O fundo de investimento 1MDB foi criado para permitir do desenvolvimento econômico de longo prazo da Malásia. Criado em 2009, o fundo está diretamente ligado ao governo do país asiático. Desde 2015 existem diversas denúncias sobre a gestão do fundo. Há uma acusação formal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos informando que mais de 3,5 bilhões de dólares foram desviados. Um relatório do auditor geral, feito em 2016, foi considerado como um “segredo oficial de Estado” e somente com a vitória da oposição nas eleições é que o seu texto foi divulgado. Em maio de 2018, a PwC foi contratada para fazer uma auditoria no fundo.
Desde 2009 o fundo tem sofrido críticas sobre a transparência. Provavelmente o dinheiro foi roubado pelo ex-chefão da Malásia, Najib Razak, e pessoas próximas, como Jho Low. Este “financista” malaio, de 37 anos, está foragido
Low tem diversas ligações com celebridades e usou o dinheiro saqueado do fundo para presentear seus amigos. A história parece coisa de cinema e um livro já foi lançado contando alguns dos casos: Billion Dollar Whale. As celebridades são: Paris Hilton (que recebeu mais de 100 mil dólares por evento, relógio Cartier e 250 mil em fichas de jogo) (foto) parece que foi sua namorada, assim como Miranda Kerr (que recebeu um colar de 1,3 milhão, além de festas e passeios) e Elva Hsiao (festas, joias, dinheiro etc), com amizade com Foxx, Leonardo Di Caprio (que fez um papel de trambiqueiro em um filme) e Alicia Keys.
20 setembro 2018
19 setembro 2018
Qual o prejuízo da corrupção na Petrobras?
Ao receber 1 bilhão de real da operação Lava Jato, o portal G1 publicou o seguinte:
De acordo com o laudo de perícia criminal anexado pela Polícia Federal (PF) em um dos processos da operação, o prejuízo causado pelas irregularidades na Petrobras descobertas pela Operação Lava Jato pode chegar à casa dos R$ 42,8 bilhões. A estimativa tem como base uma tabela com os pagamentos indevidos envolvendo as 27 empresas apontadas como integrantes do cartel na Petrobras.
Esta estimativa é de 2017, mas bem superior a estimativa que a empresa fez na gestão Bendine, de 6 bilhões. A diferença permite questionar sobre a conveniência ou não do teste de recuperabilidade.
Em 2014, este blog publicou uma estimativa conservadora de 20 bilhões de prejuízo, com as informações disponíveis na época. Todavia hoje, quatro anos depois, ainda não sabemos responder a pergunta do título. Talvez nunca saberemos.
Mas é importante ter algum número, para lembrar o impacto da gestão da empresa.
De acordo com o laudo de perícia criminal anexado pela Polícia Federal (PF) em um dos processos da operação, o prejuízo causado pelas irregularidades na Petrobras descobertas pela Operação Lava Jato pode chegar à casa dos R$ 42,8 bilhões. A estimativa tem como base uma tabela com os pagamentos indevidos envolvendo as 27 empresas apontadas como integrantes do cartel na Petrobras.
Esta estimativa é de 2017, mas bem superior a estimativa que a empresa fez na gestão Bendine, de 6 bilhões. A diferença permite questionar sobre a conveniência ou não do teste de recuperabilidade.
Em 2014, este blog publicou uma estimativa conservadora de 20 bilhões de prejuízo, com as informações disponíveis na época. Todavia hoje, quatro anos depois, ainda não sabemos responder a pergunta do título. Talvez nunca saberemos.
Mas é importante ter algum número, para lembrar o impacto da gestão da empresa.
KPMG, Reino Unido, Dinamarca e Estados Unidos
A KPMG admitiu que seu trabalho sobre as demonstrações do BNY Mellon e a filial de Londres não foi executado a contento. Em razão disto, o regulador britânico, o Financial Reporting Council (FRC), deverá impor sanções à empresa de auditoria. Mas a KPMG não concordou com o nível de penalidade, já que nenhum cliente sofreu perda. Mas o banco já foi multado anteriormente. Além disto, a FRC parece estar investigando outros problemas em outras empresas, inclusive a Carillion e já multou a KPMG em 3 milhões de libras pelo trabalho na Ted Baker.
Nos Estados Unidos, o PCAOB ainda não divulgou sua inspeção na KPMG, muito embora tenha feito para as outras big (Deloitte, EY e PwC). Um possível motivo é a investigação que a KPMG contratou ex-funcionários do regulador e que isto pode ter dado alguma vantagem para a auditoria.
Sobre bancos, o maior banco dinarmaquês, o Danske, reconheceu que a sua filial da Estônia lavou dinheiro entre 2007 a 2015. O problema foi descoberto pelo regulador da Estônia. Neste último fato, parece que a KPMG não está envolvida.
Leia também: Solução para Big Four
Nos Estados Unidos, o PCAOB ainda não divulgou sua inspeção na KPMG, muito embora tenha feito para as outras big (Deloitte, EY e PwC). Um possível motivo é a investigação que a KPMG contratou ex-funcionários do regulador e que isto pode ter dado alguma vantagem para a auditoria.
