A Canon foi uma das primeiras a lançar uma calculadora de bolso em 1970. A Pocketronic usava circuitos integrados da Texas Instruments, com cálculos impressos em um rolo de papel térmico.
A Sharp também foi uma das primeiras produtoras de calculadoras de bolso. Ao contrário da Canon, eles usavam circuitos integrados da Rockwell e mostravam o cálculo em uma tela fluorescente a vácuo. (...)
O ano seguinte trouxe outro grande salto: o Hewlet-Packard HP35. Não só usou um microprocessador, como também foi a primeira calculadora de bolso científica. De repente, a régua de cálculo não era mais importante; os 35 botões do HP35 tinham tomado sua coroa.
Em 1974, a Hewlett Packard criou outra novidade: a calculadora de bolso programável HP-65. Os programas foram armazenados em cartões magnéticos encaixados na unidade. Foi usado até mesmo durante a missão espacial Apollo-Soyuz para fazer correções de curso manuais ...
Mas a maior sacudida do emergente mercado de calculadoras ocorreu em 1975, quando a Texas Instruments - que fabricava os chips para a maioria das empresas de calculadoras - decidiu produzir e vender seus próprios modelos.
Adaptado daqui
22 setembro 2018
Autores prolíferos
Um artigo da Nature investiga autores que publicam muito. Por publicar muito isto equivale a ter 72 artigos em um ano ou um artigo para cada 5 dias. Usando a base Scopus, o texto tem algumas conclusões interessantes:
* Entre 2000 e 2016, mais de nove mil pessoas conseguiram atingir esta meta;
* Deste total, 86% publicaram em física. Nesta área, é muito comum a publicação com grandes equipes internacionais de projetos, algumas delas com mais de mil pessoas. Retirando esta área, sobraram 909 autores.
* Em razão dos nomes chineses e coreanos similares, foram excluídos, restando 265. Este número representa um crescimento de 20 vezes, entre 2001 a 2014.
* Do que sobrou, metade eram das ciências médicas e da vida
* O cientista de materiais Akihisa Inoue, ex-presidente da Tohoku University no Japão e membro de várias academias de prestígio, se destaca: detém o recorde. Ele este classificado como hiperprolífico entre 2000 e 2016. Desde 1976, seu nome aparece em 2.566 artigos completos.
* O país com maior número de autores é os EUA, com 50. Destaque para Malásia (13) e Arábia Saudita (7).
* A Erasmus University Rotterdam, na Holanda, teve nove autores hiperprolíficos
* Entre 2000 e 2016, mais de nove mil pessoas conseguiram atingir esta meta;
* Deste total, 86% publicaram em física. Nesta área, é muito comum a publicação com grandes equipes internacionais de projetos, algumas delas com mais de mil pessoas. Retirando esta área, sobraram 909 autores.
* Em razão dos nomes chineses e coreanos similares, foram excluídos, restando 265. Este número representa um crescimento de 20 vezes, entre 2001 a 2014.
* Do que sobrou, metade eram das ciências médicas e da vida
* O cientista de materiais Akihisa Inoue, ex-presidente da Tohoku University no Japão e membro de várias academias de prestígio, se destaca: detém o recorde. Ele este classificado como hiperprolífico entre 2000 e 2016. Desde 1976, seu nome aparece em 2.566 artigos completos.
* O país com maior número de autores é os EUA, com 50. Destaque para Malásia (13) e Arábia Saudita (7).
* A Erasmus University Rotterdam, na Holanda, teve nove autores hiperprolíficos
21 setembro 2018
Contabilidade e Avaliação
Um trecho interessante (via aqui) sobre uma discussão entre controlador e minoritários:
A mudança nos valores da oferta pública foi definida pela área técnica da CVM e está baseada nos relatórios apresentados pela State Grid em meados de junho. De acordo com o ofício enviado na segunda-feira à CPFL e seus assessores financeiros, os cálculos devem ser feitos com base no IFRS (normas contábeis internacionais), que consolida os números de todas as controladas da CPFL.
A determinação da CVM segue uma linha bastante criticada pelos minoritários da Renováveis, que em julho protocolaram uma contestação aos valores propostos pela chinesa. Na época, um dos argumentos usados para derrubar a revisão do preço feita pela State Grid era de que a multinacional teria tentado alterar os fundamentos da justificativa de preço original, usado informações financeiras selecionadas. A acusação era que a empresa não teria feito os cálculos com base no IFRS.
