Na ciência é melhor ser um pesquisador com conhecimentos mais amplo - denominado generalista - ou ter conhecimentos específicos - os chamados especialistas? Esta é uma questão importante. Aparentemente, os especialistas são vencendo a batalha, já que aprofundar em um tema tem sido considerado uma razão do sucesso de alguns países. Quando algumas pesquisas de produção acadêmica destacam os autores mais produtivos em um determinado tema, estamos enfatizando o especialista. O mesmo ocorre quando um periódico encaminha um artigo sobre um tema específico para um autor em particular, que já pesquisou sobre o assunto. No nosso país, é difícil ser especialista, já que temos recursos escassos. Mesmo assim, é cada vez mais comum associarmos um determinado tema, por exemplo contabilidade de seguradora, com um pesquisador.
Mas no fundo não sabemos o que é melhor. Um artigo tentou responder a este dilema usando dados de matemáticos teóricos após a dissolução da União Soviética:
os cientistas generalistas tiveram um desempenho melhor quando o ritmo da mudança foi mais lento e sua capacidade de extrair o conhecimento dos diversos domínios foi uma vantagem, mas os especialistas ganharam vantagem quando o ritmo da mudança aumentou e sua especialização mais profunda permitiu que eles usassem novos conhecimentos criados na fronteira do conhecimento.
06 agosto 2018
Teto de gastos
Trecho da reportagem publicada pelo Valor:
Alguns efeitos já começam a aparecer. Na quinta-feira passada, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou que pode suspender todas as bolsas de mestrado, doutorado e de aperfeiçoamento para professores, num total de quase 440 mil beneficiados se o corte a ser promovido pelo Ministério da Educação no orçamento da entidade no próximo ano se realizar.
[...]O Jornal Nacional publicou um texto no qual afirma que o teto dos gastos não afetará o orçamento do MEC.
A regra do teto, prevista na Emenda Constitucional (EC) 95, em vigor desde o ano passado, foi criada para evitar que a despesa pública federal cresça mais que a inflação e, assim, se consiga estabilizar a dívida bruta do governo. Até então, os gastos subiam, em média, 6% ao ano em termos reais, sem que as receitas acompanhassem o ritmo. O novo regime fiscal tem duração de 20 anos, com revisão prevista a partir do 10º ano. Estourado o teto fica automaticamente proibida a elevação de despesas obrigatórias, como reajustes de salários e mudanças de carreira para servidores; ganho real para o salário mínimo, abertura de concursos públicos, criação ou expansão de programas do governo e a concessão de incentivos fiscais.
Bancos no Brasil
Os bancos no Brasil prosperam quando o país vai bem e quando o país vai mal. O fenômeno chamou atenção da revista britânica The Economist, que publicou um artigo nesta terça-feira (02/08).
Passando pela hiperinflação dos anos 80 e 90, pelo tímido crescimento de 1% do PIB em 2017 e pelo corte de 2,6% para 1,6% da previsão de crescimento para 2018, o texto descreve a economia do Brasil como algo que “tende a extremos”. Enquanto isso, os grandes bancos do setor privado estariam prosperando independentemente dos cenários.
Essa “resiliência”, conforme aponta o texto, revela muito sobre o funcionamento da economia do Brasil. O setor bancário do país, afirma a revista, é especialmente concentrado — especialmente após o recuo do banco americano Citigroup e do britânico HSBC. Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e BNDES respondem por 82% dos ativos bancários e 86% dos empréstimos.
A revista destaca o papel do governo, que historicamente autoriza empréstimos em condições camaradas para uma minoria de empresas e setores e, ao mesmo tempo, permite altas taxas de juros no crédito ao consumidor, em empréstimos pessoais, cartão de crédito e cheque especial.
Fintechs como Banco Inter, Nubank e Creditas ajudam a tornar o setor bancário mais competitivo, diz a Economist. Com atrativos como novas poupanças ou créditos a juros menores, elas conquistam espaço enquanto buscam “incomodar” os operadores. A revista elogia ações do recentes do Banco Central (BC) para diminuir os custos de empréstimos, além do fim da concessão de empréstimos, por bancos estatais, com taxas subsidiadas.
Uma economia mais forte, por sua vez, poderia ser alcançada se as taxas de juros de longo prazo caírem e “se o próximo presidente estiver decidido a controlar as finanças do Brasil”.
Fonte: Aqui
Passando pela hiperinflação dos anos 80 e 90, pelo tímido crescimento de 1% do PIB em 2017 e pelo corte de 2,6% para 1,6% da previsão de crescimento para 2018, o texto descreve a economia do Brasil como algo que “tende a extremos”. Enquanto isso, os grandes bancos do setor privado estariam prosperando independentemente dos cenários.
Essa “resiliência”, conforme aponta o texto, revela muito sobre o funcionamento da economia do Brasil. O setor bancário do país, afirma a revista, é especialmente concentrado — especialmente após o recuo do banco americano Citigroup e do britânico HSBC. Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e BNDES respondem por 82% dos ativos bancários e 86% dos empréstimos.
A revista destaca o papel do governo, que historicamente autoriza empréstimos em condições camaradas para uma minoria de empresas e setores e, ao mesmo tempo, permite altas taxas de juros no crédito ao consumidor, em empréstimos pessoais, cartão de crédito e cheque especial.
Fintechs como Banco Inter, Nubank e Creditas ajudam a tornar o setor bancário mais competitivo, diz a Economist. Com atrativos como novas poupanças ou créditos a juros menores, elas conquistam espaço enquanto buscam “incomodar” os operadores. A revista elogia ações do recentes do Banco Central (BC) para diminuir os custos de empréstimos, além do fim da concessão de empréstimos, por bancos estatais, com taxas subsidiadas.
Uma economia mais forte, por sua vez, poderia ser alcançada se as taxas de juros de longo prazo caírem e “se o próximo presidente estiver decidido a controlar as finanças do Brasil”.
Fonte: Aqui
Brasileira lidera pesquisa sobre a expansão do universo
Marcelle Soares Santos, doutora em astronomia pela Universidade de São Paulo, é da equipe do laboratório que descobriu ondas gravitacionais e é também professora da Universidade de Brandeis, uma das mais conceituadas em física nos Estados Unidos.
Hoje, ela coordena uma pesquisa sobre a energia escura, que busca a luz emitida por eventos geradores de ondas gravitacionais.
Mais: aqui
05 agosto 2018
Custos do Governo Federal
Em relação a postagem sobre o Manual de Informações de Custos do Governo Federal, achei válido acrescentar o trecho de uma postagem escrita em 2011 pelo professor César:
Como autor de um livro sobre o assunto (Custos do Setor Público, Editora da UnB) gostaria de ser tão otimista. Mas como pesquisador que sou gostaria de questionar este otimismo. A maioria das importantes decisões no setor público ocorre na esfera política. Quem conhece um pouco de ciência política percebe que isto não é necessariamente ruim e que o jogo democrático pode conduzir a decisões razoáveis em termos do interesse comum da sociedade.
Se decisões são políticas, será que a informação de custo é relevante? Mais ainda, sabendo que o principal problema da gestão pública brasileira é a má gestão pública dos recursos, incluindo aqui a corrupção, como isto poderia ser relevante?
Mais importante que mensurar custos é usar a informação, inclusive a de custos, para a tomada de decisão. Sinto muito, mas não sou tão otimista assim.
04 agosto 2018
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