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27 novembro 2018

Fim da PPP?

O fracasso chamado Carillion provocou outra baixa, na parceria pública-privada (PPP):

A pedido das empresas sediadas em Londres, o modelo (PPP) foi exportado para todo o mundo. Agora, duas décadas e meia depois, o Reino Unido tornou-se o primeiro país a descartá-lo oficialmente.


Existe um problema contábil neste caso:

O governo britânico tem usado por décadas a fraude financeira para manter muitos dos seus passivos atuais fora do balanço. Em 2011, o Parliamentary Treasury Select Committee solicitou ao Tesouro a trazer a PPP para o balanço, “garantindo que a PPP não seja usada para contornar os limites do orçamento”. Foi ignorado. E, assim como aconteceu com a Enron, ao fazê-lo, o governo poderia estar acumulando sérios custos e problemas de fluxo de caixa para o futuro.

Mapa de Risco no Setor Público

O TCU lançou onde um mapa de exposição a Fraude. Conforme a entidade:

Os dados coletados possibilitaram a construção de mapa de risco, um dos principais produtos desse trabalho. Ele está dividido em quatro áreas, identificadas pelas cores verde (baixa exposição), amarela (média exposição), laranja (alta exposição) e vermelha (altíssima exposição). O posicionamento do órgão ou instituição em uma dada faixa permitirá análises sobre o seu grau de exposição a fraude e corrupção, bem como avaliar quais controles precisam de aprimoramento.


Segundo o TCU:

O mapa não dever ser considerado como ranking entre as instituições e não apresenta indícios de irregularidades, nem ocorrência de casos concretos. O que se apresenta é o grau de exposição ao risco de fraude e corrupção, considerando a metodologia aplicada, sendo diretamente proporcional ao seu poder e a fragilidade dos seus controles preventivos e detectivos. Assim, o Tribunal oferece uma ferramenta para que as instituições possam aprimorar os controles e aperfeiçoar a gestão de risco.


O mapa pode ser encontrado aqui . A seguir o resultado a FUB, minha instituição, para o quesito de auditoria interna:

Segundo o TCU, a FUB tem alta exposição ao risco neste quesito. Observe agora a figura abaixo. É sobre o controle de fraude e corrupção:
No canto superior esquerdo, a Petrobras. Segundo o TCU, a empresa possui alta exposição neste quesito. Preocupante.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

26 novembro 2018

Workshop: Economia da Informação

Durante o 4o. Congresso da UnB terei a oportunidade de falar sobre Economia da Informação. Minha exposição estará dividida em cinco tópicos:

1) Introdução - Nesta parte irei mostrar as razões para estudar a informação e como tem sido, a Economia da Informação, um campo promissor de pesquisa.

2) Quantidade e Produção da Informação - irei  tratar de aspectos práticos da informação, tratando como um produto como outro qualquer. A questão do custo, da quantidade produzida, da exclusividade, do custo de reprodução serão discutidas aqui. Isto termina por afetar a quantidade de informação produzida no mundo de hoje.

3) Usuário - Como consequência da estrutura de custo e dos aspectos produtivos, a elevada quantidade de informação gera uma sobrecarga de informação.

4) Sinalização, Seleção Adversa e Risco Moral - aqui irei tratar dos aspectos típicos de uma disciplina de Economia da Informação. Estes três conceitos, além da triagem, ajudam a explicar muitos aspectos importantes na contabilidade. Também abordarei o princípio da dissimulação custosa e da evidenciação plena.

5) Tecnologia - a tecnologia tem exercido um profundo impacto sobre a vida atual. Isto inclui aspectos como economia da atenção, Dunning-Kruger, aversão à informação, sociedade do conhecimento etc.

Para quem estiver no Congresso, será um boa oportunidade de trocar algumas ideias sobre estes temas.

Rir é o melhor remédio



Enquanto isto na internet

25 novembro 2018

Emprego no setor contábil

Neste final de semana, o MTE disponibilizou as informações sobre o mercado de trabalho formal de outubro no Brasil. Usando estes dados, o blog coletou a informação sobre o que ocorreu com os escriturários, os técnicos em contabilidade, os contadores e os auditores. Em outubro, foram contratados 9.145 profissionais e demitidos 9.439. Isto significa uma redução na quantidade de vagas de 294. Em termos acumulados, no ano foram criados 2.109 novas vagas, por conta do desempenho de janeiro, março e julho. Nos demais meses, o número de demitidos foram superiores aos de admitidos. Considerando janeiro de 2014 como base, o número de demitidos superou em 40.574 o de admitidos.

O gráfico acima compara o histórico recente do emprego na economia como um todo (dividido por cem) e do setor contábil. É nítido a crise econômica até 2017; a partir daí, o mercado formal de empregos no Brasil começou a recuperar, gerando 537 mil novas vagas. É a linha vermelha do gráfico. Mas parece que a crise continuou no setor contábil, a linha azul do gráfico, já que no mesmo período foram 8.785 vagas destruídas.

Em outubro, as demissões foram maiores entre as mulheres, quem tinha o curso médio e escriturários. Somente entre aqueles com curso superior o saldo de movimentação foi positivo: 261. Por sinal, desde janeiro de 2017, o saldo para aqueles com melhor educação (curso superior completo) foi 3.196 positivo.

Rir é o melhor remédio

Dica: Ducineli (e também do grupo dos blogueiros contábeis)