Sobre bancos, o maior banco dinarmaquês, o Danske, reconheceu que a sua filial da Estônia lavou dinheiro entre 2007 a 2015. O problema foi descoberto pelo regulador da Estônia. Neste último fato, parece que a KPMG não está envolvida.
Leia também: Solução para Big Four
Custo do Casamento e Duração
Qual o segredo de um casamento? Certamente não são os gastos com a cerimônia. Nos dias atuais, uma cerimônia de casamento é um ritual complexo e luxuoso (ou seja, caro), mesmo em países pobres. Pesquisas anteriores já mostraram que o casamento possui suas vantagens, indicando a existência de um prêmio pelo casamento (aqui também).
Um aspecto chama a atenção nesta discussão: a cerimônia. E a pergunta que segue: é um investimento ou uma perda? Uma pesquisa analisou, de forma inédita, os efeitos da cerimônia sobre a duração do casamento. Se os gastos com a cerimônia forem elevados, isto poderia indicar um grande comprometimento do casal e elevaria a duração do casamento. Mas o resultados não indicaram existir esta relação. Pelo contrário, controlando as variáveis, o gasto é inversamente proporcional com a duração do casamento. Gastar pouco, aumenta a duração. Outro efeito interessante: ter lua de mel aumenta a chance de sucesso.
Será que o desgaste com os preparativos conduzem a isto? A pesquisa parece indicar que a cerimônia é uma perda, não um investimento.
Francis-Tan, Andrew e Mialon, Hugo M., 'Um diamante é para sempre' e outros contos de fadas: A relação entre as despesas do casamento e a duração do casamento (15 de setembro de 2014). Disponível no SSRN ou http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2501480
Um aspecto chama a atenção nesta discussão: a cerimônia. E a pergunta que segue: é um investimento ou uma perda? Uma pesquisa analisou, de forma inédita, os efeitos da cerimônia sobre a duração do casamento. Se os gastos com a cerimônia forem elevados, isto poderia indicar um grande comprometimento do casal e elevaria a duração do casamento. Mas o resultados não indicaram existir esta relação. Pelo contrário, controlando as variáveis, o gasto é inversamente proporcional com a duração do casamento. Gastar pouco, aumenta a duração. Outro efeito interessante: ter lua de mel aumenta a chance de sucesso.
Será que o desgaste com os preparativos conduzem a isto? A pesquisa parece indicar que a cerimônia é uma perda, não um investimento.
Francis-Tan, Andrew e Mialon, Hugo M., 'Um diamante é para sempre' e outros contos de fadas: A relação entre as despesas do casamento e a duração do casamento (15 de setembro de 2014). Disponível no SSRN ou http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2501480
Valor Terminal em Medicamentos
Estava estudando sobre valor terminal (ou residual) e por coincidência encontrei este exemplo. Em uma companhia farmacêutica, existe um período onde a empresa que descobriu um fármaco teria o direito de exclusividade, seguido por um período de livre concorrência. No segundo período, o governo passa a permitir genéricos. Estes concorrentes possuem preço baixo, com a mesma qualidade do produto desenvolvido anteriormente.
Um exemplo, citado no texto, é a estatina. O produto como Lipitor tem um custo de 165 dólares com 30 comprimidos; o genérico custa 19 dólares para 90 comprimidos. Além de perder a receita, a empresa dona da marca também reduz sua participação no mercado.
Mas o texto mostra que as empresas aprenderam a jogar com a lei:
À medida que a patente do medicamento original se aproximava da expiração, as empresas acrescentaram rugas - um novo revestimento para a pílula, uma versão de lançamento no tempo e assim por diante - que então patenteiam. E se estas [novas] patentes forem aprovadas, e geralmente são, o relógio de exclusividade começaria a funcionar novamente. Em outros casos, eles pagam a empresa de genéricos para manter sua versão do medicamento fora do mercado por mais alguns anos. Ou elas entram contra a empresa de genéricos na justiça, alegando [alguma] infração.
Isto ocorreu com Humira, um medicamento exclusivo para um tipo de artrite, que gera 16 bilhões de dólares de receita no mundo e pode custar até 50 mil dólares por ano para um paciente. A patente acabou em 2016 e não existe genérico, pois a empresa criou 100 novas patentes.
Um exemplo, citado no texto, é a estatina. O produto como Lipitor tem um custo de 165 dólares com 30 comprimidos; o genérico custa 19 dólares para 90 comprimidos. Além de perder a receita, a empresa dona da marca também reduz sua participação no mercado.
Mas o texto mostra que as empresas aprenderam a jogar com a lei:
À medida que a patente do medicamento original se aproximava da expiração, as empresas acrescentaram rugas - um novo revestimento para a pílula, uma versão de lançamento no tempo e assim por diante - que então patenteiam. E se estas [novas] patentes forem aprovadas, e geralmente são, o relógio de exclusividade começaria a funcionar novamente. Em outros casos, eles pagam a empresa de genéricos para manter sua versão do medicamento fora do mercado por mais alguns anos. Ou elas entram contra a empresa de genéricos na justiça, alegando [alguma] infração.
Isto ocorreu com Humira, um medicamento exclusivo para um tipo de artrite, que gera 16 bilhões de dólares de receita no mundo e pode custar até 50 mil dólares por ano para um paciente. A patente acabou em 2016 e não existe genérico, pois a empresa criou 100 novas patentes.
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