HuB.


Geralmente estas editoras estão ganhando a batalha legal contra a Sci-Hub. Mas existe o efeito Streisand. Este efeito tem seu nome em homenagem a atriz, que tentou impedir a divulgação de fotografias de sua mansão. A tentativa acabou ganhando destaque e chamou ainda mais atenção para as fotografias. No Brasil seria o efeito Cicarelli em homenagem a modelo que tentou proibir a divulgação de um vídeo. 

“O Sci-Hub sempre se mostrou melhor no jogo de gato e rato que os gigantes do monopólio editorial de ciência que ele mina”, disse o ativista e autor Cory Doctorow por e-mail para a Motherboard.
“Dito isso, a menos que sua ciência seja pública, isso não é ciência, é alquimia”, acrescentou Doctorow. “Com os grandes financiadores de ciência do mundo declarando guerra a editoras como a Springer, é bizarro que eles se foquem no Sci-Hub em vez de abordar o fato que o resto da comunidade científica acha que eles são parasitas inúteis e gananciosos.”

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A importância dos resultados nulos

Um trabalho publicado na plataforma PsyArXiv indica que a proporção de pesquisas que não conseguem confirmar hipóteses formuladas por seus autores é maior do que se calculava – e sugere que o expediente de descartar ou omitir esses resultados negativos por considerá-los irrelevantes sobrevaloriza os achados positivos e pode produzir vieses. Os psicólogos Chris Allen e David Mehler, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, avaliaram pela primeira vez uma prática que vem ganhando espaço para dar mais transparência ao processo científico: a publicação em revistas especializadas dos chamados relatórios registrados, um tipo de paper que apresenta métodos e planos de análise de uma pesquisa ainda não iniciada, mas que foram avaliados por pares. Posteriormente, essas revistas se comprometeram a publicar os resultados, mesmo que sejam nulos ou inconclusivos, o que permite comparar a ambição do projeto com o seu desfecho.

Ao analisar 113 desses relatórios, que envolviam experimentos em ciências biomédicas e psicologia, a dupla de pesquisadores contabilizou 296 hipóteses formuladas – e observou que 61% delas não foram confirmadas pelos resultados alcançados. De acordo com os dois autores, a literatura científica considerava uma proporção em um patamar bem inferior, entre 5% e 20% de resultados negativos. Existem hoje cerca de 140 periódicos que registram previamente objetivos de pesquisas e depois divulgam os resultados, sejam eles quais forem. Boa parte dessas revistas cataloga protocolos de ensaios clínicos de medicamentos e novas terapias, que, por imposição da legislação dos Estados Unidos, precisam ser registrados antes de sua realização. O cuidado em oficializar os objetivos de um experimento científico previne práticas viciadas, como a modificação extemporânea de hipóteses para adaptá-las a dados já encontrados, ou ao menos evita que resultados negativos sejam esquecidos.


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Mestrado e Doutorado

Em Histórias Contábeis, a professora Polyana fez um apanhado da relação de inscritos, vagas e aprovados nos programas de mestrado e doutorado em contábeis. Eis os dois gráficos que ela fez:


É interessante que alguns cursos atraíram uma grande quantidade de candidatos, com destaque para UFPB e UFU. O primeiro programa promoveu atividades de atração de candidatos. Um total de 331 vagas para pós nesses programas.

Som da sexta... na segunda

Santa baby, atualizada. Por que vamos combinar, né... Muita música de natal tem letra estranha.

Rir é o melhor remédio








Antes da internet

23 dezembro 2018

História do "Feliz Natal"

Até o final do século XIX, o termo "Feliz Natal" era usado como sinônimo de "feliz aniversário". A primeira vez que o termo aparece nos jornais brasileiro foi em 1827:

(Diário do Rio de Janeiro, 1827)
(O Cruzeiro, 1829, ed 118, p. 2)

Observe que em ambos os trechos os termos estava associado ao nascimento do imperador, em outubro.) Nos anos seguintes, o termo aparece raramente, muitas vezes em um poesia para alguma pessoa. 

Somente em 1882 o termo irá aparecer. No jornal O Apóstolo, um jornal católico, no dia 24 de dezembro, temos pela primeira vez o termo:

(Edição 146, Ano XVII,  de 24 de dezembro de 1882, p. 1)