A Kroton concretizou a aquisição da Somos. Dois aspectos destacam no processo:
1) O CADE aprovou a operação sem qualquer restrição. A surpresa aqui não é o fato da empresa resultante ser a maior empresa do país, do infantil até o superior. O setor de educação sempre foi pulverizado no Brasil e a concentração recente poderia despertar reações ideológicas ou algo do tipo. Além disto, nas operações recentes o CADE tem se mostrado mais criterioso com seus pareceres, impondo restrições onde existe permissividade.
2) Os gestores indicaram uma sinergia de 300 milhões de reais, para um valor de compra de 6,3 bilhões ou 5%. A sinergia é o fato de uma empresa (SOMOS+KROTON) em conjunto obter um valor adicional em relação as duas empresas em separado. Além de ser um valor reduzido, é sempre muito questionável a existência desta sinergia.
23 setembro 2018
22 setembro 2018
Emprego no setor: Agosto
Nesta semana, o presidente Temer fez questão de anunciar que o número de contratados na economia superou os demitidos em 110 mil. Para um governo que está sendo atacado por todos os lados, o resultado é uma comprovação que o Brasil, se não deixou a recessão, pelo menos não piorou. Este seria o segundo melhor mês do seu governo, que em termos acumulados tem uma marca negativa de 534 mil empregos destruídos.
Se a economia vai bem, isto é bom para os profissionais contábeis? Infelizmente não. Para uma profissão que se orgulhava de dizer que não falta emprego, o mês de agosto não foi o pior, ainda assim o saldo foi negativo: foram contratados 9.855 profissionais e demitidos 10.369, o que significa uma destruição de 514 vagas. Em termos acumulados, desde janeiro de 2014, menos 40 mil.
A relação entre o setor contábil e a economia como um todo fica melhor visualizada no gráfico abaixo.
Neste gráfico o ponto de partida é janeiro de 2014, quando a economia começou uma das maiores recessões da história (se não tiver sido a maior). Os dados de emprego formal em vermelho são de todos as profissões. É possível observar que depois de uma brutal recessão do governo Dilma (e do início do governo Temer), os empregos formais aumentaram de janeiro de 2017 para cá. De azul, as funções relacionadas com a contabilidade, o que inclui auditores, contadores, técnicos e escriturários. Enquanto a um início de recuperação na economia, a crise persiste na contabilidade.
Os dados também mostram que a redução no número de vagas formais em agosto ocorreu principalmente entre os trabalhadores com o ensino médio completo e entre os contadores e auditores.
Se a economia vai bem, isto é bom para os profissionais contábeis? Infelizmente não. Para uma profissão que se orgulhava de dizer que não falta emprego, o mês de agosto não foi o pior, ainda assim o saldo foi negativo: foram contratados 9.855 profissionais e demitidos 10.369, o que significa uma destruição de 514 vagas. Em termos acumulados, desde janeiro de 2014, menos 40 mil.
A relação entre o setor contábil e a economia como um todo fica melhor visualizada no gráfico abaixo.
Os dados também mostram que a redução no número de vagas formais em agosto ocorreu principalmente entre os trabalhadores com o ensino médio completo e entre os contadores e auditores.
História da Calculadora
A Canon foi uma das primeiras a lançar uma calculadora de bolso em 1970. A Pocketronic usava circuitos integrados da Texas Instruments, com cálculos impressos em um rolo de papel térmico.
A Sharp também foi uma das primeiras produtoras de calculadoras de bolso. Ao contrário da Canon, eles usavam circuitos integrados da Rockwell e mostravam o cálculo em uma tela fluorescente a vácuo. (...)
O ano seguinte trouxe outro grande salto: o Hewlet-Packard HP35. Não só usou um microprocessador, como também foi a primeira calculadora de bolso científica. De repente, a régua de cálculo não era mais importante; os 35 botões do HP35 tinham tomado sua coroa.
Em 1974, a Hewlett Packard criou outra novidade: a calculadora de bolso programável HP-65. Os programas foram armazenados em cartões magnéticos encaixados na unidade. Foi usado até mesmo durante a missão espacial Apollo-Soyuz para fazer correções de curso manuais ...
Mas a maior sacudida do emergente mercado de calculadoras ocorreu em 1975, quando a Texas Instruments - que fabricava os chips para a maioria das empresas de calculadoras - decidiu produzir e vender seus próprios modelos.
Adaptado daqui
A Sharp também foi uma das primeiras produtoras de calculadoras de bolso. Ao contrário da Canon, eles usavam circuitos integrados da Rockwell e mostravam o cálculo em uma tela fluorescente a vácuo. (...)
O ano seguinte trouxe outro grande salto: o Hewlet-Packard HP35. Não só usou um microprocessador, como também foi a primeira calculadora de bolso científica. De repente, a régua de cálculo não era mais importante; os 35 botões do HP35 tinham tomado sua coroa.
Em 1974, a Hewlett Packard criou outra novidade: a calculadora de bolso programável HP-65. Os programas foram armazenados em cartões magnéticos encaixados na unidade. Foi usado até mesmo durante a missão espacial Apollo-Soyuz para fazer correções de curso manuais ...
