14 setembro 2018
13 setembro 2018
Streaming para amigos
A empresa Tidal oferece serviço de streaming de música. Lançado em 2014, a empresa foi adquirida por Jay Z.
Em 2017, um jornal norueguês publicou informações dizendo que o número de assinantes era muito menor do que o anunciado publicamente. Algo como 850 mil assinantes versus 3 milhões, em março de 2016.
Mais de um ano depois, o mesmo jornal publicou um relato afirmando que os dados de dois albuns podem ter sido manipulados. O álbum de Kanye West foi tocado 250 milhões de vezes nos primeiros dez dias de lançamento em 2016, quando a empresa dizia ter 3 milhões de assinantes. Isto significaria que cada assinante escutaria em média 8 vezes por dia o álbum. Difícil de acreditar. Além disto, o álbum Lemonade, de Beyoncé, teria tocado 306 milhões de vezes nos primeiro quinze dias, o que significaria uma média diária bastante alta.
A manipulação dos números, levaria o pagamento em excesso para Beyoncé e Kanye West, em detrimento de outros artistas. A empresa negou. Beyoncé é mulher de Jay Z e Kanye West é seu amigo.
Em 2017, um jornal norueguês publicou informações dizendo que o número de assinantes era muito menor do que o anunciado publicamente. Algo como 850 mil assinantes versus 3 milhões, em março de 2016.
Mais de um ano depois, o mesmo jornal publicou um relato afirmando que os dados de dois albuns podem ter sido manipulados. O álbum de Kanye West foi tocado 250 milhões de vezes nos primeiros dez dias de lançamento em 2016, quando a empresa dizia ter 3 milhões de assinantes. Isto significaria que cada assinante escutaria em média 8 vezes por dia o álbum. Difícil de acreditar. Além disto, o álbum Lemonade, de Beyoncé, teria tocado 306 milhões de vezes nos primeiro quinze dias, o que significaria uma média diária bastante alta.
A manipulação dos números, levaria o pagamento em excesso para Beyoncé e Kanye West, em detrimento de outros artistas. A empresa negou. Beyoncé é mulher de Jay Z e Kanye West é seu amigo.
Turquia, crise e contabilidade
Com respeito a crise turca, uma das medidas de evitar uma crise maior é meramente contábil:
Os bancos propuseram regras para acelerar a reestruturação da dívida da empresa e permitir que os credores evitem contabilizar esses empréstimos como "empréstimos inadimplentes", uma medida que pode ajudar a evitar que as inadimplências se acumulem. Como ocorreu na Itália desde a crise da dívida soberana na Europa, os bancos tentarão estender os empréstimos indefinidamente para evitar buracos nos seus balanços patrimoniais.
Mas, ao contrário da Itália, a política pode ser uma grande restrição.
Os bancos propuseram regras para acelerar a reestruturação da dívida da empresa e permitir que os credores evitem contabilizar esses empréstimos como "empréstimos inadimplentes", uma medida que pode ajudar a evitar que as inadimplências se acumulem. Como ocorreu na Itália desde a crise da dívida soberana na Europa, os bancos tentarão estender os empréstimos indefinidamente para evitar buracos nos seus balanços patrimoniais.
Mas, ao contrário da Itália, a política pode ser uma grande restrição.
Condenado por escrever avaliações falsas
Os comentários de um livro, um filme, um restaurante ou um hotel são relevantes nos dias de hoje. Esta semana a justiça italiana prendeu um fraudador de comentários on-line. Serão nove meses de prisão por operar a PromoSalento, que vendia avaliações falsas para hotéis. Além disto, o empreendedor recebeu um multa de 9,3 mil dólares.
A empresa Tripadvisor considerou uma decisão histórica, pois seria a primeira vez que alguém é preso por escrever críticas falsas. A empresa investigou inicialmente o caso, repassou para as autoridades, que efetuaram a punição.
A empresa Tripadvisor considerou uma decisão histórica, pois seria a primeira vez que alguém é preso por escrever críticas falsas. A empresa investigou inicialmente o caso, repassou para as autoridades, que efetuaram a punição.
