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18 dezembro 2018

A primeira vez do Google

No livro A Googlelização de Tudo, o autor relata a primeira vez que o Google apareceu na imprensa dos Estados Unidos:

A Business Week mencionou o Google pela primeira vez em setembro de 1998. Numa breve menção ao modo de funcionamento dos mecanismos de busca e ao desafio de avaliar a qualidade de seus resultados, seus editores escreveram: "Há outro sistema de classificação que pode ser ainda melhor para os empresários e administradores. O Google (http://google.stanford.edu/) avalia outros sites da rede pelo número de outros sites ligados a eles. Em outras palavras, as avaliações são determinadas não pelos navegadores, mas por webmasters que supostamente levaram algum tempo para avaliar um site antes de colocar um link para ele. (...)"

É digno de nota que o link oferecido nesse artigo para acessar o Google estivesse no sistema de computadores da Stanford University. Essa é a referência mais antiga que consegui encontrar do mecanismo de busca que, dez anos depois, dominaria a rede (...)

Veja que curioso. Encontrei o termo "google" no Estado de São Paulo de 1929 (1  de jun, p. 6):
 Interessante a existência de alguém como sobre Google no Brasil. Além disto, era notícia de jornal que viajava de avião naquela época.

O nome da empresa só irá aparecer no jornal no ano 2.000.

Mito do Capitalismo: pouca concorrência, muita concentração


[..]
In industry after industry, they can only purchase from local monopolies or oligopolies that can tacitly collude. The U.S. now has many industries with only three or four competitors controlling entire markets. Since the early 1980s, market concentration has increased severely. We’ve already described the airline industry. Here are other examples:
  • Two corporations control 90 percent of the beer Americans drink.
  • Five banks control about half of the nation’s banking assets.
  • Many states have health insurance markets where the top two insurers have an 80 percent to 90 percent market share. For example, in Alabama one company, Blue Cross Blue Shield, has an 84 percent market share and in Hawaii it has 65 percent market share.
  • When it comes to high-speed Internet access, almost all markets are local monopolies; over 75 percent of households have no choice with only one provider.
  • Four players control the entire U.S. beef market and have carved up the country.
  • After two mergers this year, three companies will control 70 percent of the world’s pesticide market and 80 percent of the U.S. corn-seed market.
The list of industries with dominant players is endless. It gets even worse when you look at the world of technology. Laws are outdated to deal with the extreme winner-takes-all dynamics online. Google completely dominates internet searches with an almost 90 percent market share. Facebook has an almost 80 percent share of social networks. Both have a duopoly in advertising with no credible competition or regulation.

Amazon is crushing retailers and faces conflicts of interest as both the dominant e-commerce seller and the leading online platform for third-party sellers. It can determine what products can and cannot sell on its platform, and it competes with any customer that encounters success.
Apple’s iPhone and Google’s Android completely control the mobile app market in a duopoly, and they determine whether businesses can reach their customers and on what terms. Existing laws were not even written with digital platforms in mind.

So far, these platforms appear to be benign dictators, but they are dictators nonetheless.

[..]

 Fonte: aqui



Periódico para publicação

Para quem deseja publicar, a Revista da CGU pode ser um oportunidade interessante: a revista está na base de dados REDIB e está adotando a publicação continuada.

A revista pode ser acessada aqui.

Aula ou Consultoria

Vale a pena o governo ajudar as pequenas e médias empresas? No momento em que o Brasil discute a qualidade da destinação de recursos privados para o Sistema S, seria importante ter elementos para verificar se a destinação de bilhões de reais para estas entidades, entre as quais uma delas destinada a fomentar empresas de pequeno porte, é justificado. O problema é que não temos um levantamento sério sobre o desempenho das entidades (aqui um texto do jornal Valor Econômico sobre a dificuldade de obter esta informação). As entidades de fiscalização do gasto público não conseguem romper a barreira.

Uma pesquisa (via aqui) realizada no Quênia mostrou que pode valer a pena, mas depende da forma como é feita a ajuda. A pesquisa comparou o lucro das empresas que não receberam nenhum apoio com as empresas que tiveram aulas e aquelas que foram orientadas. O lucro seria uma medida do sucesso da empresa.

