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20 agosto 2018

Curso Prático de Contabilidade - Estudo de Caso Adicional

A SEC, órgão dos Estados Unidos equivalente à Comissão de Valores Mobiliários do Brasil, acusou o Citigroup de falha nos controles relacionados com uma subsidiária do México. O Citigroup, instituição financeira dos Estados Unidos, fez um acordo com a SEC que, mesmo sem reconhecer que errou, terá que pagar uma multa de quase 5 milhões de dólares. Estas falhas tiveram como consequência, além da multa, perdas de quase 500 milhões de dólares. Entretanto, caso o Citigroup não fizesse acordo, o processo poderia prosseguir e resultar, mais adiante, em uma multa ainda maior.

O problema ocorreu em operações de factoring de contas a receber. A filial do Citi fez empréstimos fraudulentos que não foram detectados inicialmente. Em algumas contas a receber existiam até assinaturas falsificadas. Os controles internos da filial não conseguiu descobrir o problema e não testou a autenticidade dos documentos, antes de antecipar os recursos e registrar na contabilidade como contas a receber.

A operação é a seguinte: a empresa OSA, que presta serviços para o setor de petróleo, fez a operação de factoring com a filial do Citi, que tem o nome de Banamex. Quando a empresa OSA entregou algumas contas a receber (falsas), recebeu em troca dinheiro do Citi. Sendo uma operação de empréstimo, o valor de face das contas a receber eram superiores ao valor do dinheiro, sendo a diferença correspondente a taxa de juros da operação. A questão é que alguns documentos entregues eram falsos. Ao descobrir isto, a filial do Citi deve reconhecer uma perda.

Pede-se:
1) Você seria capaz de registrar uma operação de factoring na empresa que recebe os recursos? E na instituição financeira? Admita que os documentos da operação sejam verdadeiros. E lembre-se que a operação possui dois momentos distintos: quando é feita a troca e quando ocorre o recebimento do contas a receber.
2) No caso de documentos falsos, não existe um lançamento contábil na OSA. Você concorda com isto?
3) Uma instituição financeira faz muitas operações como esta. Como existe a chance de ocorrer algum problema com uma destas operações, a contabilidade pode (e deve) reconhecer o risco da operação. Como isto poderia ser feito?

Fonte da notícia: RYAN, Vincent. SEC Charges Citigroup for Internal Controls Failure. CFO 16 ago 2018.

Material suplementar do livro Curso Prático de Contabilidade, de César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues. Gen, 2018.

Rir é o melhor remédio

Enquanto isto, na internet:





19 agosto 2018

Currículo falso na política espanhola

Na Espanha, o Partido Popular (PP) chegou ao poder em 2011. Recentemente, seu líder, Mariano Rajoy, foi destituído. No lugar dele, assumiu Pablo Casado (foto).

Agora uma acusação pode manchar o currículo de Casado. Algo que já conhecemos de perto, quando um ex-presidente do Brasil informou ter curso de mestrado e doutorado que não existia e agora um candidato à presidência informou ter vínculo com a USP que não existia.

No caso de Pablo Casado a questão refere-se a um título acadêmico do Instituto de Direito Público (IDP, não confundir com a escola de Gilmar Mendes, de mesmo nome). De acordo com a acusação, o título de mestrado foi usado como uma forma de presente para alunos que tinham uma posição de liderança política. Casado seria parte de um grupo de alunos que conseguiram equivalência de disciplina e dispensa de aula para obter o diploma. O caso foi parar no Supremo da Espanha e pode inviabilizar o futuro político de Casado.

PwC, lobby e carne

Enquanto entra no mercado de fraude de carne e ganha uma montanha de dinheiro fazendo lobby para uma reforma tributária, a empresa de PwC parece não ter o mesmo sucesso no seu negócio principal: a auditoria. Recentemente, o regulador inglês, o FRC, multou a PwC por falhas no seu trabalho na empresa BHS. A auditoria não apontou risco de continuidade na empresa BHS, que depois foi vendida por uma libra. A multa, de 6,5 milhões de libras, é recorde.

Segundo um relatório da FRC, o auditor sócio da PwC, responsável pela conta, dedicou duas horas ao trabalho. E o restante do trabalho foi feito, aparentemente, por subordinados.

Sobre o mercado de fraude, a PwC estaria desenvolvendo uma tecnologia para rastrear o que o animal comeu, como ele foi criado e onde foi processado. O negócio de lobby já é mais polêmico, pois parece envolver conflito de interesse entre o trabalho de auditor e a matéria tributária.

Rir é o melhor remédio

Esta fotografia acima foi tirada na Tailândia e lembra outra, na Torre de Pisa:


18 agosto 2018

Automação

Mas os grandes projetos de IA para mudanças no trabalho, como carros autônomos e robôs humanoides, ainda não são produtos comerciais. Em vez disso, uma versão mais modesta da tecnologia vem avançando num ponto menos glamouroso: o trabalho de retaguarda nos escritórios.

Softwares estão automatizando tarefas mais mundanas de empresas, como contabilidade, cobrança, pagamento e atendimento ao cliente. Com uns poucos toques no teclado, os programas escaneiam documentos, montam planilhas, conferem a assiduidade de clientes e fazem pagamentos.


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É interessante que o texto trata a contabilidade de uma forma ampla. Certamente haverá algumas tarefas, "menos mundanas", que não serão, por enquanto, substituídas. O