A rigor, não faz sentido a queixa de não se ter usado a IFRS. A contabilidade só é relevante para a avaliação quando (a) afeta o processo decisório ou (b) interfere na apuração futura de fluxo de caixa (como apuração de imposto). Assim, ter ou não feito os cálculos com base no IFRS não pode ser considerado, a priori, um aspecto relevante da questão.
A mudança nos valores da oferta pública foi definida pela área técnica da CVM e está baseada nos relatórios apresentados pela State Grid em meados de junho. De acordo com o ofício enviado na segunda-feira à CPFL e seus assessores financeiros, os cálculos devem ser feitos com base no IFRS (normas contábeis internacionais), que consolida os números de todas as controladas da CPFL.
A determinação da CVM segue uma linha bastante criticada pelos minoritários da Renováveis, que em julho protocolaram uma contestação aos valores propostos pela chinesa. Na época, um dos argumentos usados para derrubar a revisão do preço feita pela State Grid era de que a multinacional teria tentado alterar os fundamentos da justificativa de preço original, usado informações financeiras selecionadas. A acusação era que a empresa não teria feito os cálculos com base no IFRS.
A rigor, não faz sentido a queixa de não se ter usado a IFRS. A contabilidade só é relevante para a avaliação quando (a) afeta o processo decisório ou (b) interfere na apuração futura de fluxo de caixa (como apuração de imposto). Assim, ter ou não feito os cálculos com base no IFRS não pode ser considerado, a priori, um aspecto relevante da questão.
Partido Trabalhista britânico defende desmembrar as Big Four
O Partido Trabalhista do Reino Unido, através de John McDonnell, afirmou ao Financial Times (em português, no site do Valor Econômico) que as quatro maiores empresas de auditoria podem ser desmembradas em um governo trabalhista. Estas empresas são responsáveis pelo parecer das maiores empresas britânicas e tiveram alguns trabalhos questionados após escândalos contábeis: BT, Tesco e Carillion são alguns exemplos.
O monopólio poderia estar prejudicando a qualidade do trabalho e criando conflitos de interesses. Outra alternativa ao desmembramento é limitar o número de empresas, aumentando a competição do setor. Ou proibir a consultoria como serviço adicional.
O monopólio poderia estar prejudicando a qualidade do trabalho e criando conflitos de interesses. Outra alternativa ao desmembramento é limitar o número de empresas, aumentando a competição do setor. Ou proibir a consultoria como serviço adicional.
Rir é o melhor remédio
Duas pessoas satisfeitas, pois ganharam um presente: um calendário. Mas honestamente nunca tinha visto um calendário como este:
20 setembro 2018
Taxa de câmbio na publicação
Um artigo interessante inventa uma taxa de câmbio na publicação científica (via aqui). A idéia é a seguinte: publicar em algumas áreas exige um esforço muito maior que em outras. Usando dados de milhares de artigos em diversos periódicos, os pesquisadores encontraram que em algumas áreas o esforço para obter ganhos de prestígio na ciência é maior que em outras.
Por exemplo, são necessários aproximadamente três artigos para que um especialista em finanças avance do grupo dos 10% para o grupo dos 1%. Na contabilidade, a melhoria correspondente requer dois artigos, o que indica que o valor marginal de uma publicação é maior em contabilidade do que em finanças. Desde modo, a publicação de três artigos em finanças leva a uma melhoria de classificação semelhante a dois artigos em contabilidade
Os autores descobriram que nas áreas pesquisadas, publicar em contabilidade produz mais efeito. E propõe usar uma taxa de câmbio para fazer a conversão.
Não deixa de ser interessante, mas provavelmente a ampliação do número de áreas pesquisadas pode trazer mudanças nesta taxa de câmbio. Mais ainda, dentro da própria área contábil deve existir diferenças. Além do fato de que esta taxa deve mudar com o passar do tempo.
Por exemplo, são necessários aproximadamente três artigos para que um especialista em finanças avance do grupo dos 10% para o grupo dos 1%. Na contabilidade, a melhoria correspondente requer dois artigos, o que indica que o valor marginal de uma publicação é maior em contabilidade do que em finanças. Desde modo, a publicação de três artigos em finanças leva a uma melhoria de classificação semelhante a dois artigos em contabilidade
Os autores descobriram que nas áreas pesquisadas, publicar em contabilidade produz mais efeito. E propõe usar uma taxa de câmbio para fazer a conversão.
Não deixa de ser interessante, mas provavelmente a ampliação do número de áreas pesquisadas pode trazer mudanças nesta taxa de câmbio. Mais ainda, dentro da própria área contábil deve existir diferenças. Além do fato de que esta taxa deve mudar com o passar do tempo.
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