Quando se compara a empresa sem apoio com outra onde o apoio estava restrito a sala de aula é possível notar pouca diferença. Já quando é empresa é orientada, como seria a “consultoria” do Sebrae, há claramente uma melhoria na lucratividade.

Isto não garante que o Sebrae seja rentável para a sociedade. Em primeiro lugar, a pesquisa foi realizada em outro país; segundo, seria necessário levar em consideração o custo da "consultoria" fornecida pelo Sebrae para saber se é viável ou não.

Rir é o melhor remédio

Com os astros:
 Com uma pequena adaptação:



17 dezembro 2018

Profissões Comuns

Eis as ocupações mais comuns no Brasil:

1) Auxiliar de escritório = 2.127.915 pessoas ou 4,54% do total
2) Assistente administrativo = 2.112.999 ou 4,51%
3) Vendedor de comércio varejista = 1.976.793
4) Faxineiro = 1.437.387
5) Alimentador de linha de produção = 1.058.543
6) Motorista de caminhão = 907.832
7) Operador de caixa = 817.895
8) Professor de nível médio no ensino fundamental = 757.397
9) Servente de obras = 639.424
10) Vigilante = 615.840
11) Técnico de enfermagem = 598.258
12) Trabalhador de serviços de limpeza e conservação de áreas públicas = 576.145
13) Porteiro de edifícios = 570.055
14) Recepcionista, em geral = 568.230
15) Cozinheiro geral = 531.992
16) Repositor de mercadorias = 511.468
17) Almoxarife = 437.309
18) Professor de nível superior do ensino fundamental (primeira a quarta série) = 430.509
19) Dirigente do serviço público estadual e distrital = 427.864
20) Atendente de lanchonete = 410.197

Isto representa 41% de todas as pessoas com emprego formal no Brasil. A ocupação de contador apresentava 122.659 registros, abaixo de escriturário de banco (207.988) e auxiliar de contabilidade (186.478).Os auditores de diferentes formas somam 46.835.

Fonte: aqui

Onde estão os profissionais contábeis?

A relação entre a questão geográfica e uma profissão já foi explorada em diversos trabalhos e teorias. Há mais de dez anos, Gary Richardson mostrou que as guildas (associações de profissionais) conseguiram criar e defender os interesses profissionais de pessoas de uma mesma região. Através de diversos mecanismos, as guildas regulavam as atividades econômicas de seus sócios. Elas tiveram tanta influência que até os dias de hoje falamos no queijo parmesão (de Parma), por exemplo.

Antes dele, Michael Porter enfatizava o papel dos clusters. Algumas regiões tinham certas vantagens sobre outras que permitiam a criação de negócios vinculados a certos produtos. É o caso da região do Porto, que produz um vinho que excelente qualidade, ou do Vale do Silício, que reune empresas de tecnologia. Porter tentou estruturar um teoria que explicasse a existência destas regiões e da razão da concentração de produtos/profissões em certos locais do mundo. Recentemente, Stephens-Davidowitz mostrou que a presença de uma grande universidade parece ser um razão para que uma região geográfica produza pessoas famosas. A existência de imigração seria outra possível razão.

Mas será que existe cluster de contadores? Existiria alguma região onde seria mais favorável a presença destes profissionais? Usando dados municipais, um artigo analisou a possível relação entre o número de profissionais contábeis e variáveis como o PIB per capita, a densidade populacional, o número de estabelecimentos e o IDH. O que a pesquisa encontrou é algo muito positivo para a contabilidade: parece existir uma relação entre o número de profissionais em cada região (estado ou município) e o índice de desenvolvimento humano.

Apesar do achado, não é possível afirmar que exista uma relação de causa e efeito entre o IDH e a região geográfica. Mas pode ser um início de uma investigação para tentar verificar se existe “cluster” profissional.

SOUZA, Francisca Aparecida de; SILVA, César Augusto Tibúrcio; SILVA, Polyana Batista da; SOUZA, Paulo Vitor Souza da. Onde estão os profissionais contábeis no Brasil?. Ambiente Contábil