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24 novembro 2018

E a abertura de capital da Aramco?

Há meses fizemos diversas postagens sobre a possibilidade de venda de parte do capital da Aramco. Para quem não sabe, a Aramco é a empresa de petróleo estatal da Arábia Saudita, totalmente controlada pelo seu governo. O governo do país anunciou a intenção de vender 5% das ações da empresa com dois objetivos: garantir recursos para financiar projetos de desenvolvimento do país no futuro e, talvez, modernizar a empresa.

A venda das ações enfrenta vários desafios. A necessidade de informar aos investidores sobre o desempenho da empresa. Atualmente a contabilidade desta empresa não está disponível e a evidenciação é necessária para que os analistas possam estudar quanto vale a parcela que será vendida. Como consequência, a empresa deve escolher a base de mensuração, se o US GAAP ou IFRS. Na realidade esta escolha dependerá em que bolsa as ações serão comercializadas. Outro ponto importante é resolver a questão fiscal: atualmente a carga tributária da empresa é muito alta e o governo deve alterar as normas tributárias.

Mas nos últimos meses, parece ter reduzido a possibilidade de abertura do capital da empresa. Alguns fatores podem explicar isto:

a) O preço do petróleo aumentou, o que reduz a necessidade de captar recursos por parte do governo saudita
b) A morte do jornalista saudita na Turquia, provavelmente a mando de bin Salman, fez aumentar a percepção do país e do herdeiro, principal incentivador da abertura do capital
c) O fato de que os analistas parecem não concordar com a avaliação de 2 trilhões da empresa, o que significa que o volume a ser captado será menor que o imaginado pelo regime saudita
d) Talvez dificuldades internas, normais em uma empresa estatal.

A Bloomberg publicou recentemente um texto sobre as dificuldades da oferta de ações. WolStreet comentou, anteriormente, sobre o assunto, dizendo que a IPO está destinada ao fracasso.

Leia também: quanto vale a Aramco, confusões sobre a IPO, governança e valor de mercado, o perigo da evidenciação, a IPO será cancelada?

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

23 novembro 2018

Concentração no mercado de auditoria

Os gráficos mostram a participação das grandes empresas de auditoria nos principais mercados de valores da Europa.Em quase todos eles a participação é acima de 70%. E este percentual tem se alterado muito pouco nos últimos anos. Veja o caso do mercado escandinavo, onde mais de 80% das empresas são auditadas pelas Big Four.
A França parece ser uma exceção, já que a participação das Big Four é de 50% e parece estar diminuindo. Pelo menos duas outras grandes empresas são atuantes neste mercado: Mazar e Grant. Isto pode ser em razão de uma questão cultural, mas as regras de atuação no setor também ajudam.
A seguir o mercado italiano, alemão e londrino.



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Tudo bem

22 novembro 2018

Debate em uma era de radicalismo

Uma coluna do Stumbling and Mumbling discute o risco de fazer certos debates nos dias de hoje. Pode ser uma reflexão sobre acontecimentos recentes. Um dos riscos é o chamado efeito de exposição: ao debater uma ideia absurda, "corremos o risco de tornar esta ideia respeitável. (...) É por isto que Richard Dawkins não debatia com os criacionistas."

Outro problema é que as pessoas não são todas racionais. O site chama a atenção para uma pesquisa de 1979 onde três pesquisadores mostraram às pessoas os efeitos da pena de morte. Aqueles que eram favoráveis, fortaleceram o seu apoio; os contrários, ficaram mais dogmáticos. Ou seja, o efeito de um debate não é igual entre as pessoas. Em outras palavras, aquele radicalzinho do grupo do Wpp, diante de um debate com prós e contras de ideias, ficará mais radical.


Sim, algumas pessoas podem ser persuadidas por debates individuais. Mas estes tendem a ser aqueles que têm a mente aberta para começar, ao invés de partidários.

Rir é o melhor remédio

Vida antes e após o filho:




Adaptado daqui

21 novembro 2018

IA 1 x 0 Advogados

Um experimento realizado entre um software e advogados corporativos mostrou que a Inteligência Artificial pode estar vencendo a batalha contra o ser humano. Um software chamado LawGeex e advogados tinham que encontrar problemas em cinco Non-Disclosure Agreeements (NDAs), um tipo de contrato comum em alguns negócios. A taxa de acurácia do software foi de 94%, enquanto os advogados tiveram uma taxa média de 85%, sendo que o mais eficiente teve acurácia de 94%. Eles gastaram em média 92 minutos, 156 o mais lento e 51 o mais rápido, enquanto o software fez sua tarefa em ... 26 segundos.

Os documentos tinham 11 páginas de papel A4, 153 parágrafos e 3213 cláusulas. E os advogados beberam 12 copos de café.