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29 setembro 2018

Tammy Lally; Sejamos honestos quanto ao nosso problema com dinheiro

Lutar pelo orçamento e gerenciar as finanças é comum, mas falar honestamente e abertamente sobre isso não. Por que escondemos nossos problemas quando o assunto é dinheiro? Nessa palestra refletida e pessoal, a autora Tammy Lally nos encoraja a nos libertarmos da "vergonha do dinheiro" e nos mostra como parar de comparar nossas contas bancárias com nossa autoestima.

Rir é o melhor remédio


28 setembro 2018

SEC quer punir Musk

No mês de agosto, o empresário Musk causou reboliço na bolsa de valores ao anunciar que iria fechar o capital da sua empresa de automóveis elétricos, a Tesla. O anúncio foi feito através de uma postagem no Twitter onde o empresário anunciou até o valor de compra da ação: 420 dólares.

Depois disto, alguns executivos sairam da empresa e Musk até anunciou que não iria mais fechar o capital da empresa. Uma possível razão: o preço excessivo da ação.

Agora a SEC acusa o executivo de fraude por conta dos tweets “falsos e enganosos”. Ele não teria discutido com ninguém a possibilidade de fechar o capital Afinal, tweetar alguma coisa na rede não significa que você não tenha que respeitar as regras gerais de anúncio de uma informação (evidenciação) de uma empresa. Isto inclui falar a verdade. A SEC acha que Musk mentiu e deve responder por isto. Além de uma possível punição financeira, a SEC pode forçar a saída de Musk da empresa, mesmo que a Tesla seja Musk

Números divergentes

Em junho de 2018 a International Meal Company Alimentação (IMC), proprietária das redes Frango Assado e Viena, fez um acordo de cooperação e fusão com a empresa Sapore, de refeições coletivas. O acordo previa que na nova empresa, a Sapore ficaria com 41,79% das ações.

No mês seguinte, o acordo foi aprovado no Cade, o conselho que regula grandes operações de aquisições e fusões no Brasil. A nova empresa teria uma receita acima de R$3,1 bilhões e mais de 24 mil funcionários.

Depois disto, começou o processo de due dilligence. Em meados de setembro, a IMC anunciou que estava rescindindo o acordo de fusão. Neste processo, ocorreram divergências entre o trabalho realizado de ambos os lados, que não foram conciliadas. Segundo divulgado, as divergências estavam no balanço que seria a base para a negociação. A partir dos números encontrados pela KPMG e pela EY, a Sapore deveria ter entre 41% a 42,5% do novo negócio - na ótica desta, ou no máximo 25% da nova empresa, segundo a IMC.

Do lado da IMC, a maior divergência estaria no Ebitda recorrente. De um lado, este valor seria 120,6 milhões de reais; de outro, R$87,2 milhões. Havia divergência sobre créditos tributários e contingências trabalhistas, que deveriam ser provisionados ou não. Na análise da Sapore havia dúvidas sobre o valor da dívida líquida: 201,3 milhões (posição de dezembro) ou 102 milhões (constante do acordo).

A impressão que ficou é que os números foram usados para romper um acordo entre duas empresas com culturas diferentes. A IMC é uma empresa com ações na bolsa e comando mais descentralizado, o oposto da Sapore, que era comandada por um administrador centralizador, que gostaria de ser o chefão da nova empresa. 

Rir é o melhor remédio





27 setembro 2018

Minas paga a GM

Anteriormente, em uma postagem sobre como o governo gasta seu dinheiro, destacamos o caso do governo de Minas, que comprou automóveis da GM e não quitou. Para evitar que a dívida fosse para precatório, a GM solicitou a devolução dos veículos.

Uma notícia recente diz que o governo mineiro efetuou o pagamento da dívida com a empresa, evitando a devolução dos automóveis. Para a empresa, a medida foi boa, já que receberia os automóveis usados, com um valor a menor.

Petrobras finaliza acordo com autoridades dos EUA

A empresa Petrobras anunciou hoje que assinou um acordo com as autoridades dos Estados Unidos. Foram três anos de negociação e com isto a empresa não terá mais nenhum litígio decorrente dos problemas descobertos pela Operação Lava-Jato. A empresa deverá pagar 853 milhões de dólares, sendo 20% para o departamento de Justiça dos Estados Unidos e a SEC, o regulador do mercado dos EUA. Anteriormente a empresa já tinha fechado um acordo com os acionistas. Além disto, a empresa deve comprovar, no longo prazo, que mudou sua maneira de gestão. Um acordo que parece bem melhor do que aquele firmado pela Odebrecht e a Braskem.

O mercado entendeu que o acordo foi bom para a empresa, tanto que o preço das suas ações aumentaram no dia de hoje. A empresa, no comunicado ao mercado, fez questão de declarar que não cometeu irregularidades:

Pelo acordo, o DOJ também reconhece a situação de vítima da Petrobras deste esquema de corrupção e a SEC reconhece a atuação da companhia como assistente de acusação em mais de 50 ações penais no Brasil.

Entretanto, esta parece não ser a posição do procurador-geral dos EUA, Benczkowski, que afirmou:

“Executivos nos níveis mais altos da Petrobras - incluindo membros de sua diretoria executiva e conselho de administração - facilitaram o pagamento de centenas de milhões de dólares em propinas a políticos e partidos políticos brasileiros e depois prepararam os livros para ocultar os pagamentos de suborno dos investidores e reguladores ”. 

Mais ainda:

No processo que deverá ser extinto, a estatal brasileira é acusada de violar as leis norte-americanas alterando registos de contabilidade para facilitar o pagamento de subornos em esquemas de corrupção no Brasil.

É interessante notar que a imprensa estrangeira foi menos “chapa-branca” na descrição do acordo. Segundo o El País:

El regulador del mercado de valores en Estados Unidos (SEC, en sus siglas en inglés) ha sancionado a la compañía estatal brasileña Petrobras con 1.786 millones de dólares, por engañar a los inversores manipulando sus libros contables para ocultar la trama fraudulenta que le permitió pagar sobornos. 

Mas isto não encerra a novela Lava-Jato na empresa, já que ainda existem processos correndo contra a Petrobras na Holanda e Argentina.

Contabilmente, a empresa não tinha feito provisão para o valor a ser pago. Algumas análises consideram que isto não irá prejudicar o resultado (como não?).

Do valor a ser pago, 80% deverá ficar no Brasil e  “será destinado a um fundo criado para financiar programas sociais, medidas de combate e ressarcir investidores brasileiros que tiveram prejuízo com a desvalorização das ações da empresa.”