Melhorando como o governo gasta meu dinheiro
Três notícias recentes podem ter influencia sobre como o governo gasta o dinheiro do contribuinte. A primeira é que em 2016 o TCU considerou que a ECT (Correios) não pode ser contratada diretamente na prestação de serviços de logística sem licitação. O TCU entendia que os Correios não tem monopólio neste serviço e por isto a dispensa de licitação poderia violar a livre concorrência. Agora um ministro do Supremo decidiu que a ECT atende a lei para contratação direta. Poderia ser um notícia ruim, já que atrelaria todo serviço de logistica a uma empresa estatal que, em muitas situações, é ineficiente. A notícia é boa já que a dispensa não significa que exista um dever. A administração deve realizar um juízo de valor e decidir ou não pela licitação. Isto é interessante já que em alguns casos o processo de contratação pode ser tão honeroso que a dispensa pode compensar.
A segunda é que o mesmo TCU concluiu que o BNDES teve um prejuízo de 670 milhões de reais ao colocar dinheiro público no Bertin. As transações estranhas que ocorreram no BNDES estariam sob investigação do tribunal, que consideram que ocorreu um erro de avaliação.
A melhor notícia tem sua origem em Minas. A General Motors conseguiu uma liminar que determina a devolução de veículos, entregues em 2018, em razão do não pagamento do contrato. O governo estadual adquiriu 323 veículos em licitação por 24 milhões. Mas não pagou. Para evitar precatório e um governo que está com diversos atrasos de pagamentos, a empresa de automóveis entrou com uma ação judicial. Coincidência ou não, os veículos foram entregues antes do início da campanha do atual governador, que é candidato à reeleição. E este é um tema objeto de propaganda do candidato.
Por trás do raciocínio da GM, disse uma das fonte, estaria a tentativa de evitar um prejuízo maior, uma vez que atualmente o governo de Minas estaria agora pagando precatórios referentes a 2007. Apesar de a perspectiva de receber carros já rodados não ser a melhor solução para a companhia, a intenção seria vender os veículos o mais rapidamente possível para minimizar os prejuízos. A situação do governo é muito grave:
Nesta semana, a agência Reuters revelou que o governo mineiro deixou de repassar a bancos R$ 924 milhões referentes a valores emprestados a servidores estaduais, embora os recursos tenham sido descontados da folha de pagamento, segundo fontes dos setor bancário. (...)
Segundo fontes do setor financeiro, a prática do governo mineiro começou em novembro de 2017. Por isso, os bancos deixaram de conceder crédito a servidores estaduais. Em alguns casos passaram a debitar os valores referentes aos créditos devidos na conta corrente dos servidores.
P.S. O governo de Minas quitou a dívida com a GM. A estratégia funcionou.
A segunda é que o mesmo TCU concluiu que o BNDES teve um prejuízo de 670 milhões de reais ao colocar dinheiro público no Bertin. As transações estranhas que ocorreram no BNDES estariam sob investigação do tribunal, que consideram que ocorreu um erro de avaliação.
A melhor notícia tem sua origem em Minas. A General Motors conseguiu uma liminar que determina a devolução de veículos, entregues em 2018, em razão do não pagamento do contrato. O governo estadual adquiriu 323 veículos em licitação por 24 milhões. Mas não pagou. Para evitar precatório e um governo que está com diversos atrasos de pagamentos, a empresa de automóveis entrou com uma ação judicial. Coincidência ou não, os veículos foram entregues antes do início da campanha do atual governador, que é candidato à reeleição. E este é um tema objeto de propaganda do candidato.
Por trás do raciocínio da GM, disse uma das fonte, estaria a tentativa de evitar um prejuízo maior, uma vez que atualmente o governo de Minas estaria agora pagando precatórios referentes a 2007. Apesar de a perspectiva de receber carros já rodados não ser a melhor solução para a companhia, a intenção seria vender os veículos o mais rapidamente possível para minimizar os prejuízos. A situação do governo é muito grave:
Nesta semana, a agência Reuters revelou que o governo mineiro deixou de repassar a bancos R$ 924 milhões referentes a valores emprestados a servidores estaduais, embora os recursos tenham sido descontados da folha de pagamento, segundo fontes dos setor bancário. (...)
Segundo fontes do setor financeiro, a prática do governo mineiro começou em novembro de 2017. Por isso, os bancos deixaram de conceder crédito a servidores estaduais. Em alguns casos passaram a debitar os valores referentes aos créditos devidos na conta corrente dos servidores.
P.S. O governo de Minas quitou a dívida com a GM. A estratégia funcionou.
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