Mas a maior sacudida do emergente mercado de calculadoras ocorreu em 1975, quando a Texas Instruments - que fabricava os chips para a maioria das empresas de calculadoras - decidiu produzir e vender seus próprios modelos.
Adaptado daqui
Autores prolíferos
Um artigo da Nature investiga autores que publicam muito. Por publicar muito isto equivale a ter 72 artigos em um ano ou um artigo para cada 5 dias. Usando a base Scopus, o texto tem algumas conclusões interessantes:
* Entre 2000 e 2016, mais de nove mil pessoas conseguiram atingir esta meta;
* Deste total, 86% publicaram em física. Nesta área, é muito comum a publicação com grandes equipes internacionais de projetos, algumas delas com mais de mil pessoas. Retirando esta área, sobraram 909 autores.
* Em razão dos nomes chineses e coreanos similares, foram excluídos, restando 265. Este número representa um crescimento de 20 vezes, entre 2001 a 2014.
* Do que sobrou, metade eram das ciências médicas e da vida
* O cientista de materiais Akihisa Inoue, ex-presidente da Tohoku University no Japão e membro de várias academias de prestígio, se destaca: detém o recorde. Ele este classificado como hiperprolífico entre 2000 e 2016. Desde 1976, seu nome aparece em 2.566 artigos completos.
* O país com maior número de autores é os EUA, com 50. Destaque para Malásia (13) e Arábia Saudita (7).
* A Erasmus University Rotterdam, na Holanda, teve nove autores hiperprolíficos
* Entre 2000 e 2016, mais de nove mil pessoas conseguiram atingir esta meta;
* Deste total, 86% publicaram em física. Nesta área, é muito comum a publicação com grandes equipes internacionais de projetos, algumas delas com mais de mil pessoas. Retirando esta área, sobraram 909 autores.
* Em razão dos nomes chineses e coreanos similares, foram excluídos, restando 265. Este número representa um crescimento de 20 vezes, entre 2001 a 2014.
* Do que sobrou, metade eram das ciências médicas e da vida
* O cientista de materiais Akihisa Inoue, ex-presidente da Tohoku University no Japão e membro de várias academias de prestígio, se destaca: detém o recorde. Ele este classificado como hiperprolífico entre 2000 e 2016. Desde 1976, seu nome aparece em 2.566 artigos completos.
* O país com maior número de autores é os EUA, com 50. Destaque para Malásia (13) e Arábia Saudita (7).
* A Erasmus University Rotterdam, na Holanda, teve nove autores hiperprolíficos
21 setembro 2018
Contabilidade e Avaliação
Um trecho interessante (via aqui) sobre uma discussão entre controlador e minoritários:
A mudança nos valores da oferta pública foi definida pela área técnica da CVM e está baseada nos relatórios apresentados pela State Grid em meados de junho. De acordo com o ofício enviado na segunda-feira à CPFL e seus assessores financeiros, os cálculos devem ser feitos com base no IFRS (normas contábeis internacionais), que consolida os números de todas as controladas da CPFL.
A determinação da CVM segue uma linha bastante criticada pelos minoritários da Renováveis, que em julho protocolaram uma contestação aos valores propostos pela chinesa. Na época, um dos argumentos usados para derrubar a revisão do preço feita pela State Grid era de que a multinacional teria tentado alterar os fundamentos da justificativa de preço original, usado informações financeiras selecionadas. A acusação era que a empresa não teria feito os cálculos com base no IFRS.
A rigor, não faz sentido a queixa de não se ter usado a IFRS. A contabilidade só é relevante para a avaliação quando (a) afeta o processo decisório ou (b) interfere na apuração futura de fluxo de caixa (como apuração de imposto). Assim, ter ou não feito os cálculos com base no IFRS não pode ser considerado, a priori, um aspecto relevante da questão.
A mudança nos valores da oferta pública foi definida pela área técnica da CVM e está baseada nos relatórios apresentados pela State Grid em meados de junho. De acordo com o ofício enviado na segunda-feira à CPFL e seus assessores financeiros, os cálculos devem ser feitos com base no IFRS (normas contábeis internacionais), que consolida os números de todas as controladas da CPFL.
A determinação da CVM segue uma linha bastante criticada pelos minoritários da Renováveis, que em julho protocolaram uma contestação aos valores propostos pela chinesa. Na época, um dos argumentos usados para derrubar a revisão do preço feita pela State Grid era de que a multinacional teria tentado alterar os fundamentos da justificativa de preço original, usado informações financeiras selecionadas. A acusação era que a empresa não teria feito os cálculos com base no IFRS.
A rigor, não faz sentido a queixa de não se ter usado a IFRS. A contabilidade só é relevante para a avaliação quando (a) afeta o processo decisório ou (b) interfere na apuração futura de fluxo de caixa (como apuração de imposto). Assim, ter ou não feito os cálculos com base no IFRS não pode ser considerado, a priori, um aspecto relevante da questão.
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